Jason

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- Júlia, eu posso explicar.

Tentei dizer da forma mais calma possível, afinal eu ainda estava bêbado. Na verdade o álcool poderia até já estar bem acostumado com o meu metabolismo que de tanto que somos amigos poderia estar disfarçando bem até demais.

- Pode começar.- Disse ela guardando as chaves na mesa e sentando direto no sofá.- Espero que seja uma puta explicação boa.

- Então...é ,sabe o Carlo... Ele me ligou e então...

- Você chamou a mamãe para tomar conta dos meus filhos! Nós tínhamos um acordo Jason!

- Nós temos.

- Sabe o que ela fez quando me viu?

- Tenho certeza de que é uma pergunta retórica.

Ela me encarou quase chorando. Droga! Eu odiava ver minha irmã chorar, desde o divórcio ela anda muito sentimental.

 É tudo culpa do babaca do Spencer! Ele nunca a mereceu, e eu sempre a avisei contra o sujeito, só que sempre me chamavam de irmãozinho caçula ciumento, bom, parece que a criancinha não estava errada afinal.

- Bom começou com o papo de mãe solteira, em seguida com o fato de eu não ter uma vida financeiramente boa e acabou com eu estar ficando velha para sair a noite.

Pronto. Foi a deixa para Júlia se encher de lágrimas, eu fui ao seu lado e lhe dei um abraço.

- Olha se você está ficando velha eu também não estou muito atrás.

Isso fez ela dar um sorriso de lado.

- Só está dizendo isso para me sentir melhor.

- Não é sério! 23 é o novo 50.

- Nossa então 26 deve ser o novo 100.

  Nós dois rimos e choramos ao mesmo tempo. Depois de um tempo Júlia capotou em meus braços e em seguida eu fui junto.

Quando a Hora ChegarOnde histórias criam vida. Descubra agora