Olívia

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Eu acho que minha cabeça está como o titanic, destruida, afundada e nem teve Jack para me salvar o que não faria muito sentido, mas eu estou de ressaca então...

Não consigo acreditar que fiz isso! Realmente não é a minha cara interagir, beber e cantar, principalmente cantar! Apenas me lembro das coisas em um pequeno flash de memória e resumindo acho que não foi uma boa ideia.

Foi até que bom enquanto durou, mas agora era apenas passado,a única coisa à fazer era encarar a velha e triste realidade de que tudo não passou de um sonho ridículo e completamente sem nexo, simplismente porque a vida não é um bar de karaoke.

- Olivia!

Ah droga! Esqueci da minha avó!

Ela vem sempre me ver nos finais de semana para ter a certeza de que não me matei.

- Aqui em cima!

Nossa! Que bafo, rapidamente fui escovar meus dentes, pois eu acho que devo ter vomitado.

Realmente foi uma noite agitada.

- Eu estava conversando com o doutor Pat...- Ela parou a frase no meio.

- O que foi?- Digo assim que saio do banheiro.

Ela ficou me encarando com um sorriso. Estava com um olhar malicioso e aquilo me assustava.

- Aparentemente você teve uma noite e tanto.

Eu a encarei com um olhar de interrogação.

- Só bebi um pouco, não foi nada de mais.

- Não estou falando da bebida.

Novamente eu estava perdida, até que ela fez um sinal com a cabeça Indicando minha cama.

NÃO CREIO!

Tinha um montinho em baixo do edredom, juro que não me lembro de ter visto isso quando acordei.

Me aproximei daquilo e... Jesus! Agora me lembrei.

- Não! Vovó eu juro que não aconteceu nada.

- Querida você é maior de idade e vacinada, só espero que tenha usado proteção.

- VOVÓ!

Com o meu grito o monte jogado na minha cama levantou no pulo dizendo não ser culpado.

Aquele era o Carlo?

Meu Deus o que aconteceu noite passada?

- Live?

Ele parecia mais confuso que eu.

- Hum...Live.

- Vovó!

Minha Avó era um pouco moderna  para alguém de 62 anos, pra falar a verdade ela estava bem até demais. Emilia Jones sempre fora uma dama, mas de uns tempos pra cá estava mais pra vag...

- Olha eu estou vendo que você está bem viva, então eu vou ali na minha casa e volto só semana que vem. Adiós muchacho.

Ela parou no meio da porta se virou piscou para o rapaz que estava em minha cama e saiu andando como se nada tivesse acontecido.

Um silêncio se instalou em meu quarto.

- Então...

- Então...

Essas foram as unicas palavras que pensavamos no momento.

- Bom, eu sei que minha vó pode ser bem estranha e maliciosa as vezes, na verdade ela é sempre assim, nunca para de falar das consultas dela com o ginecologista e na verdade é bem dificil conviver com ela e eu estou falando tudo isso para um rapaz desconhecido, bom não totalmente desconhecido eu sei o seu nome e tudo mais...- Ele estava se acabando para não rir.- Acho melhor eu calar a boca.

- Não por favor conte me mais sobre a relação esquisita que sua avó tem com o ginecologista.

Eu tive que rir dessa vez, minha vó é basicamente a melhor pessoa.

- Acho melhor eu ir...

Ele pegou sua jaqueta na poltrona do lado da minha mesinha, como eu também não notei isso! Carlo foi se aproximando da saida do meu quarto e não consegui evitar e tive que perguntar:

- Carlo?

- Hum?

- Entre a gente? Não aco...

- Não! - ele me cortou antes que eu pudesse completar minha pergunta.- Não rolou nada, fique traquila.

-Mas somos amigos, certo?

- É claro.

- É bom ter um amigo.

- Ainda bem então que você tem dois.

Ele piscou e foi embora.

Que bom que tenho doi.. QUE! Dois? Tem mais alguém escondido no meu quarto?

E pensar que eu estava dizendo estar exagerando em supor que aquela noite mudaria minha vida.

Quando a Hora ChegarOnde histórias criam vida. Descubra agora