Assim que entrei pude ver Jason de cabeça para baixo com um negócio na boca, não sei muito sobre "encontros" sociais em bares, mas aposto que era um daqueles jogos de beber estúpidos.
Patrick estava sentado um pouco afastado massageando as têmporas, ele estava péssimo, se não me engano tinha acabado de ter um longo plantão.
Afinal, o que fazia aqui? Ele nunca foi muito de beber.
Deveria estar descansando, mas cá estava ele.- O que está acontecendo com ele?-Perguntei assim que me aproximei ignorando seu estado e focando apenas em Jason.
Ele parecia realmente cansado.
- Não faço ideia e não poderia ligar menos, Olívia, mas achei melhor chamar alguém que se importasse com ele.
Ele estava se levantando.
- Patrick, pra onde você está indo?
- Estou indo pra minha casa, já deveria ter ido embora faz muito tempo. Já escutei demais por uma noite.
- Espera, ele, o Jason, te disse alguma coisa?
Ele revirou os olhos e meio que riu.
- Se fosse apenas ele. Mas aquele rapaz é só mais um, não é, Live, é assim que deixa ele te chamar, é esse seu nome agora né?
Patrick estava indo embora quando eu o segurei pelo braço.
- Está bravo comigo? Tá bravo comigo por causa de um apelido?
- Não sei, tenho algum motivo pra isso? Um apelido é só um detalhe, mas abrange outras coisas, não abrange, Olívia?
Droga! Ele estava me lançando aquele olhar que eu tanto odiava. Raiva e mágoa, tudo misturado.
- Sabe que não posso fazer os exames, Patrick.
- Ah jura? Eu sei?
Seu tom foi um pouco mais alto do que o normal.
- Patrick, você tinha dito que respeitava minha vontade, não me parece que está fazendo isso, eu entendo que tenha todos os motivos do mundo para me odiar...
- Chega Olívia! Já chega! Se você não vai fazer nada para evitar que...- Ele respirou fundo, encarou o chão, depois me encarou.- Espero que se divirta com seu amiguinho, ele parece gostar muito de você, só espero que não o iluda como fez comigo.
Ele se virou puxando o braço que eu ainda segurava.
- E apesar de ter todos os motivos do mundo, não, eu não odeio você Olívia, não sou capaz disso, mas como eu queria ser.
Dessa vez foi embora, sem nem ao menos olhar para trás.
Respirei fundo, não queria pensar... Se ao menos ele soubesse...
Me foquei no presente e me aproximei do balcão ondei Jason agora estava sentado.
- Oi.
Ele pareceu confuso quando me viu, mas logo sorriu.
- Se lembra de mim?
Ele riu.
- Se eu lembro? Sonho com você todas as noites. Pelo menos todas desde o dia que nos conhecemos.
Dessa vez quem sorriu foi eu.
Ele estava muito bêbado, não podia ir embora sozinho.
- Jason, onde está o Carlo?
- Com a vozinha safada dele.
Comecei a rir.
- Você definitivamente não está bem.
Eu o levei pra minha casa, não fazia ideia do que fazer com ele, então realmente não tive outra escolha, estávamos em minha sala de estar e como ele não era a pessoa mais leve do mundo eu o deixei no sofá mesmo.
- Live?
Era estranho como eu gostava da forma como ele abreviava meu nome, eu sei que a ideia não foi dele, porém quando ele falava eu gostava.
- Sim?
- Pode me dar um beijo de boa noite?
Eu sorri novamente, ele estava muito mal não custava nada, e de qualquer forma, não era como se ele pudesse se lembrar do beijo no dia seguinte.
- Um só.
Eu me sentei junto a ele, comecei a me aproximar de seus lábios que estranhamente realmente estavam me atraindo, quando o pior aconteceu.
Ele vomitou.
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Quando a Hora Chegar
Teen FictionAs vezes precisamos aceitar o destino, mesmo que doa, mesmo que te mate. Olívia Jones nunca gostou muito de conversar ou qualquer tipo de interação,era certinha, tímida e um pouco fria. Nascera em Virgínia e aceitava a vida que levava até que Jason...