Eu não sabia o que fazer, estava paralisado e aquela senhora estava começando a me assustar.
- Eu acho melhor eu ir embora.-Disse saindo do local.
- Sim, acho melhor.
Ela estava conferindo meu corpo?
- Você sabe onde minha camisa está?- Perguntei sem graça.
- Apesar de eu achar que você fica muito melhor sem ela.- Ela estava piscando pra mim?- Está na lavanderia.
Eu sorri de nervoso fui ao lugar mencionado, peguei minha camisa e sai correndo daquela casa, e ainda tinha que pegar meu carro em um bar que não lembrava onde estava localizado, esses momentos da vida me fazem odiá-la, no caso a vida mesmo.
Assim que cheguei em meu apartamento, depois de muito ter procurado meu carro, me joguei no sofá, uma soneca iria me fazer bem.
Talvez eu devesse esquecer e aceitar apenas a amizade da Olívia, quer dizer, ela é especial isso consigo notar só de sentir sua presença, mas as vezes o destino não nos queira como um casal, talvez Olívia não nos queira com um casal... Odeio que ela esteja sempre em meus pensamentos.
Me levantei e fui atender o telefone que eu até tentei ignorar, mas ele me venceu.
- Alô?
- O que você fez?
- Carlo?
- Minha abuelita contou quem são os novos vizinhos.
Eu bufei. Respirei fundo e tentei não me lembrar que reencontrei aquele ser.
- Eu não fiz nada.
- Não acredito em você.
Eu fiquei em silêncio, o que mais eu podia fazer ou falar?
- Quer que eu vá ai?
Sinceramente eu queria. Carlo era mais que meu amigo, era meu confidente, meu terapeuta, meu irmão, ele sim era minha família, todavia já o fiz passar por poucas e boas, talvez fosse bom dar um descanso a ele, pelo menos só dessa vez, ele merecia isso.
- Obrigado, mas só quero ficar um pouco sozinho.
- Entendo.
Depois que ele desligou eu apaguei de vez.
Ao acordar fui tomar um banho e relaxar um pouco a cabeça, pois se já não bastasse aquele crápula ter voltado eu ainda tinha problemas maiores, estava devendo o aluguel e não conseguia arrumar um emprego, não devia ter me demitido só porque não gostava do meu chefe.
Assim que sai do banho ouvi a campainha, não tive muita escolha se não atender de toalha.
Quando abri:
- Olívia?
Seus olhos estavam inchados parecia que havia chorado ou acordado agora, mas acredito que tenha sido os dois.
- Você e Carlo topariam ir pra Las Vegas comigo?
Oi?
- Desculpa, mas não entendi.
- Las Vegas. Quero ir para Las Vegas e seria muito bom se fossem também. -Eu acho que devo ter batido a cabeça no banho e estou em coma, certeza que daqui a pouco o Pikachu vai aparecer. - Jason?
- Desculpa é que...
- É estranho que uma garota que conheceu três dias atrás apareça na sua porta te chamando para ir à cidade do pecado?
Eu ri e concordei com a cabeça.
Isso não é justo, poucas horas antes eu estava determinado a esquecer, em superar e seguir em frente, só que as vezes eu tenho a tendência a ser contraditório.
- Quando quer ir?
Ela sorriu quando percebeu que eu aceitei.
- Agora mesmo! - Ela me analisou um pouco.-Mas acho melhor colocar uma roupa antes.
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Quando a Hora Chegar
Teen FictionAs vezes precisamos aceitar o destino, mesmo que doa, mesmo que te mate. Olívia Jones nunca gostou muito de conversar ou qualquer tipo de interação,era certinha, tímida e um pouco fria. Nascera em Virgínia e aceitava a vida que levava até que Jason...