Cap. 03 - Encontro

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   Depois de disfarçar minha voz embargada pela vergonha, marcamos um lugar para encontrarmo-nos. Voltei para casa morrendo de vergonha, não acredito que marquei um encontro com ele. O jeito dele é tão... Malicioso. Mas de um jeito bom.

   Não acredito que pensei isso.

Naruto tentou falar comigo perguntando o que havia acontecido, odeio minha pele pálida porque eu não consigo sequer esconder minhas bochechas coradas. Acho que vou pegar uma praia qualquer dia desses.

     — Sakura-chan! — Naruto entrou em casa me encontrando esparramada no sofá. — O que houve? Eu perguntei lá fora mas você não me respondeu...

      — Nada, Naruto, nada.

      — Foi o encontro que não deu certo? Ele era um mala? Era feio?

      — Eu não tinha ido à um encontro. — Disse e ele me olhou como se sentisse ofendido.

      — Mentiu pra mim? Sakura-chan, você está ficando rebelde.

      — Foi mal, papai. — Eu levantei. — Vou dormir — E saí.

   Fui até o meu quarto tirei aquela roupa e coloquei um pijama, me jogando na cama. Fechei os olhos por um minuto e senti a cama afundar ao meu lado, abri os olhos e vi Naruto lá deitado, me olhando. Sorrimos um para o outro e eu puxei a coberta, cobrindo nós dois. Adormeci com ele fazendo cafuné no meu cabelo.

    
      Mais tarde, acordei e Naruto já não estava mais lá. Olhei as horas e eram 18:56, dormi bastante! Olhei as mensagens, a maioria do Naruto. Ele deixou um sanduíche vegetariano pra mim dentro de uma vasilha, na mesa, e suco de uva -meu predileto- na geladeira.

   Um amigo desses eu não troco por nada.

    Vi também algumas mensagens da minha chefe. Ela é um pouco paranóica, imagina cenários impossíveis de acontecer. Mas eu não vou ficar aqui pensando nela.

   Fui na cozinha  ver o meu lanche preparado pela pessoa que faz os melhores lanches, Naruto é um ótimo cozinheiro, na minha opinião.

    Comi e fui assistir TV, não tinha nada de especial passando. Fiquei assistindo um programa de sobrevivência, amo esses programas. Assisti até adormecer no sofá.

     Acordei novamente, mas dessa ver eu podia sentir a claridade vinda das janelas, já é dia, ótimo. Dormi mais cinco minutinhos, que na verdade pareceram apenas um minuto. Levantei do sofá toda quebrada e fui tomar um banho quente. Tomei meu café da manhã e fui limpar a casa. Varri, lavei a louça, lavei o banheiro e fui dormir mais um pouquinho.
Meu celular apitou e eu levantei mais uma vez, mas fui trabalhar. Peguei meu notebook e comecei a fazer pesquisas, ver do que o público gosta, enquetes... Tudo por um comercial de pasta de dentes.

   Olhei as horas e lembrei-me do encontro. Levantei calmamente e tomei um banho, procurei uma roupa composta e passei um perfume doce. Peguei minha bolsa, chaves, agenda de endereços e telefones, batom, spray de pimenta e tudo que talvez venha a calhar.
Saí calmamente, andando devagar, sem pressa. Peguei um táxi, falei o endereço e disse que ele podia ir sem pressa alguma.
Nós vamos nos encontrar em uma lanchonete que raramente alguém vai, pra não chamar muita atenção.

    Entrei e sentei-me, aguardando com os olhos fechados. Uma garçonete veio me perguntar se eu queria alguma coisa, e eu pedi um suco de uva gelado só pra não ficar ali sentada sem pedir nada.

   Estava remexendo no canudo quando ele entrou, de óculos escuros e uma roupa que, provavelmente, outras pessoas não o reconheceriam.

    Ele sentou à minha frente, olhando ao redor, logo me encarou com um sorriso divertido.

Segundo AndarOnde histórias criam vida. Descubra agora