Cap. 04 - Apresentável

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- Uma coisa que eu sempre quis fazer...?

Sasuke ligou para mim lá pelas 10:00 da manhã

- Sim! Algo como um desafio, ou enfrentar um medo de quando era criança.

- Por que está me perguntando isso?

- Curiosidade, apenas.

Já comecei a ficar desconfiada dali.

- Hmm... Não que eu lembre. Não sei.

- Tudo bem. Estou indo para aí, você pensa no caminho.

- O quê? Você está vindo aqui? Caminho para onde?

- Vou desligar, me espera!

Ele simplesmente desligou.
Mas, colocando os pensamentos em ordem e ignorando o fato de ele ter desligado na minha cara...

Olhei ao redor e vi uma pequena bagunça, mas aos meus olhos um tanto perfeccionistas, pareceu uma zona de guerra. Hora de começar a organizar as coisas.

Apenas alguns minutos depois, organizei tudo no seu devido lugar e me sentei no sofá, olhando o teto.
Opa, um pequeno detalhe.
Minhas vestes.

Corri para o quarto e somente me troquei, já que havia tomado banho há alguns minutos. Vesti uma roupa apresentável e voltei para a sala.

Ele está vindo para cá... E ele disse caminho? Caminho para onde? Estou com um pressentimento ruim sobre isso.

Ouvi a porta abrir e dei um pulo, mas era o Naruto. Não sei se me sinto aliviada ou desapontada...

- Hm... - Ele olhou bem ao redor antes de parar os olhos em mim. - Hm... - Se aproximou, me observando cautelosamente.

- O que foi? - Revirei os olhos.

- A casa está arrumada demais...

- E daí?!

- Você está apresentável...

- E?!

É verdade que ele é acostumado a chegar aqui e eu estar com o meu pijama rasgado no bumbum moscando pela casa enquanto tomo café, completamente descabelada. Mas eu não posso ficar um pouquinho arrumadinha que ele já vem com esse olhar de quem sabe que eu já assisti Irmãos À Obra.

- Você, porventura, está esperando alguém?

- E se eu estiver? - Falei com uma pitada de desdém.

- Sakura-chan... Nós já conversamos sobre isso.

- Vai-te catar! - Esbravejei e me direcionei à cozinha. Beber um copo d'água talvez ajude o meu stress repentino.

- Sakura-chan! Eu só quero conversar, okay? - Ele me seguiu. - Não precisa ficar estressada, ou coisa do tipo. - Falou gesticulando. - Você arrumou um namorado? - Perguntou com cautela.

Engasguei com a água e ele correu pra me ajudar, dando um tapa nas minhas costas, o retardado não mediu a força e me fez cuspir a água que estava na minha boca. O que me deixou feliz foi que toda a água foi em direção à ele.

- Arg! - Me soltou de imediato.

- "Arg" digo eu, seu maluco! - Eu peguei um guardanapo e passei ao redor dos lábios. - Quer me matar?! Existem formas mais fáceis de fazer isso.

- Você é louca? Cuspiu tudo em mim! Olha! Parece que eu me mijei!

Quase ri, mas não vou fazer isso, vou manter a postura malvada por enquanto.

- Vou em casa me limpar, depois terminamos a conversa. - Saiu a passos rápidos.

Não se passou muito tempo para a campainha tocar, eu preparei minha pior cara de mau e fui atender.

- Você não ia se limpar?! - Esbravejei no meio do caminho. - Vai arrumar algo pra fazer, seu filho da pu- - Calei no mesmo instante, não era o Naruto.

- Que recepção calorosa. - Disse sarcasticamente.

- Ai Deus, desculpa! Eu achei que era o idiota do...-

- Tudo bem. Mas eu acho que eu não cheguei em um bom momento...?

- Hm? Não tudo bem! Eu só estava um pouco exaltada.

- Ah, que bom. - Disse e sorriu.

- Ér... Não quer entrar? - Dei espaço suficiente para ele passar.

Me olhou antes de entrar. Olhou ao redor e me lançou um sorriso.

- É uma bela casa. - Na verdade não é não.

- Obrigada. Pode sentar! - Indiquei o sofá e ele prontamente se sentou. - Quer um café? Um suco...

- Não, obrigado. Por que você está me tratando tão formalmente? - Soltou uma risadinha.

- Ah, sei lá! - Sentei ao lado dele e rimos juntos.

- É coisa da minha cabeça ou você está um pouco tensa? - Disse num fio de voz e senti minhas pernas tremerem.

É coisa da minha cabeça ou está criando um climinha?

- Coisa da sua cabeça, apenas. Você havia perguntado se tinha alguma coisa que eu sempre quis fazer? Uma tatuagem, eu sempre quis uma. - Fui tentar mudar de assunto e revelei algo que não gostaria de ter revelado.

Ele deu um sorriso molhador de calcinhas e pegou minha mão.

- Então vamos fazer uma tatuagem.



Maldita boca grande.

Segundo AndarOnde histórias criam vida. Descubra agora