Cap. 21 - Discussão

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         Eu estava sentada diante dos olhos avaliadores dos Uchiha. Mikoto sorria e tagarelava enquanto pegava no meu cabelo, já Fugako estava me assustando. Ele me encarava e eu podia jurar que ele estava pensando as piores coisas de mim e me julgando apenas com os olhos.

  Desviei os olhos dos dele e sorri para Mikoto, que perguntava onde eu havia pintado meu cabelo.

— É natural. — Disse recebendo o silêncio de todos em troca.

    Mikoto soltou uma gargalhada, enquanto me chamava de piadista e eu fiquei extremamente constrangida.

— Com o que você trabalha, Sakura?

Fugako perguntou, eu olhei oara ele rapidamente, estava a ponto de explodir de nervosismo a qualquer momento.

— Eu sou publicitária.

  Ele semicerrou os olhos e abriu um sorriso irônico.

— Tinha que ser.

  O que ele quis dizer com aquilo? Mikoto desfez o sorriso e passou a mão na testa, Sasuke apertou minha mão em baixo da mesa e eu finalmente percebi do que se tratava.

— Desculpe, senhor Uchiha, não entendi o que quis dizer, pode me explicar? — Aumentei meu tom de voz e vi Mikoto arregalar os olhos.

— Eu não quis dizer nada. — Disse, mas continuou com aquele sorriso arrogante.

  Ele estava me irritando.

— Quem são seus pais, Sakura? — Mikoto mudou de assunto.

— Mebuki e Kizashi Haruno.

  Agora tanto Mikoto quanto Fugako ficaram surpresos.

  Ele bateu a mão na mesa, fazendo um estrondo. Olhou para Sasuke como se fosse arrancar sua cabeça e apontou para mim. Nessa altura do campeonato eu só sabia me assustar.

— Você não tem vergonha de me trazer até aqui para falar com esse tipo de gente?!

   Do que diabos ele estava falando?

— Fugaku, querido, se acalme!

— Me acalmar?! Esse imoral além de trazer uma Haruno, ela é filha daquele desonesto do Kizashi?! Aposto que não trabalha com publicidade!

— Desonesto?! — Deixei minha voz no mesmo nível que a dele. — Fale com respeito quando se dirigir ao meu pai, você não sabe nada sobre ele!

— Basta! — Sasuke rugiu. — Pai, você não tem o direito de falar assim da família dela!

— Eu já sei qual é o seu plano, Sasuke. Primeiro vira um escritorzinho e nega a própria família, depois se junta com essa aí só para me atingir.

— Eu me recuso a ouvir mais uma palavra! — Sasuke levantou, pegando minha mão e saindo dali.

   Eu estava a ponto de explodir e dessa vez de raiva. Sentia minhas mãos tremendo tanto que não conseguia me concentrar em mantê-las paradas.

— Eu quero ir para casa. — Segurei as lágrimas.

— Sakura...

— Apenas me leve para casa.

   Ele concordou. O camimho foi silencioso, eu gostaria de saber o que estava acontecendo, mas nada encaixava naquele momento que passei no restaurante.

     Ele parou em frente a minha casa, mas quando fui sair notei que a porta do carro estava trancada.

— Sakura, desculpa.

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