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Capítulo 29

Assim que analisei atentamente o seu antebraço não consegui me conter e chorei.

Sim, chorei como um menino.

Abracei meu pai com força e o mesmo me retribuiu na mesma intensidade, fazendo com que eu recebesse um alento que tanto precisava.

—Meu Deus pai, meu Deus! — disse enquanto o apertava.

Afastei-me e enxuguei o meu rosto rapidamente sorrindo. Todavia, meu sorriso fechou quando olhei para Barbara vendo a expressão que ela fez para mim.

—Babe...

—Você está com ele! Vocês dois! Você disse que era bom, Zayn! Você disse! — ela disse alto enquanto dava passos para trás lentamente.

Engoli a seco e caminhei até ela, mas Barbara começou a gritar de forma estridente e precisei para com a aproximação.

—Barbara, não é ele! Precisa me ouvir!

—É ele! É ele sim!

—Não, babe! Não é! — disse tentando lhe passar calma, mas ela esfregou o braço no rosto para limpa-lo.

—Você disse que era bom! Eu acreditei em você! Você disse! — ela disse exasperada e engoli seco.

Olhei de relance para o meu pai que encarava a cena totalmente assustado e respirei fundo antes de voltar a olhar Barbara.

—Babe, eu preciso que me ouça.

—Você vai me machucar! Vocês dois! — ela disse entre lágrimas e fechei os olhos.

—Barbara, você disse que confiava em mim. — disse a olhando nos olhos e dei um passo em sua direção.

—Você vai me machucar! E ele também!

—Ninguém vai te machucar, meu amor! Por favor, me deixa falar com você. — supliquei e ela caiu num choro desgostoso, fazendo meu peito doer.

—Eu acreditei em você.

—Eu nunca te faria mal algum, babe. Eu quero ajudar você e ele não é o seu pai. Deve ser parecido, mas ele não é o seu pai. — disse calmo e ela esfregou o rosto.

—Ele é! — Barbara disse com a voz tomada pelo tom de choro.

—Olha para mim, babe! — pedi me aproximando mais e segurei seu rosto entre mãos.

—Não! Não! Eu preciso ir embora!

Senti meu coração apertar ao ver Barbara começar a soluçar de tanto chorar em desespero por ver o meu pai, mas não entendia o que estava acontecendo.

—Barbara, eu te amo e prometi cuidar de você, não lembra? — disse calmo e ela me olhou.

—Você e ele...

—Olha nos meus olhos, meu amor. — pedi e ela assim fez. —Não é ele.

A minha doce Barbara engoliu a seco e seus olhos transbordaram mais algumas lágrimas, mas ela não estava mais do jeito que estava antes.

Psicopatia • z.mOnde histórias criam vida. Descubra agora