Psicopatia • z.m

39

Capítulo 39

Encarei seus olhos doces que agora estavam mais tímidos que nunca e sorri me imaginando como seu marido.

Era estranho, mas ao mesmo tempo tão bom imaginá-la como a minha esposa, como minha mulher e quem sabe até usando meu sobrenome.

Barbara Malik.

—Também estou com fome. — ela disse me tirando dos meus devaneios e ri.

—Vou comprar algo para nós, quer ir comigo?

—Quero sim. — ela disse alegre e sorri. Todavia, em pouco menos de cinco segundos seu sorriso se fechou. —Eu vou ficar.

—O que houve meu amor?

—É melhor eu esperar você.

—Não pode mentir para mim, huh? — disse caminhando com ela até o sofá e ela sentou em minha perna.

—O meu cabelo está feio ainda, quando ele crescer como antes eu saio com você. Aquela moça na casa dos desenhos disse a verdade e eu pareço uma louca. — ela disse e a olhei incrédulo.

—Ei?! O que diabos está falando babe? Se for esperar seu cabelo crescer como estava para sair comigo, nossos netos terão que ir junto.

Barbara deu uma risada baixa e sorri observando o quão linda a mulher da minha vida era sem fazer muito esforço.

—Você é a mulher mais linda do mundo. Ela só disse aquilo por ciúmes, porque você é incrível demais. Entendeu?

—Mas ela era muito bonita, ela não teria ciúmes de alguém com...

—Claro que teria. Até eu tenho ciúmes do quão linda e cativante você é, meu amor! — disse e beijei seu rosto.

—Vou colocar uma camisa e você vai comigo, ouviu? — disse e ela sorriu assentindo.

Barbara deixou um beijo demorado em meus lábios segurando meu rosto e então levantou de meu colo para que eu me vestisse.

***

Gargalhei quando Barbara perguntou como era feito o queijo e fez uma enorme careta quando disse a resposta.

—Acho que não gosto de queijo. — ela disse e ri um pouco mais.

Segurava sua mão entrelaçando nossos dedos no caminho de volta e por um segundo me vi livre de todos os meus problemas.

Era só eu e Barbara e tudo que havia de ruim parecia ter sumido.

Estava tão completo, tão realizado, tão feliz que podia jurar que nada estava faltando. Apesar de saber que precisaria fazer algo logo porque a grana estava curta e não podia deixar Barbara de qualquer jeito.

—Croissant é gostoso? — ela perguntou e sorri.

—Eu gosto babe, acho que vai gostar também.

—Você tem dinheiro guardado? Sempre vejo você me comprando as coisas. — ela disse inocentemente e suspirei.

Claro que não diria que toda a grana da poupança que minha mãe me deixou foi para o ralo entre consultas com Harry, comida, roupas e remédios para ela.

Barbara não ia se sentir nada bem.

—Não é pra você se preocupar com isso.

—Mas eu...

—Preocupe-se em ficar bem e me dar umas bitoca de vez em quando. — disse divertido e ela riu.

Barbara abraçou-me de lado e sorri deixando um beijo no topo da sua cabeça, mas paramos de caminhar assim que vimos um carro preto parado na frente de casa.

—Zayn, quem está lá?

—Não faço ideia babe. — respondi.

Olhei mais atentamente para ver se encontrava alguém, e então pude ver D9. Sim, era esse o seu pseudônimo.

Senti um certo nervoso porque não queria que ele visse Barbara ou que ela o encontrasse de alguma maneira.

Era ele quem me fornecia drogas e que era o manda-chuva naquela área. Já passei droga adiante para ele, mas não me envolvi demais. Sabia que o resultado era tomar bem no meio do meu cu se continuasse.

—Merda. — sussurrei.

—O que houve Z?

—Babe, pode me esperar aqui?

—Mas...

—Eu juro que vai ser rápido. Ficarei te olhando o tempo todo. — disse a olhando e ela assentiu.

Deixei um beijo em sua testa e ela ficou naquele ponto da rua quieta a me esperar enquanto eu caminhava até D9.

Respirei fundo e então assim que me viu ele abriu um largo sorriso, me cumprimentando com a mão.

—E aí Z?

—E aí D9. O que veio fazer aqui?

—Hm, croissants? — ele disse colocando a mão na sacola e tirou um para si.

Folgado da porra.

—Podemos conversar? — ele perguntou com a boca cheia e suspirei.

—Aqui e por favor seja breve.

—Por que a pressa?

—D9, por favor! — disse um pouco impaciente e ele riu.

—Ta bem. — ele então enfiou o resto do croissant na boca e abriu o zíper do seu casaco.

D9 tirou do bolso interno do mesmo um saco plástico médio com aquele maldito pó branco muito conhecido por mim.

Desviei meu olhar daquilo rapidamente e olhei em volta, vendo que Barbara olhava apenas para a rua pacata.

—O que você quer, merda?

—Preciso que passe adiante pro Hemlock.

—Eu já disse que tô fora disso.

—Cinco mil dólares.

—O quê?

—Te dou cinco mil para levar essa porra para ele.

—Por que tanta grana?

—Porque preciso que leve essa porra! Para de perguntar e aceita logo!

D9 então tirou o dinheiro do bolso. Cinco m dólares arrumados perfeitamente em 5 montinhos de mil casa e me senti tentado.

—Só precisa levar isso para ele e voltar para cá como se nada tivesse acontecido.

—Mas...

—Deve estar bem de grana para recusar cinco milzinho fácil assim né? — ele disse rindo e grunhi.

Olhei novamente para Barbara e a vi abraçar seu próprio corpo inocentemente. Com esse dinheiro eu podia nos manter por um tempo, e dar um pouco de conforto a Barbara.

—Sim ou não? Não tenho muito tempo.

Vi Barbara me olhar e me dar um aceno doce e sutil e então abaixei o olhar e respirei fundo antes de responder.

—Eu topo.

[...]

N/a: oi meus amores! Espero muito que estejam gostando e espero também não estar decepcionando vocês. Tem mais uns 5/6 capítulos antes do fim e tô muito ansiosa para que leiam ❤️ obrigada por todo o apoio e amor ❤️