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Capítulo 44

Griff havia me dispensado para que pudesse passar os "últimos dias" ao lado de Barbara e faria hora extra para compensar depois.

Só queria mesmo aproveitar a mulher da minha vida enquanto ela estava em meus braços e não há milhares de quilômetros de distância.

Estávamos deitados na cama, entrelaçados e olhando para o teto sem saber bem o que dizer depois de tanto choramos e trocarmos 'eu te amo' desde a notícia.

Teríamos apenas mais um dia.

As malas de Barbara já estavam prontas e toda vez que levantava para ir ao banheiro ou sair e dava de cara com elas, era como se recebesse um soco bem no estômago.

Não tinha como me acostumar.

—Babe? — a chamei e ela levantou a cabeça para me olhar.

A mulher mais linda de todo o mundo em meus braços.

—Z?

—Pega uma muda de roupa, vou te levar para um lugar. — disse sorrindo e ela pareceu surpresa.

—Sério?

—Claro! Vai logo. — disse sorrindo e beijei seus lábios.

Barbara levantou rápido e saiu a procura de uma roupa animadamente e enquanto eu sorria a observando.

Coloquei uma camisa e deixei o cômodo. Peguei a chave do carro e então olhei pela janela vendo a lua cheia e nenhuma estrela no céu.

Amanhã ela iria embora para a Califórnia e sabe-se lá quando eu poderia visitá-la. Eu teria que trabalhar duro para manter essas idas e voltas, mas valia a pena por ela.

Barbara abraçou-me por trás, tirando-me dos meus devaneios e sorri. Coloquei minha mão por cima da sua em minha cintura e suspirei.

—Está pronta meu amor?

—Sim Z. Onde vamos?

—É surpresa. — disse rindo fraco e virei para deixar um beijo apaixonado em seus lábios.

Peguei uma camisa e uma calça de moletom antes de sairmos e entramos no meu carro. Dei a partida e fomos todo o caminho com as mãos entrelaçadas, só partindo quando eu precisava trocar o câmbio.

E depois de alguns minutos em silêncio, parei o carro ao lado da placa que indicava o lago. Pedi para que tirasse os sapatos e ela prontamente o fez.

Barbara ainda parecia um tanto quanto confusa, mas assim que saímos do carro a peguei em meu braço e corri com ela.

Ela gargalhava de forma sincera e eu não podia deixar de fazer o mesmo vendo a beleza de seu sorriso.

Avistei o lago — que pela bondade divina não era fundo — e pulei com ela em meus braços sentindo a água um pouco fria chocar nossos corpos.

Voltamos à superfície e Barbara estava em choque. Gargalhei envolvendo sua cintura e beijei seus lábios.

—Isso é um mar pequeno? — ela perguntou e ri.

—Oh babe, aqui não tem praias. Então não tem mares. É só um lago.

—Lago?

—Sim, reservatório natural de água. — disse sorrindo vendo-a encantada e ela assentiu.

—É bonito.

—De dia também, mas só é vazio assim à noite e tudo que preciso é ficar um pouco sozinho com você. — disse baixo e beijei sua testa.

Psicopatia • z.mOnde histórias criam vida. Descubra agora