36

6.2K 552 418
                                        

Capítulo 36

—O que você está dizendo cara? — perguntei incrédulo e o cara deu longo suspiro.

Era quase como se tivesse tentando se manter acalmo, mas quem estava a ponto de socar a cara de alguém até que caísse inconsciente era eu.

—Olha, eu não quero soar como um cara mau ou um babaca. Todavia, entende o meu lado. Barbara viveu em cativeiro desde que nasceu, não teve chance de ter uma vida, e agora está vivendo nesse lugar.

—Devia a ter procurado quando nem mesmo conseguia reconhecer as pessoas, quando a cada dia fazia um novo machucado em seu próprio corpo, quando estava sofrendo abusos e violência!

—Eu a procurei, tenho relatórios de detetives que contratei para que pudessem encontrá-la. Não pode me culpar por isso.

—Mas eu a amo. — disse firme e Gerald me analisou atentamente estudando a minha expressão.

Gerald então pareceu ceder desviando seus olhos negros dos meus e então deu um longo suspiro.

—Não quero ser o cara mau, mas eu não posso deixar que a minha irmã viva aqui. Você sabe como ela é frágil, precisa muito de cuidados e uma família.

—Eu também não quero ser egoísta e priva-la de ter uma vida, mas eu a amo e sei que se ela for jamais vai me deixar tornar a vê-la.

—Você é um jovem de bom coração, sou grato por cuidar dela. Rodger me contou tudo de fato. Mas ela não terá nenhum futuro ficando aqui com você.

Naquele momento o irmão rico de Barbara conseguiu me fazer sentir inferior. Ele soube bem o que dizer para que me sentisse insuficiente para Barbara.

Meu subconsciente teve que concordar.
Qual o futuro que eu daria para Barbara? O que um (ex?) drogado, desempregado, vivendo num cafofo vai ter a oferecer para uma mulher tão incrível como ela.

—E se ela não quiser ir? — eu quase balbuciei deixando transparecer, mesmo sem querer, minha vulnerabilidade.

—Ficarei aqui por um mês. Quero criar laços com ela. Pode aproveitar esse tempo também, pretendo recompensar você por todos os cuidados que teve com ela, se me puder passar a sua conta...

Gerald já estava pegando um bloco de notas pequeno do bolso e uma caneta daquelas que custam mais que dez caixa das normais, mas segurei sua mão e neguei com a cabeça.

—Não fiz nada disso por dinheiro. Eu a amo e não quero nada em troca do que fiz.

—Mas eu preciso recompensá-lo de alguma forma por a ter ajudado.

—Ela já fez isso. Barbara me devolveu a vida e não há nada que supere isso. Eu apenas... Eu só a amo. Não preciso do seu dinheiro.

Gerald parecia um tanto quanto surpreso, mas assentiu e acenou com a cabeça antes de sair de vez e entrar em seu Jaguar.

Respirei fundo e fechei a porta. Caminhei até o quarto e sentei na ponta da cama apertando a cabeça que doía como os infernos.

Ouvi a porta do banheiro abrir e o meu olhar subiu lentamente de cima abaixo para o corpo nu de Barbara.

Desviei o olhar rapidamente para que não acabasse duro feito uma rocha e sem conseguir me aliviar na mão já que Barbara estava sempre por perto.

—A toalha não estava lá. Eu... Me desculpe.

—Oh babe, eu a pego. — disse baixo e peguei uma das últimas limpas no alto do armário.

Caminhei até ela abrindo a toalha dobrada e então enrolei seu corpo lentamente sentindo o meu queimando como se tivesse recebido uma injeção letal.

—Está tão perfumada. — sussurrei abraçando seu corpo quando ela ficou de costas.

—É bom?

—Tudo que você faz é bom, babe. — disse rindo e ela deitou a cabeça em meu peito.

Respirei fundo deixando que seu cheiro bom adentrasse minhas narinas e senti seu cabelo úmido deixar minha camisa molhada.

—Os remédios do doutor Harry...

—O que tem eles?

—São bons. Consigo segurar o meu medo de tudo e não vejo mais meu pai ao dormir. — ela disse calma e sorri.

—Dormiu a tarde?

—Um pouco.

Sorri novamente e ela virou para me olhar e deixar um beijo suave em meus lábios. Em seguida a senti me guiando lentamente e franzi o cenho quando cheguei ao ponto de sentar na cama.

—Barbara...

—Está tudo bem Z. — ela sussurrou e ainda muito timidamente deixou sua toalha cair.

Minha respiração ficou descompassada e não consegui desviar meus olhos das curvas delicadas e sutis do seu corpo.

—Babe, você pode...

—Você não vai me machucar. Eu não tenho mais tanto medo. — ela balbuciou e a olhei nos olhos.

Estava com medo de ir e fazer algo de errado, mas também de não ir e frustá-la de alguma forma.

Eu queria. Muito. Com todo meu ser.

Barbara nem esperou que eu pensasse e puxou a minha mão fazendo nossos corpos colarem severamente.

Encarei seu busto despido e seus olhos negros ainda tímidos que desviaram do meu rápido como um relâmpago.

Senti suas unhas tocarem minha barriga por dentro da camisa e senti-me arrepiar. Fechei os olhos e arfei pesado.

—Oh babe... — gemi rouco e baixo quando eu senti sua pelve roçando em mim.

Já me encontrava duro e com tanto tesão que ainda que ela desistisse, iria para um beco deserto bater uma.

—Eu não... Não sei como fazer isso. — ela disse baixo e foi aí que a olhei com um pequeno sorriso.

Acariciei as maçãs de seu rosto lentamente e deixei um beijo molhado e demorado em seus lábios macios.

Ela estava certa. A noite seria totalmente dela (se acontecesse). Eu a daria tudo de mim e faria como se essa noite fosse a sua primeira.

A primeira e melhor noite da sua vida.

Lentamente a tomei pela cintura e a beijei com delicadeza. Deitei-a na cama lentamente e comecei a deixar beijos suaves por seu pescoço, colo e finalmente cheguei em seus seios.

Notei sua respiração exageradamente descompassada e então afastei-me um pouco para olhá-la nos olhos.

—Babe, quer isso? Podemos parar, já disse que espero o tempo que for por você. — disse decidido a olhando nos olhos e ela engoliu a seco.

—Eu quero Zayn. E, por favor, não pare.

[...]

N/a: ui ajdjjsjs nhac! Se tiver mais de 100 comentários posto mais um ainda hoje 🙊🙊🙊🙊

Psicopatia • z.mOnde histórias criam vida. Descubra agora