Psicopatia • z.m

11

Capítulo 11

Sábado

Acordei com certa dor de cabeça, porém animado porque ia falar com um psiquiatra para que fosse avaliar Barbara e me dar alguma solução para ajudar a tirar ela de lá.

Tomei um banho gelado pulando para espantar o frio e entendi o que Barbara e os demais pacientes sofriam naquele inferno.

Vesti-me rápido, coloquei um casaco grande e peguei dinheiro e as chaves do carro. No caminho parei para abastecer e segui até o consultório do cara.

Encarei uma moça que anotava mil coisas enquanto falava no telefone, então acenei e ela retirou do ouvido, tapando com a mão o microfone.

—Eu preciso falar com o...

—Pode sentar ali e esperar um pouco?

—Tudo bem. — suspirei e segui até o sofá.

Sentei e entrelacei os dedos enquanto analisava a sala para ver se passava o tempo, mas estava nervoso e ansioso para saber como tirar Barbara daquele lugar.

Uns dez minutos depois um cara alto, cabelos castanhos e olhos verdes chegou com um sobretudo e dando bom dia. Ele logo adentrou sua sala e aproveitei que não tinha ninguém ali para entrar.

—Bom dia. — disse calmo ao entrar e o vi sentar.

—Bom dia?

—Malik. Zayn Malik. — disse e sorri pegando na mão dele.

—Sente-se. — ele disse calmo e o fiz.

Olhei a plaquinha em sua mesa e sorri pequeno. Doutor Harry Styles. Ao menos agora sabia o nome dele, eu vim tão avulso que nem vi isso.

—Doutor Styles, eu gostaria de tirar uma dúvida.

—Claro.

—Estou trabalhando em um hospital psiquiátrico, e eu...

—Por livre e espontânea vontade?

—Cumprindo pena. — disse e ele sorriu.

—Imaginei. Enfim, prossiga.

—E tem uma moça lá. O nome dela é Barbara e ela é... Incrível. — disse sorrindo e suspirei. Ele me encarava atentamente. —Acredito que ela não seja doente o suficiente para precisar ficar naquele lugar.

—Acredita?

—Ela tem traumas, e isso é evidente. Mas, se o senhor...

—O senhor está nos céus.

—Se você puder ajudá-la, se puder apenas ir lá e avaliar o caso dela...

—Está me pedindo para avaliar uma garota da qual você está apaixonado para saber se ela tem chance de sair de lá?

—Eu não disse que estava apaixonado!

—E por que fala dessa sorrindo? E está ficando vermelho? — ele perguntou com a sobrancelha arqueada e fechei os olhos de vergonha.

—Eu só quero que a ajude.

—Sabe que mesmo que eu possa avaliar o caso, ela pode precisar de uma pessoa para ser responsável, não é?

—Eu posso!

—Qual o seu grau de parentesco com ela?

—Nenhum. — respondi baixo.

—Então você não pode.

—Mas...

—Ela não tem nenhum parente?