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Capítulo 2

Após passar pelos demais pacientes que Rodger me guiou, ele me mostrou o local. Onde preparavam a comida, onde banhavam os pacientes e alguns cômodos onde guardavam remédio, cobertores, e demais coisas.

Precisava dizer que, apesar do esforço que Rodger parecia fazer, o local não era lá dos melhores e os estoques de tudo pareciam estar nas últimas.

—Bem, você pode ir agora e voltar amanhã a noite.

—À noite?

—Sim, ué! Isso aqui foi so uma demonstração meu filho, acha que vai ser mole assim? Vai vir das oito da noite e sair às oito da manhã. — ele disse rindo e suspirei.

Sabia que não adiantava debater, porque eu só ia tomar mais no rabo. Meu advogado me ameaçava mais que a própria polícia e não queria ser preso.

Rodger me guiou até aquele vestiário novamente e coloquei de volta as minhas roupas com que cheguei nesse lugar.

—Fica com o uniforme, se der sorte alguém se demite e você consegue outro par.

—Nossa.

—Hm, e não esquece de voltar às oito.

Assenti e logo saí do local entrando em meu carro velho que fazia um barulho irritante. Segui caminho e passei pelo bar do Griff.

Amigo puto é bom porque deixa o bar mais tempo aberto do que uma farmácia.

—E aí mano! — ele disse assim que sentei no bar e sorri.

—E aí bro.

—Que história é essa que foi preso?

—Dei trabalho pros caras, mas sabe como é, né?

—Sabe como é?

—Ninguém segura o Malikão. — disse e ele riu.

—Vou fingir que você conseguiu sair impune das merdas.

—Tô trabalhando no manicômio como cumprimento da pena. — disse e rolei os olhos, já o Griff riu.

—Depois dessa eu vou...

Griff parou de falar quando sem dar tempo de piscar, recebi um tapa ardido no rosto e olhei indignado para Bruna.

—Você fumou orégano? — perguntei indignado.

—Que marca de unha é essa no seu pescoço, seu cachorro? — ela perguntou indignada e pude ver Griff soltando a risada que prendia.

—Caralho, Bruna! Eu namoro com você e não sabia, é isso?

—Você...

—Isso foi no trabalho.

—Agora trabalha com sexo? Virou prostituto?

—Griff, uma cerveja por favor. — disse tentando não perder a paciência.

—Me responde Zaza!

—Eu já disse, caramba! E eu não devo nada a você, Bruna. — disse e logo Griff me deu a garrafa.

Dei um gole generoso na mesma e então olhei para Bruna que parecia desapontada. Suspirei e a peguei pela mão, puxando-a e colocando-a sentada em minha perna.

—Você tava com outra!

—Não e a gente não namora, Bruna.

—Mas a gente...

—A gente só fode. — disse em seu ouvido e ela estremeceu. Sorri.

—Não quer ir... ao banheiro? — ela perguntou com certa manha e ri.

Psicopatia • z.mOnde histórias criam vida. Descubra agora