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Capítulo 15

Carreguei Barbara em meus braços com todo o cuidado do mundo enquanto a mesma se agarrava em meu corpo assustada.

—Zayn! — ouvi Nathan gritando, mas não parei e segui pelo corredor. —Zayn, para!

Ignorei-o e segui com passos rápidos em direção à saída daquele maldito lugar. Iria dar um jeito de salvar Barbara e se esse era o único jeito, iria fazer sem me preocupar com as consequências.

—ZAYN! — ouvi a voz de Rodger firmemente e antes que eu passasse pela porta, ele se colocou no meio.

Rodger estava sério e me olhava com severidade, mas se ele tentasse me impedir iria passar por cima dele sem pensar duas vezes.

—Sai da minha frente agora!

—Se você escolher fazer isso, vai ser preso antes mesmo de dobrar a esquina.

—Eu não vou deixar Barbara aqui! — gritei e a apertei mais contra mim, já que ela chorava.

—Se conversar comigo podemos resolver a situação de forma legal e ninguém se fode!

—Está errado, porra! Em todas as vezes a Barbara se fode! Todo mundo acaba com ela! O que uma garota tão doce fez para merecer toda essa tortura?

—O que houve?

—Isso! — mostrei os pés com queimadura de eletricidade e ele arregalou os olhos.

—Quem fez isso?

—A Jelena!

—Você tem certeza disso?

—Eu tenho, Rodger! Mais certeza do que o meu nome é Zayn!

Vi Rodger assentir lentamente e se aproximar, mas dei um passo para trás. Ele estava tentando me acalmar, mas Barbara não pode ficar aqui.

—Zayn, se insistir nisso vai ser preso e não vai sair do xadrez até seus espermatozoides virarem coalhada. — Rodger disse e grunhi.

—Deixa de ser babaca!

—Prometo tomar uma atitude severa em relação a Jelena, mas não cometa essa loucura. — ele disse e ouvi Barbara fungar.

A mesma levantou a cabeça, ainda se encolhendo para me olhar e sentir meu coração amolecer totalmente com seu olhar doce.

—Fica Zayn. — ela sussurrou e senti meus olhos arderem. —Nós vamos ficar bem.

Barbara me olhava com tanta ternura que não segurei os meus instintos e colei nossas testas, em seguida deixei um selinho demorado em seus lábios.

—Eu amo você. — sussurrei sentindo um gelo em minha barriga e Barbara arregalou um pouco os olhos.

Sorri um pouco envergonhado e fechei os olhos por alguns segundos, voltando a olhar Rodger em seguida.

O mesmo me encarava com uma cara de deboche por eu ter beijado Barbara em sua frente, mas não me importei.

—Quero aquela mulher na cadeia.

—Farei a denúncia assim que conseguir provas. Tudo bem?

—Temos a prova viva, Rodger. — disse olhando para Barbara.

—Leve-a de volta para o quarto, faça curativos e eu mesmo vou dar um jeito nisso. Okay?

—Se ela ficar impune eu vou te dar uma surra que vai desejar que sua mãe tivesse tomado a pílula do dia seguinte. — disse entredentes e ele riu.

—Tá bom Bruce Lee depois da cracolândia.

Rolei os olhos e senti Barbara me abraçar mais forte. Suspirei e olhei em seus olhos com calma, apesar de não me sentir nada calmo.

—Não vai ser hoje, mas vamos sair daqui. Okay? Eu prometo que vamos sair, de mãos dadas e pela porta da frente. — disse baixo e ela assentiu.

Caminhei de volta com ela para a ala do seu quarto sentindo-me falho. Porém, sabia que se fizesse isso ia ser pior.

Poderia ser preso e daí ninguém cuidaria dela aqui ninguém impediria o que quer que fosse acontecer com Barbara.

—Eu sempre vou cuidar de você, meu amor! Sempre. — disse a colocando na cama com cuidado e ela acariciou meu rosto.

—Eu sou o seu amor?

—Você é, Barbara. — sorri e acariciei seu rosto de pele macia como nuvens. —É o amor da minha vida.

Barbara me encarou atentamente e logo senti que estávamos nos aproximando como se houvesse magnetismo entre nós.

Tomei seus lábios com calma, mas Barbara aprofundou o beijo prontamente, fazendo-me sentir a sua língua quente e macia.

Suguei levemente seu lábio inferior e mordi devagar, entrelacei os cabelos de sua nuca e fiz questão de acariciar sua língua com a minha.

Barbara levou as mãos até o meu peito e senti-me explodindo por dentro. Ofegávamos e ainda assim não partíamos o beijo.

Senti suas mãos puxando meu braço e creio que entendi que ela me queria mais perto. Então apenas segui os meus instintos.

Deitei na cama, por cima dela, sem partir o beijo e senti-me queimando de uma forma que nunca senti antes.

Estava com o desejo a flor da pele.

[...]

Psicopatia • z.mOnde histórias criam vida. Descubra agora