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Capítulo 18

Encarei seus olhos sentindo que estava com a boca entreaberta pela grande surpresa de suas palavras e pude vê-la corar intensamente.

Sei que eu disse que a amava antes, mas não tinha muitas esperanças que ela fosse dizer tão cedo.

Eu acreditava que seus pequenos atos mostravam que ela retribuía, mas ouvir da sua boca era infinitas vezes melhor.

—Oh meu amor! — sorri e agarrei sua cintura, a girando no ar.

Barbara ainda sorri pequeno e abraçou meu pescoço, me fazendo sentir como se fosse seu, como se ela fosse minha e como se aquele momento fosse bom demais para ser real.

—Diz que isso não vai acabar, por favor. — ela sussurrou quando a coloquei devagar no chão.

—Não vai, meu amor. E se acabar, podemos começar novamente. — disse e beijei sua testa.

—O que vamos fazer agora?

—Quer um banho? Enquanto você toma, posso fazer algo para comermos e amanhã de manhã eu vou ligar para o doutor Styles e saber se ele pode nos ajudar. — disse e ela suspirou.

—Quem é?

—Ele é um médico, um cara bem legal e tenho certeza que ele vai nos ajudar. — disse e sorri.

—E se ele me prender novamente?

—Não vai. — acariciei suas bochechas.

Barbara respirou fundo e se aconchegou em meu peito. Abracei-a mais forte e acariciei seus cabelos negros — que agora eram curtos — e beijei sua testa.

—Onde fica o banheiro? — ela perguntou e sorri.

—Vem...

Segurei em sua mão e a guiei com calma até a porta do banheiro do meu quarto. Peguei uma toalha nova e a entreguei.

Barbara entrou e fechou a porta. Sorri e comecei a procurar alguma roupa que coubesse nela. Peguei uma camisa cinza e uma calça de moletom para ela. Deixei em cima da cama, assim como o meu perfume e então saí do quarto.

Minha casa era pequena e não tinha muita ideia de como organizar as coisas para deixar o lugar mais aconchegante para ela.

Eu era um cara solteiro de vinte anos que morava sozinho, provavelmente ela pode encontrar camisinha na gaveta de talheres.

—Relaxa Zayn, não vai surtar agora. — disse baixo e encarei meu armário quase vazio.

Decidi preparar uma macarronada — mesmo sabendo que ia parecer que catei do lixo, pela minha ausência de talentos culinários — e enquanto deixava o macarrão cozinhar, cortei algumas salsichas e preparei um molho.

Deveria ter ligado e pedido comida. Ninguém merece sair de um inferno e ser torturado pelo paladar com minha comida.

—Z? — ouvi a voz dela muito baixo e sorri por ela me chamar assim.

—Sim, babe? Estou terminando o nosso...

Assim que olhei para a mesma fiquei surpreso. Ela usava apenas a camisa que ia até pouco menos que metade de suas coxas e seus seios estavam enrijecidos transparecendo no tecido da blusa.

Desviei o olhar de seu corpo rapidamente, fechei os olhos e respirei fundo tentando voltar a cortar as salsichas.

Todavia, estava a ponto de cortar a minha salsicha.

—A calça estava caindo, tem outra coisa?

—Eu vou olhar agora, babe. Só vou terminar aqui e... — coloquei as salsichas no molho.

Psicopatia • z.mOnde histórias criam vida. Descubra agora