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Capítulo 28

A minha felicidade e meu mundo despedaçaram-se em questão de segundo quando ouvi Barbara gritar aquilo exasperada.

—O quê? — meu pai perguntou assustado e engoli seco.

Não era possível!

Barbara ainda se arranhava e se encolhia entre lágrimas, mas a segurei firme enquanto a olhava nos olhos e tentava achar o que falar, mas não conseguia.

—Não Zayn, ele é mau! Ele vai me machucar! Por favor! — ela disse exasperada chorando.

—Filho, o que está acontecendo?

—Barbara... — me pronunciei pela primeira vez depois da bomba e ela me olhou enquanto tentava se livrar dos meus braços.

—É ele! Por favor! — seu olhar era tão desesperado que senti meu peito apertando.

O meu pai não podia ser esse monstro. O homem incrível que me criou não pode ser o mesmo cara que abusou de uma criança.

Barbara não podia ser minha irmã.

Eu a amo e não é como uma irmã. A amo o suficiente para casar com ela agora mesmo e enchermos a minha casa pequena de filhos assim que ela se sentir pronta.

Isso não é real.

—Barbara, isso é impossível. Ele é o meu pai, você deve estar...

—A marca, veja a marca, ele tem uma marca de nascença marrom! — ela disse chorando e franzi o cenho.

Olhei para o meu pai que parecia assustado com toda a situação, mas não confiava cem por cento em mais ninguém depois de tudo que ouvi de Barbara.

As pessoas são cruéis e nunca saberemos ao certo o que são capazes de fazer até que elas façam.

—Okay babe, eu posso checar isso.

—Eu quero ir embora. — ela pediu cravando as unhas em meu antebraço e gemi baixo.

Já estava um pouco arranhado pelo mesmo gesto que ela fez quando Harry chegou aqui, ou quando o carro da polícia parou.

—Me deixa ir embora. — ela balbuciou entre lágrimas.

—Não fala isso, babe. — disse com a voz embargada ao ver seu desespero.

Precisava muito que isso fosse mentira ou algum engano terrível da mente de Barbara, ou eu me jogaria na frente do primeiro carro que passasse.

Não é possível alguém ter uma vida tão fodida quanto a minha e a de Barbara.

Segurei seu rosto tentando a fazer me olhar nos olhos, mas suas lágrimas grossas e incessantes estavam dificultando essa missão.

—Olha para mim, babe. — pedi vacilante e ela grunhiu chorando mais.

—Não deixa ele aqui, por favor...

—Ninguém vai te machucar. Eu prometi babe e dessa vez estou ao seu lado para cumprir isso. — disse colando nossas testas e ela afundou mais suas unhas em meu antebraço.

Suas mãos estavam gélidas, trêmulas e suando muito. Estava tendo um tipo de crise de pânico ou algo do tipo e vê-la assim partia meu coração.

Engoli a seco e olhei para meu pai que ainda parecia perdido com toda aquela situação e tentei me obrigar ao máximo a ter esperanças.

—Eu te amo, Barbara.

—Zayn... — meu pai chamou, mas o olhei para que não dissesse nada.

—Me deixa ir embora.

—Onde está a marca que estava dizendo, meu amor?

Barbara abaixou o olhar e vi seu corpo tremendo. Abracei-a forte e então beijei o topo da sua cabeça com ternura, tentando acalmar ela e me acalmar também.

Aposto que ela estava sentindo o meu coração bater forte e acelerado como nunca antes, eu mesmo podia senti-lo pulsando em minha cabeça.

—Aqui... — ela sussurrou e então se afastou do meu abraço para pegar meu braço.

Barbara então puxou com voracidade meu casaco para que eu o tirasse e assim que conseguiu apontou seu dedo na linha mediana do meu antebraço esquerdo.

—O que está acontecendo aqui, Zayn? Eu realmente quero saber o que há de errado! — meu pai disse e suspirei.

Barbara tapou os ouvidos freneticamente e com força como se não quisesse ouvir nem mesmo a voz dele e o meu coração apertou.

Eu precisava tanto que isso fosse um engano.

—Fique aqui. — disse baixo e ela me olhou assustada, mas assentiu rapidamente se encolhendo perto da porta do quarto.

Respeitei fundo a caminhei até o meu pai enquanto sentia o meu coração batendo exageradamente forte e rápido.

Meu pai me encarava demasiado confuso e assustado com toda a situação e desejei do fundo do meu coração que isso fosse genuíno.

—Pode erguer as mangas da sua blusa?

—O que... Filho, o que está havendo aqui?

—Eu...

—Você disse que ia me apresentar sua namorada e essa moça não parece muito bem. É ela?

—Por favor, só ergue a manga da blusa.

Henric franziu o cenho como se estivesse achando toda a cena um absurdo e então — para minha felicidade, ou desespero total — assentiu.

Enquanto ele soltava a abotoadura da sua camisa sentia meu sangue fugir e minhas mãos gelando e suando exageradamente.

Henric ergueu a manga direita lentamente e senti que iria enfartar a qualquer momento ali, mas dei um longo suspiro ao não ver nenhuma marca ali.

—No outro! É no outro braço! — Barbara sussurrou ainda amuada e fungou como se chorasse.

A olhei com calma e então assenti. Dei um longo suspiro e gesticulei com a mão para que ele continuasse a erguer suas mangas.

Henric bufou como se estivesse incomodado com tal situação e o aperto em meu peito apenas cresceu mais e mais.

Se houvesse uma marca em seu antebraço esquerdo todo meu mundo iria desabar.

Henric abriu a abotoadura da manga esquerda da blusa e então começou a subir a mesma, mas parecia ser em câmera lenta de tão nervoso que eu estava. 

E então ele subiu a manga e deixou seu antebraço a mostra.

[...]

N/a: não queria chorar mas já chorando kajdjsjsjdjdjjsjsjd se tiver algum erro, me avisem ❤️

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Psicopatia • z.mOnde histórias criam vida. Descubra agora