Psicopatia • z.m

35

Capítulo 35

Encarei aquele homem sentindo meu sangue ferver, mas ele estendeu sua mão para mim com um sorriso gentil.
Não o cumprimentei.

—Quem é você? — perguntei rispidamente e vi Rodger rolar os olhos.

—Esse é Gerald Dwayne, irmão de Barbara.

—Irmão? — eu estava incrédulo.

—Sim, por parte de mãe. Sou filho único. Quer dizer, era.

—Está falando sério?

—Sim. Temos muito o que conversar. — ele disse e me vi sem palavras.

—Você precisa assinar essa papelada Zayn. — Rodger disse.

—Mas eu não posso mais vir. — respondi firme.

—Precisamos de ajuda.

—E eu preciso cuidar da Barbara!

—E quanto a sua pena? Se for preso não vai poder cuidar de mais ninguém. — ele disse firme e grunhi.

—Me dá um mês, ela vai se estabilizar e eu posso voltar.

—Em um mês a sua pena acaba.

—Mas é tudo que preciso para ajuda-la. Dou a minha palavra que voltarei.

Rodger me analisou minuciosamente por uns segundos, mas logo rolou os olhos e assentiu. Mas estendeu os papéis e uma caneta para que eu assinasse a papelada.

Irmão de Barbara.

Era difícil acreditar que ela tinha um irmão e que era por parte de mãe, que nem mesmo teve a chance de conhecer.

Assinei tudo e entreguei para Rodger que assentiu e organizou tudo em uma pasta. O Gerald me olhava atentamente e suspirei.

—Podemos tomar um café? — ele perguntou.

—Barbara está sozinha, não seria melhor que comprássemos algo para comer e fossemos para lá?

—Ah, claro! Quero muito conhecer minha irmã.

Sorri forçado e então terminei de acertar os detalhes da minha volta em um mês com Rodger que parecia um pouco menos babaca que antes.

Saímos da sala dele e paramos no estacionamento, onde havia apenas meu carro velho quase parando de funcionar e um Jaguar que parecia ter saído hoje da loja.

—Eu te sigo? — ele perguntou e assenti.

Entrei no meu Chevrolet e dei a partida. O senti em meu encalço e eu juro que tentei acelerar, mas perto de um Jaguar meu possante era uma tartaruga.

No centro, Gerald deu sinal com os faróis para avisar que estava parando e foi em uma padaria. Estacionei e observei ele voltar com sacolas de lá.

Assim que chegamos em casa respirei fundo e abri a porta para ele. Gerald pareceu analisar tudo atentamente e isso foi constrangedor por causa da minha bagunça.

—Barbara? — chamei. —Babe?

Logo ela apareceu com um largo sorriso na sala, mas fechou-o assim que viu Gerald e pareceu confusa.

—Zayn?

—Oi meu amor. — sorri e fui até ela, deixando um beijo em sua testa.

—Quem é ele? — ela sussurrou segurando minha mão com força.

Gerald então lhe deu um sorriso gentil, mas ela só se encolheu mais em meu peito e pareceu um pouco assustada.

—Eu sou Gerald, mas pode me chamar de Ald.