Sentado no fundo da sala, Stan assistia a aula de história –ao menos, era o que ele queria que pensassem.
A verdade é que sua atenção estava em Jack Gilinsky, quarta carteira da segunda fileira, anotando exatamente o que o professor ditava. A três cadeiras de distância, Kent Cooper, os olhos possuídos pelo desejo de sangue, encarava o primeiro. O plano maquiávelico do grupo que Stan costumava participar estava nos eixos, preparado para acontecer. Ele sabia exatamente como o parar, só não estava convicto se teria coragem o suficiente para aquilo. Queria ajudar, no entanto, valia por a si mesmo em perigo?
O grupo contratado era conhecido por Stan. Seus serviços já haviam sido usados por um ente próximo e ele sabia como funcionava. Era só dar o nome que eles cuidavam do resto. Entretanto, era necessário tempo para que fizessem isso, coisa que não tinham no momento. O ataque seria após o último horário, ele tinha certeza. Tudo o que sabiam sobre Jack é que era um moreno alto.
Bom, Stan também se encaixava nessa descrição.
Era isso: iria se por no lugar dele. Uma forma de se redimir por todo o mal que havia causado e de limpar sua consciência, pesada desde o ataque naquela manifestação do orgulho LGBT.
Às vezes, família pode ser um fardo.
Quando o sinal tocou, deu um jeito de distrair Jack. Saiu correndo para fora e assim que chegou no portão se deparou com os sete encostados no muro. Os outros adolescentes os olhavam com medo, achando muito suspeito tudo aquilo. Respirando fundo, ele andou até a saída, parando a metros do grupo e digitando no celular. Estava fazendo uma ligação falsa.
—Saturn? Onde você está? Ah, ok, encontro você aí. “Não precisa, Jack”, é claro que precisa.
Com o canto dos olhos, viu eles olharem em sua direção e se aproximarem. Guardou o aparelho no bolso, soando frio.
—Você é Jack Gilinsky?
—Sim, por quê?
—Temos uma surpresa para você, amigo.
Dito isso, os braços de Stan foram puxados e ele foi arrastado até um beco. Apesar de doer quando recebeu o primeiro soco, sentia um alívio por dentro. Dez minutos se passaram e eles finalmente foram embora.
Não sabia como teve forças para se erguer e sair dali, caindo no meio da rua. Mas pareceu irônico quando o verdadeiro Jack Gilinsky, acompanhado de seus amigos, o avistou no chão, correndo em sua direção.
—Stan.... O que aconteceu? Você consegue falar?
Antes mesmo que ele tentasse abrir a boca, Jack pedia a Shawn que ligasse para uma ambulância.
—Você vai ficar bem, ok? Os paramédicos estão chegando.
Em dois minutos, uma sirene indicou a aproximação do veículo. Antes de ser posto na maca, Stan sussurrou:
—Chame a polícia. Me encontre no hospital.
Com Stan devidamente no lugar, eles partiram, Jack perguntando a qual hospital iriam. Anotou o nome no celular, soltando um suspiro. O que havia acabado de acontecer ali?
Um crime, Stan sabia.
Um crime pelo qual finalmente alguém seria condenado. Afinal, a prova dele estava totalmente machucada e disposta a condenar seus antigos amigos.
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não lembro se revisei esse capítulo, portanto, talvez existam erros
as views e votos de aberration eu tô %%%
amo muito vocês!
espero que gostem do capítulo!
love ya!
nath
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aberration
Fanfiction+jackgilinsky | ❝Você é uma aberração, assim como sua família.❞ ou Onde Saturn é julgada por ter mães lésbicas. duatoxic, 2018. todos os direitos reservados. concluída. posições no ranking: #524 em fanfic em 23.04.18 #451 em fanfic em 06.05.18 #245...