"Ela veio assim, disposta aceitar minha proposta sem pensar no fim.
Disse pra mim que a vida é sem respostas sem você pra me fazer sorrir."
Eu sempre estive acostumado com confrontos.
Achei erroneamente que dessa vez seria igual.
Das outras vezes, eu não via um semblante com dor, por medo de eu não voltar.
Das outras vezes, não tinha traficantes preparados pesadamente para matar, com fuzis e armas de alto calibre e com miras equivalentes a treinamentos pesados aos quais muitos de nós policiais não fazemos.
Se não fosse o reforço do exército, seria um verdadeiro massacre.
Eu perdi um dos meus companheiros e não deixei de pensar.
"E se fosse eu?"
A adrenalina fez seu efeito até onde pode.
Não tínhamos banhos decentes ou camas para dormir.
Era o que dava, talvez cochilos de meia hora em uma busca constante da rendição total dos traficantes.
Eu fiquei até onde deu, sabendo que teria que voltar.
Sempre tive comigo uma lição de que nunca vire as costas para o inimigo, até descobrir que você nem sempre vai saber a direção em que seu inimigo está posicionado.
Os direitos humanos, nada mais é do que uma barreira para as pessoas não se matarem deliberadamente.
Isso deveria ser realidade desde 1988, data onde foi decretada a lei, mas diante tantas guerras, só posso dizer que em sua maioria é cobrado apenas do profissional da área de segurança a obrigatoriedade de matar todas as pessoas da sociedade vivos.
Jamais quis que um inocente fosse morto por uma das balas perdidas, assim como queria não estar no meio de um confronto, zelando por minha vida e lutando pelas demais.
E nesse momento, sinceramente eu não sei quem começou essa guerra, não sei por quem estou lutando e menos ainda como isso vai acabar.
Imagino meu pai do outro lado segurando um fuzil, metralhadora ou ponto 40.
Deixo a distração de lado e foco no meu trabalho.
Com agilidade e precisão executo meu trabalho em busca de um resultado satisfatório para a segurança da população.
Do lado do meu ouvido escuto um tiro passando quase me acertando na cabeça e uma frase vem a cabeça.
"Eu te amo Perigotoso"
Em fração de segundos, a imagem de Malu passa por minha cabeça atingindo um novo pico de adrenalina em prol da promessa que fiz a ela.
Me virei com uma nova mira e agilidade, atirando e acertando mesmo não utilizando a fuzil que eles tinham para atingir a longa distância.
A vida real não permite distração, você pisca e é atingido. Uma bala por trás no meu ombro direito.
Ninguém sabe de onde veio.
Ninguém sabe se foi policial.
Ninguém sabe se foi traficante.
Nem mesmo, se foi algum tipo de acerto de contas.
Apenas dei dois tiros e cai com o braço queimando.
A sensação é parecida com uma queimadura de terceiro grau, onde sua maior vontade é se jogar numa piscina pra aliviar a queimadura.
Tudo indica que foi uma 38 e a pessoa não estava muito longe de mim, por enquanto não estaremos abrindo nenhum inquérito a público.
A ambulância é acionada e me levam para o hospital.
Proibi de avisarem minha tia ou qualquer outra pessoa da minha família.
Às 5 e 30 da manha chego em casa levando comigo a bala que me atingiu.
Passar mais que um dia no hospital não era uma opção pra mim.
Comprei um papel filme no mercado para facilitar meu banho.
Com um sabão neutro limpo os pontos fazendo a antissepsia como deu, em seguida coloco a gaze auto colante e assim que coloco uma calça tactel o interfone toca.
Acho estranho porque ninguém sabia do meu retorno e a essa hora Malu já está no serviço.
Sua folga foi há dois dias...
Mesmo longe eu tentei marcar o tempo.
Respiro fundo e encaro o telefone por mais uns segundos antes de dizer oi.
E então o choro de Malu não me passa despercebido.
Olho novamente às horas e já passa das oito.
Abro o portão e seu choro é um misto de dor e alivio e pra mim é uma satisfação enorme conseguir sentir seu abraço novamente.
-----Eu achei que nunca mais ia te ver. ___Malu diz entre soluços, direcionando seus olhos para meu machucado.
-----Te machucaram meu bebê!!!
------Eu tô aqui Malu, não gosto de te ver chorar.
Enquanto subíamos de elevador Malu foi conseguido se acalmar.
-----Folga de novo?
-----Eu faltei. Estou me sentindo uma matadora de aulas, mas não conseguia fingir mais. Eu sei que está cansado e eu só vim para sentir seu cheiro caso o porteiro me deixasse passar. Vou indo.
Malu foi dando meia volta antes que eu conseguisse convence- la de se sentar.
Sou mais rápido e a puxo com meu braço bom.
-----Você nunca atrapalha. Aceita uma água, um café, uma manhã de sono?
Ela sorri e sei que encontrou verdades em mim.
-----Senti saudades Pedro. E eu sei que você está fazendo um esforço grande para me ouvir, mas que no fundo você também quer matar a saudade que esteve me matando aos poucos.
-----Você sabe das coisas maluquinha.
Afirmo antes de beijá-la e reivindicar sua boca para mim.
Sento com Malu no meu colo e ela passeia sua boca distribuindo beijos e leves mordidas por meu rosto e orelha dizendo como uma oração mil vezes eu te amo.
-----Eu queria engolir seu pau agora e chupar avidamente até que goze sem sobrar uma gota sequer Pedro. ____ Malu sussurra em meu ouvido e meu pau quase pula para fora. -----Mas optei ser egoísta agora e quicar e matar nossa vontade de um jeito louco como se não houvesse mais nada no mundo além de nós dois.
Se ela não falasse de mundo, eu realmente acharia que estamos dentro de uma bolha.
Malu retira minha calça e cueca libertando meu pau.
Com uma mão no meu ombro direito e a outra na minha parede para não tocar no machucado, Malu senta no meu pau jogando a cabeça pra trás demonstrando todo o prazer que está sentindo, acelerando os movimentos e depois devagar em uma doce e deliciosa tortura.
Seguro em sua cintura, aprofundando ainda mais seus movimentos e Malu goza me olhando nos olhos e no momento seguinte está de joelhos abocanhando meu pau.
-----Me dá leitinho por favor
Sem precisar pedir duas vezes, atendo prontamente seu pedido.
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Deitamos de ladinho e adormecemos fácil.
-----Mãos na cabeça filho da puta.
O carinha que está de costas põe as mãos na cabeça e abre as pernas como ordenado.
Revisto-o e não há nada.
Ao liberá-lo vem um cara forte tentando me acertar e vou contudo para dar um nocaute nele e evitar problemas....
-----Para Pedro você está me sufocando.
Levanto assustado e retiro minha mão do pescoço de Malu.
De longe não tinha nenhuma marca vermelha.
Ando de um lado para o outro enquanto ela tenta me acalmar a distância claramente com medo.
-----Era só um sonho.
-----Era um pesadelo Malu e eu não queria te machucar.
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(Concluído) O Outro lado da moeda
ChickLitPedro é filho do ex maior traficante de Sao Paulo que teve sua vida mudada ao ir atras de namorada que era irmã de sua ex pior inimiga Policial . Pedro segue os caminhos da Tia , se tornando o melhor policial que o batalhão JA viu, porem por descord...