(Concluído) O Outro lado da moeda

Malu

" CAPÍTULO 38
Malu
"Me sinto tão estranho aqui, que mal posso me mexer irmão, no meio dessa confusão, não consigo encontrar ninguém... Detonautas."

"Capitulo escrito por Nádia, Leticia, Inês, Eliane e Jenny" acho que não esqueci de ninguém. Obrigada minhas lindas"
Meu Deus e agora, Stenio descobriu minha gravidez, qual será seu plano? Não posso deixar que ele faça nada com meu filho.
Às horas passam e nada de Stenio voltar da boca, estou com tanto medo do que ele vai fazer, já estamos bem mais próximos e talvez eu tenha visto um lado nele que não sei realmente se é bom, ou se eu estou vendo demais.
Já fiz torta, brigadeirão, jantar e nada dele voltar.
Vou pro meu quarto com um balde de pipoca e começo a assistir Faroeste Caboclo na Netflix, nem escuto ele chegar.
Os dias vão passando o silêncio impera e o medo cresce a cada dia, não sei o que ele vai fazer comigo e meu bebê, mas também não deixo esse medo transparecer.
Minhas roupas já não servem mais e acabo vestindo o que da, encontro uma legging e um top, já não consigo mais disfarçar minha barriguinha que já está saliente, quando eu começo a cochilar ouço ele entrando e penso em me  levantar e  servi-lo, mas ele não pode ter consciência que o  medo está me dominando.
Stenio pega um celular que estava no bolso, novo pelo jeito, sem identificação e começa a discar um número, olha pra mim com um olhar frio antes de apertar a tela para completar a ligação.
----Bom, acho que está na hora daquela conversa, acho que você já sabe um pouco da minha história,  o que aconteceu comigo e como seu sogro arruinou a minha vida. Sequestrei o fedelho com o único objetivo de me vingar dele, e acabei fazendo isso deixando uma marca no seu namoradinho, e depois acabei te sequestrado também para dar uma lição no marrento do seu fardadinho, mas agora as coisas mudaram um pouco.
Não digo uma palavra, só vou concordando com tudo e morrendo de medo da onde ele ia chegar.
-----Vou ligar para o seu namoradinho e você vai contar a ele o que está acontecendo, diz que quero o pai dele, ele me entrega o Ruan e eu deixo vocês livres. 
E aperta o botar para completar a ligação...
Grito na hora falando que não vou deixar entregarem o Ruan que prefiro continuar na minha prisão, desde que seja com meu filho..
E começo a falar sem parar:
-----Sim Stenio, estou grávida, mas peço por tudo que você um dia já considerou em sua vida q não faça nenhum mal a mim e a está criança, pois ela não tem nada a ver com suas rivalidades. Pense se fosse um filho seu, você o maltrataria?
Ele não responde, fica calado somente de cabeça baixa.
Decido ir fazer o jantar, e colocar meus pensamentos em ordem, faço outro pudim já que gostou tanto comendo praticamente tudo.
Chamo-o para comer, de repente ele me  olha e diz... é maluquinha acho que as coisas vão mudar de rumo.
É então que ele diz algo que me gela mas que é uma solução até meu Curinga vir me salvar, ele propõe assumir meu filho como dele e fingir que somos casal, peço perdão no pensamento ao meu amado mas é necessário por enquanto, preciso fingir pra salvar a todos.
Aceito e ele completa que não vai tocar em mim, o que me faz agradecer internamente por isso, não conseguiria suportar ser tocada por ele, e ele ainda pede pra me arrumar pra irmos ao baile funk, antes de encontra lo olho meu celular que apita e é meu amado, leio emocionada sua mensagem...
“Amo você, tenha paciência que estou chegando em breve...”
Leio mais uma vez antes de mandar a resposta que estou ansiosa esperando por ele, mas a mensagem não é enviada por ser número privado. Saio do quarto e encontro Stenio me esperando, ao sair do quarto vejo seu olhar de admiração mas ignoro e vamos ao baile.
Chegando vejo muitas pessoas nos encarando e comentando e tenho que vestir minha máscara e ser a mulher apaixonada tudo pela segurança de meu filho, vamos pro camarote e lá ele me pede pra sentar em seu colo, não gosto muito mas vou não quero contrária-lo, então ele me beija, sinto nojo mas tenho que corresponder pra não acontecer coisa pior, pra não ser pior do que é e minha mente prega uma peça me transportando pros braços fortes do meu perigotoso e me entrego ao beijo pensando  ser ele, depois do beijo que Stenio me deu eu começo a sentir um aperto no meu peito que só aumenta com o passar das horas, nesse entre meio aparece uma loira gritando coisas que demoro a assimilar, ela reivindica o Stenio e por dentro eu só repito pode levar é todo seu, mas tenho que manter calada, eles discutem e logo ela é tirada de lá, aproveito e peço para ir embora mas antes de sairmos ele me dá um outro beijo.
Chego em casa com fome e vou preparar alguma coisa para comer, o aperto no meu coração aumenta, mas fico quieta. Stenio diz que vai para a boca, não escuto sinal de motor funcionando o que é estranho.
Espero um pouco e pego o meu celular, nele tem uma mensagem de um número desconhecido, reconheço imediatamente ser o Pedro, na mensagem ele pergunta :
"Esse filho é meu?”
Desligo o aparelho e choro, não posso por a vida do meu Pedro em risco, o pai do meu filho.
Escuto um tiroteio e mesmo com medo ainda penso ser meu amor vindo, mas logo para e durmo sonhando com nossa última noite de amor.
-----Será que foi nesse dia que você foi concebido meu amor? sussurro acariciando minha barriga, pensando em possíveis nomes.
Acordo um tempo depois com uma dor no pé da barriga e começo a gritar e chorar com medo de perder meu bebê, e logo Stenio aparece pra me socorrer me levando no colo.
Ele chama a Bira pra ir comigo e nos da um aviso que estamos sendo vigiadas pra não tentar nenhuma gracinha, mas nesse momento não consigo pensar em nada a não ser meu filho, meu bebê amado.
Chegamos no hospital e o médico me examina, tira um pouco de sangue e temos que aguardar como estamos somente eu e Bira, ela tenta sondar se o filho é realmente de Stenio e porque tenho que estar sempre vigiada, tenho vontade de contar mas não sei até que ponto posso confiar nela.
Ela parece perceber e resolve se calar sem  antes dizer que posso confiar nela, pois se afeiçoou comigo e quer me ajudar no quer que seja, me passa seu número disfarçadamente e diz que sempre estará disponível pra mim.
Nisso sou chamada novamente e entramos no consultório, o médico informa que foi apenas um pico de pressão que pode ter acontecido devido a algum tipo de estresse e que meus exames de sangue estão Ok, ele me passa uma dieta e diz pra controlar no sal e fazer um controle da pressão pra não ter surpresas durante a gestação.
Agradecemos e saímos voltando ao Morro.
Stenio parecia temeroso e quando chegamos em casa ele pergunta se estou bem e aproveito pra perguntar sobre o tiroteio, mas não escuto a resposta que quero.
Vou pro quarto e me deito recebendo uma mensagem que me enche mais uma vez de esperança..
“Mais perto do que nunca ter você nos meus braços novamente.....” , leio e apago para não ter problema a vontade de responder me consome mas acabo  me rendendo ao sono, devido o dia agitado e sonho estar nos braços do meu Curinga.... o Callegari.
Acordo no outro dia com Stenio batendo na porta do meu quarto, já são 13:30 e ele está preocupado porque não levantei. Me levanto sem vontade e vou fazer minha higiene pessoal, ao chegar na sala Stenio me avisa que vamos almoçar fora e comprar algumas roupas já as que eu tenho não estão cabendo mais.
Depois de almoçar e comprar algumas roupas eu preciso ir ao banheiro, Stenio fica na porta vigiando e depois de me aliviar sinto alguém pegando no meu braço e olho assustada ao ver que é a Mel.
Respiro aliviada,  mas o que ela esta fazendo aqui?
Olho dela para porta e ela faz sinal de silêncio se aproximando de mim.