Malu

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CAPÍTULO 16
Malu
"De mãos atadas,  de pés descalços,  com você meu mundo andava de pernas pro ar...."
Eu enrolei.
Tentei fugir pela grade da janela.
Tudo isso, por simplesmente não ter cara para enfrentar Callegari.
Eu julguei sem ao menos perguntar a ele, mas também né,  generalizando, os homens tem um histórico ruim de mentiras e enganações.
Pedro, nunca demonstrou falsidade ou ser mentiroso, só que ele é lindo, gostoso, carinhoso, amigo, simpático, fofo e etc.
Que mulher não se encantaria?
Ele não teria dificuldades de ter uma para cada dia da semana,  afinal de contas é como dizem,  um homem pode mentir um eu te amo, mas o pau duro sempre é sincero.
Todas as meninas do turno da manha já haviam ido embora e eu já não tinha mais nada com o que enrolar e só por isso, recolhi minha insignificância às 13:30 e saio da padaria com a cabeça baixa, torcendo para tudo que é santo para que Pedro gostoso não estivesse ali, mas Pedro estava. Levo meu tempo admirando  suas coxas grossas em seu jeans rasgado, dou uma manjada grotesca em seu pacote no meio das pernas.
Imagino como se eu tivesse de óculos e o abaixasse para poder babar livremente em sua regata cinza que mais mostrava do que escondia.
Já em êxtase pronta para me sucumbir aos desejos de CALLEGARI,  encontro seu rosto com sorriso sexy torto de lado.
Lamento o uso de Rayban que esconde seus olhos e o deixa ainda mais fodidamente sexy.
-----Pra quem estava fugindo, parece admirada.
Pedro diz sussurrando em meu ouvido após me dar um beijo na bochecha e um abraço.
Fico levemente tonta com seu perfume,  demorando um pouquinho para formar alguma palavra coerente que não envolva, quero pau, me fode,  me quebre ao meio.
-----Réu confessa.
-----Por que gosta tanto de brincar com fogo?
-----Porque se é pra queimar,  prefiro que valha a pena.
------Não tem medo?
-----É por ter medo que fugi durante esse mês e que continuaria fugindo. Eu não mereço alguém assim como você Pedro.
------Alguém como eu sem tempo?  Que não pode te dar o mundo?
Havíamos entrado em seu carro e nem me dei o trabalho de por o cinto,  já que o andar dessa conversa indicava que eu ia correr de novo.
------Não Pedro....alguém corajoso, lindo, elegante. Até minha risada é espalhafatosa. Fui jantar na sua casa de tênis e moletom. Minha apresentação pessoal é zero. Não tenho nada pra te oferecer.
----- Que isso Malu? Não judia de você assim não. VOCÊ é linda,  carinhosa, batalhadora, gentil, amiga, sexy até se tivesse com calcinha furada. Você tem muito mais do que imagina. Porque tudo que me importa de seus bens são as coisas que carrega no coração. Eu sempre fui pegador, saia com todas e pouco me lixava. Era como se eu soubesse que você ia me aparecer. E você apareceu quando menos imaginei.
-----Quer dizer que peguei ranço da sua irmã atoa?
Pergunto já chorando de alívio. Sofri de bombeira. Eu me precipitei em minhas decisões sem ao menos escutar o que ele tinha a dizer.
Como bem diz minha mãe:  Meti os pés pelas mãos.
------É eu acho que sim, mas é compreensível.
-----Você estava abraçado com ela.
------É uma mania que tenho desde a adolescência,  estarei me policiado desde já.
------Adoro isso em você.
------Estarei te beijando e é uma ordem.
Nem preciso dizer que escorreu um mar da minha excitação e molhou minha calcinha com essa frase.
Pedro lambe a parte superior da minha boca, chupa o inferior,  sambando na minha ansiedade.
Uma de suas mãos vai para minha nuca puxando meu cabelo de baixo para cima, enquanto a outra aperta minha cintura.
-----Minha.
E devora meus lábios que me deixa sem forças para questionar ou discordar.
Chegamos em seu apartamento rapidamente apenas trocando olhares maliciosos.
------Sinta-se em casa bebê.
-----Seu bebê quer um banho.
O pomo de Adão de Pedro sobe e desce e minha boceta vibra de antecipação do que está por vir.
-----Eu ia te alimentar primeiro, mas já vi que sua prioridade é se banhar, me diga porque querida Malu.
------Porque estou sem um banho decente e suada.
Pedro morde seu próprio lábio inferior como se tivesse pondo algum plano em ação em sua mente.
------Deixe-me ver o que há dentro de sua bolsa.
-----Só há canetas e papéis,  nem mesmo facas ou gravadores.
Pedro gargalha, saindo de perto de mim por alguns instantes e volta com dois lacinhos de cabelo.
Incapaz de barrar minha mente de imaginar de quem era aquela buchinha fecho o cenho e faço bico, minha mania da adolescência.
-----É da minha irmã,  ela esqueceu. Você é a única que veio aqui.
Podia ser mentira,  mas isso inflou meu ego, afinal Pedro soube me ler muito bem, sem ao menos eu ter dito nada.
Pedro volta a se aproximar e chupa o lóbulo da minha orelha enquanto faz uma Maria Chiquinha e repete o mesmo feito com o outro lado e já estou me desfazendo em antecipação,  parecendo uma virgem.
Essa conexão que tenho com Pedro vai além do desejo e da fantasia, é brutal , carnal e mais,  muito mais, pois chega a beirar o desespero.
-----Você sabia que tenho uma banheira?
-----Se já me disse nunca guardei essa informação.
Juro que esse mês sofrido não tem qualquer significância nesse momento.
Pedro retira vagarosamente minha roupa me deixando apenas de calcinha.
------Você foi uma menina muito má Maria.
O nome Maria saindo de seus lábios sensualmente, diminuiu consideravelmente meu desgosto pelo nome por ser comum e me fez querer ouvir,  mais do tipo infinitamente.
-----Fui muito má capitão, pretende me torturar hoje.
Eu sei que sou péssima em fazer voz sexy e infantil, mas tentei assim mesmo.
-----Não Maria,  estarei te reivindicando hoje, te satisfazendo e te dando prazer.
Sem mais, Pedro me puxa pelo braço de forma rude como se tivesse interpretando o policial foda que eu sei que ele é.
Curiosa e furtivamente tento ver um pouco mais de sua casa.
Enquanto a banheira ia enchendo Pedro me beija vorazmente e eu quero mais.
Tento grudar meu corpo ao dele e sou impedida por sua mão que segura as minhas para trás.
------Gostei da ideia de te torturar um pouquinho.
Lembro do sonho erótico que tive com Pedro e quero tudo quanto penso ter vivido naquele sonho, até a polpa da minha bunda concorda.
------Vejo que estou FODIDA em cinquenta tons de fodideza
------E eu tenho certeza que essa palavrinha não existe.
-----Deixa a mente se libertar baby.
------Não peça o que não sabe Maria.
Ao fechar a torneira da banheira,  Pedro me puxa e eu sigo voluntariamente.
-----Você não vai entrar?
-----Não tenho pressa.
Sou posta sentada e a água quentinha me relaxa imediatamente e suspiro de satisfação.
Com os olhos nos meus, Pedro tira peça por peça ficando apenas de cueca e seu pau grande e exageradamente grosso implora para se libertar de sua eterna prisão.
Pedro está de pé dentro da banheira e voo com tudo para retirar sua cueca ficando no vácuo.
------A pressa é inimiga da perfeição Malu.
Em momento algum, após ter incorporado o militar rústico Pedro sorriu e essa postura me instigou a ser ainda mais sapeca e levada.
------Nunca tive vocação para o perfeccionismo.
Pedro se ajoelha e com o auxilio da esponja e o sabão vai lavando meu corpo lenta e sensualmente e sou obrigada a confessar que estou pronta para ter um orgasmo múltiplo apenas com seus toques aparentemente inocentes.
------Não toquei em nenhuma parte exógena e você está gemendo loucamente. Saiba que não é hoje que virarei um precoce.
-----Você poderia me foder agora e não estaria sendo precoce.
------Maria Luísa,  você é o tipo de mulher que manda um homem, no caso eu, do céu ao inferno com sua boca nervosa.
-----Se precisar de amostra grátis.
Pedro cala minha boca com a sua silenciando nossos gemidos e mascarando sua mão grande massageando meu seio, enviando ondas enlouquecedoras para minha vagina que bate palmas gritando quero da caralho.
Enlouquecida de tesão dou um tapa na cara de Pedro que se assusta com meu ato e para me encarando.
Penso que vou apanhar e estou fodida, quando Pedro sorri de lado e senta na banheira jogando água para tudo que é lado e estou em cima dele putaça.
-----E agora capitão?
------Voce vai quicar e vou te mostrar em seguida às consequências de te ter me dado um tapa.
Medo e excitação se juntam em meu interior no mesmo segundo que desço sentando gloriosamente em sua vara criminal do prazer de Maria Luísa.

(Concluído) O Outro lado da moedaOnde histórias criam vida. Descubra agora