Pedro

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PEDRO
"Princesa agora é do tipo Fiona"
Quando você passa o telefone para alguém, você espera que ligue.
Até hoje,  Maria Luísa não me ligou.
Decidi dar um tempo para que ela possa por as ideias no lugar.
Mulher tem dessas certo??
Ainda assim ela não me ligou.
Eu poderia conseguir todos os seus dados apenas em um estalar de dedos, mas sou muito clichê nessa parte da conquista,  mesmo sabendo que é só uns pega, mas é bom sair da rotina.
Malu tem um perfume mesclado de amadeirado e floral e o que mais me chamou a atenção e que ela não tem mania exibicionista,  é um puta mulherão sem fazer esforço.
Controlo a ansiedade para não incomodá-la em seu serviço e assim, sigo minha rotina normal até que sexta a noite chegue e vou visitar meus pais.
-----Nossa Pedrinho você está com um semblante diferente.
------Não é nada demais mãe, a Bença.
-----Deus abençoe e quando descobrir quem é o rabo de saia, eu mato.
------Mãe,  a senhora não mata nem barata.
------Está vendo Ruan,  seu filho nem confia no que eu falo mais.
------Ce tá ligada Mari que em quesito matar, você sai vazada.
-----Tem que me dar moral,  como vou ameaçar a moça assim?
Meu pai passa por trás de minha mãe e dá um tapa na sua bunda.
----Podepa cachorra.
Essa nova  linguística de meu pai, chamou minha atenção e achei que combinava demais com Malu.
-----E o pessoal como estão?
-----Com fome, sua mãe nem deixou ninguém comer enquanto. Você NÃO chegasse.
-----Manhê.
Todos sentaram na mesa e eu percebi que sentia muito a falta de uma refeição assim com direito a batatas fritas voadoras.
Meu quarto ainda era o mesmo, uma mescla de rock e pôster de mulher nua.
Na manhã seguinte, às 5 e 30 da manhã estou aguardando a tia Mel para correr e ao me ver, solta das mãos de tio Rodrigo e voa para me abraçar.
------Caralho moleque não vai parar de crescer não é?
-----Já parei de crescer há anos tia!
-----Pois me refiro para os lados. Bora correr antes que o corpo esfria.
-----Preciso mesmo ir hoje Mel? Voce tem companhia!
-----Só hoje está liberado. Sedentarismo faz mal até para o voz.
Faço sinal de louca com o dedo para o tio que volta para casa rindo e feliz.
------E o que me conta de novo Pedro?
------Já ligaram minha imagem com o justiceiro daqui.
------Tenha muito cuidado pelo amor de Deus.
-----Estou tendo tia.
-----E a Malu?
-----Doida de pedra.
-----É da Cracolândia?
-----Não tia, só expressão. Hoje a gente vai sair juntos.
------Cuidado com esse tipo de envolvimento. Ela me pareceu uma garota do bem.
-----Tia não se iluda com a voz doce, é mais fácil ela por fogo no parquinho.
----E você nunca foi santo.
-----Confesso que nunca prometi nada a ela e mesmo dando meu número ela nunca me ligou.
-----E o que você fez em relação a isso?
-----Nada, se eu atropelar os fatos, ela pode deixar de ser o que e só para me agradar. E esses dias para trás ela me perguntou o que faria diante injustiças.
-----E você?
Tia Mel alternava em pulinhos e corridas, tamanha sua ansiedade.
-----Eu disse que me isolava, mas, porém, contudo...
-----Fala logo caralho, sou jovem para morrer.
----Se me interrompe não posso concluir.
Recebo um olhar matador como resposta e concluo.
------Escutei ela falando a uma amiga que faria picadinho de um estuprador que nada mais justo que ter alguém para fazer a justiça.
-----Será que?
-----Não tia. Não iremos romantizar esse bolo doido entre eu e Malu.
-----Eu estava pensando aqui. Ana bem que deveria arrumar um cara como você sabe? Próximo que não deixasse ela confusa.
-----Tia, muitas das vezes o caminho que trilhamos é tortuoso. Desde sempre eu soube o que quis, mas Marrentinha sempre quis agradar vocês e esta perdida sem saber para que lado ir.
-----Voce é velho jovem.
Deixo tia Mel na porta da casa dela e após tomar um café da manhã e almoçar com meus pais, subo na moto e volto para o Rio.
Malu não sai de meus pensamentos e acabo dormindo um pouco a tarde, o que e anormal sonhando com ela quicando em cima de mim com seus lábios carnudos entreabertos.
Acordo suando e de pau duro.
Recuso me aliviar na masturbação e me arrependo de não ter me tocado ao vê-la de vestido exibindo coxas grossas,  bumbum gigante e um decote que era quase um convite para pôr as mãos e a boca.
Ao me chamar de perigotoso, quase confessei que um apelido jamais me caiu tão bem, mas ao invés disso vi uma oportunidade de chamá-la da forma que meu pai chamou minha mãe e ela sorriu entrando no carro.
A balada que levei Malu é fora da minha área de atendimento e por isso poderíamos curtir como dois jovens normais, só que provavelmente a palavra normalidade, esqueceu de ser inclusa no nosso dicionário para essa noite.
Arrisco dizer que,  sem ser proposital, Malu estava me levando a insanidade com seu jeito provocante de dançar e rebolar.
Promessas não tão silenciosas foram seladas antes mesmo de chegarmos ao bar e pedirmos uma bebida.
Apostei no bom e velho whisky enquanto,  curiosamente Malu optou por Maria Mole.
Pelo nome tô fugindo,  vai que e daquelas bebidas que amolecem o pau?
Ao passar cinco minutos,  tenho uma Malu ainda mais louca e dessa vez safada, lambendo o lóbulo da minha orelha.
-----Quero dançar mais não, agora quero dar.
------Caracas,  na fila do filtro você realmente esqueceu de passar!
-----Em minha defesa foi a Maria que falou isso.
-----Que Maria?
-----A Maria Mole que bebi.
-----Deixa eu sentir essa Maria Mole então.
Agora seu beijo tinha leves toques de conhaque e Martini, além do cítrico do limão,  o gelado óbvio do gelo e a quentura do desejo.
-----O que está tentando fazer?
Malu tenta me tirar do lugar em que estou sentado falhamente.
-----Vou te levar pra algum lugar privado perigotoso!
-----Vai me chamar disso mesmo é?
-----Depende.
Malu solta minha mão e cruza os braços fazendo um biquinho lindo.
-----Tá raivosa?
-----Estou me sentindo a pior das mulheres,  a menos desejada, a mais inferior e bruxa.
-----Você é linda, perigotosa e sem filtro. Estou apenas ponderando se você é realmente sem filtro, ou esta escondendo algum nervosismo.
-----Estou sem calcinha no meio de uma festa,  provavelmente a única coisa que estou tentando esconder é minha excitação que está querendo descer perna abaixo.
Dessa vez sou eu que saio puxando Malu pelos braços que me acompanhou voluntariamente.
Chegamos no quarto do hotel mais próximo cujo letreiro não parei para ler e já nos beijamos novamente assim que o elevador fechou as portas.
-----Só deixando claro que não saio transando com qualquer um que aparece na minha frente.
-----Relaxa,  não deixe espaço para pensamento.
-----Então você vai me foder agora?
----Deixe eu saborear primeiro.
-----Teremos tempo agora só preciso saber se tu é tão bom quanto parece.
Em questão de segundos temos nossos corpos colados, respiração falha e seu vestido jogado ao chão fazendo companhia para minhas peças de roupas.
------Não vale se arrepender depois maluquinha.
------Eu pedi perigotoso, aguento o tranco.
Envelopando meu pau ao preservativo, penetro Malu de forma precisa arrancando um gemido de satisfação do fundo de sua garganta, encontro um ritmo favorável para nós dois e começo a succionar seu seio é tão ou mais gostoso do que imaginei.
Malu entrelaça suas coxas em minhas costas e aprofundei as estocadas e seus gemidos viraram gritos descontrolados.
-----Mais Pedro,  eu te implorooooooo
Virei então Malu de costas que posicionou seu rosto no colchão empinando a bunda grande para mim.
Dou uma mordida em sua bunda, puxando Malu pelos cabelos grudando suas costas na minha.
-----Hoje será apenas uma amostra grátis,  até que ter meu corpo seja um vício a você que me ligará de madrugada implorando por uma foda.
Volto a estocar rapidamente escutando o gemido rouco do orgasmo de Malu e não sossego até que ela tenha o segundo para que só então possa liberar meu prazer.
Malu dá um pulo da cama me assustando e se ajoelha retirando a camisinha do meu pau.
-----Mais um sargento Callegari.
E abocanha meu pau.

(Concluído) O Outro lado da moedaOnde histórias criam vida. Descubra agora