Pedro

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CAPÍTULO 50
Pedro
" Eu tô na preguiça que sempre te dá
Quando olha no relógio e já passou das seis
Eu tô na playlist do teu celular
Escondido na história da música três
Tô no teu reflexo no espelho, no teu travesseiro
Sonho, pesadelo
E quando acordar eu tô aí
Mesmo sem estar
Tô naquela fome louca de manhã
Na vontade de comer besteira no café
Tô naquela blusa que eu sei que é azul
Só pra me irritar, insiste em dizer que não é.
Mesmo sem estar, Luan Santana

Se for um sonho, por favor não me acorde.
Devo confessar que sinto falta da adrenalina, das armas e de toda a correria que eu tinha quando era aquele policial destemido e de uma certa forma temido por ser um justiceiro incógnita.
Hoje João Pedro faz dois anos e estou sentado ao longe observando Malu quase surtando com a organização da festa.
Eu avisei para contratarmos uma equipe, mas Malu disse que não iria se sentir completa caso não colocasse a mão na massa
Nos últimos trinta minutos eu já ajudei a arrastar as mesas umas trinta vezes de lugar e agora ela esta descabelada, sofrendo porque João Pedro sujou toda sua roupa de Patati e assim ela não poderá ser o Patatá.
Eu argumentei que ele é só uma criança que queria experimentar o bolo antes da hora e acabou que fui mortalmente obrigado a sair por ai atras de uma roupa de palhaço para mim.
E foi engraçado a cara do meu filho a nos ver de palhaços, na verdade as crianças presentes não nos deixaram em paz até o momento de ir embora.
No meio do banho, João Pedro estava cochilando.
Vou ver minha palhacinha Maluquinha e ela está me aguardando apenas de gravata e calcinha.
-----Está feliz?
-----Sim meu amor, no final tudo deu certo.
Malu sorri sexy pra mim.
Espreguiço olhando seu corpo semi nu.
-----Foi um treinamento pesado.
Depois do incidente, decidimos morar em Minas e contra todas as probabilidades, seus pais trocaram o Paraná por Minas.
Ainda me emociono ao lembrar do reencontro deles no hospital.
Em questão de segundos minha mente está vazia de qualquer pensamento meramente puro.
Subo em cima de Malu e estou sugando seus seios novamente meus e é como se eu necessitasse deles para sobreviver.
Malu arqueia o corpo em desejo nu e cru.
Ela inverte as posições, e está em cima de mim sugando a minha orelha e se esfregando no meu pau e mesmo com as dificuldades das roupas eu a senti sensível e desejosa.
------Quer que eu chupe?
-----Na verdade estou quase gozando.
Malu liberta apenas meu pau e está quicando e rebolando e esqueço qualquer coisa que não tenha a ver com nos dois.
A puxo para um beijo novamente e estamos duelando para quem vence essa batalha primeiro.
Ao primeiro contato do meu dedo com o clitóris de Malu, ela goza lindamente.
A retiro de cima de mim e estou chupando sua boceta maravilhosa e seu mel escorrega fazendo com que ela prenda suas coxas trêmulas ao redor da minha cabeça e por alguns segundos temo por minha segurança.
Arrasto Malu pelos pés até a beirada da cama e mantenho suas pernas o mais aberta possível e arremeto delirando de tesão.
É sempre assim, um delírio em busca do êxtase.
Abaixo meu corpo até o seu e Malu está mole e ofegante.
----Vamos nos casar?
Malu murmura um uhum, ainda sem forças para responder...
-----É sério Malu, numa praia eu você, as pessoas mais importantes na nossa vida de testemunha.
-----A gente já mora junto uma vida.
----Mas de repente foi plantada uma sementinha de vontade de vê-la vestida de noiva de verdade.
-----É só marcar.
No segundo seguinte, Malu estava dormindo e ela e como  um anjo de verdade enquanto descansa.
Fico pensando na vida como sempre faço.
A guerra contra o Stenio foi de longe o extremo limite de adrenalina que coloquei a minha família.
Eu já havia pensado na possibilidade de prestar concurso para Polícia Civil, mas do Rio de Janeiro,  porém quando houve aqueles acontecimentos deploráveis, mas de grande aprendizado, eu decidi voltar pra Minas, mais próximo da minha família e um lugar que sempre foi tão acolhedor.
Foi mais fácil porque Malu e eu já morávamos juntos para o espanto de seus pais.
Confesso que quase morri de vergonha quando perguntaram se já éramos casados, uma vez que já tínhamos um filho.
Nunca havia me preocupado com isso antes.
É óbvio que queria ao menos um filho,  mas mulher e esposa não estava nos meus planos.
E então Malu chega na minha vida atropelando tudo,  derrubando meus muros e me fazendo correr atrás dela como um cão corre atrás da cadela no cio.
E eu gostei,  porque foi além de uma mera aventura.
-----O que tanto você pensa meu bebê?
-----Em você princesa.
-----Aiii o fofurometro explodiu,  eu amo você.
Marcamos o casamento para seis meses após o pedido, para João entrar com as alianças.
Sorrio imaginando João Pedro de terno.
-----Se eu tiver sonhado que tenho uma família linda e vou me casar com a mulher mais maravilhosa do mundo todo, não me acorde Maluquinha.
Levo um beliscão no braço e me assusto.
-----O que é isso mulher?
----Viu?  Você não está sonhando, sou apenas um presente a desembrulhar.
Malu está de roupão e seu cabelo molhado pós banho, me convida a um contato maior.
Demoro um tempo, desembrulhando meu presente. Sua pele arrepiada de excitação antecipada, me deixa ainda mais maluco.

-----Você não vai fugir né Malu?
-----Fugir pra onde?
Tenho certeza que ela não está pensando em nada além das minhas mãos em seu corpo.
-----Do nosso casamento.
-----E perder a chance de vivermos felizes para sempre?  Jamais,  você é meu lobo para fazer o que quiser.
Sorrio com mil ideias antes de grudar nossos lábios em busca de prazer.
Eu percebi que quando estamos sendo felizes o tempo passa rápido demais, uma vez que já são 5 horas da manhã de um dia que promete ser o mais importante da minha vida.
A cerração da manhã dificulta eu enxergar o caminho com clareza,  mas logo chego a casa da tia Mel, já que retomamos nossa rotina de fazer exercício de corrida às 5 e 30.
-----E então Pedro, parou de sentir falta da correria?
-----As vezes ainda sinto, até mesmo na militar parecia ser mais aventura, mas não me arrependo.
-----Quando eu acordei da memória ruim,  eu vivia com medo, mas Rodrigo sempre esteve ali e assim como a Malu, foi comigo para onde eu me sentisse melhor e apoiou os meu sonhos deixando o dele de lado. Só eu sei o quanto ele amava cantar, mas ele escolheu a família,  acordar de manhã e ver sua mulher doida e despenteada cuidando das crianças que pediam tudo ao mesmo tempo, mas Ana que ia pra aula.
Minha mente divagou para uma cena de Malu na cozinha cuidando de filhos no plural,  enquanto me da um beijo quente me lembrando pra onde devo voltar.
Termino minha corrida ansioso para chegar em casa e ver minha mulher,  mas sou impedido de entrar em casa pelo meu cunhado que também é meu padrinho.
-----Cai fora Maurício, deixa eu entrar em casa.
-----Segundo as tradições da sua família você não pode ver a noiva.
-----Segundo as minhas tradições eu devo e necessito ver a noiva, não me faça te dar um murro e você ter que entrar de olho roxo na cerimônia.
-----Não faça às coisas mais difíceis,  até porque se você entrar e algo der errado durante o dia, você será diretamente culpado por isso.
Contrariado sigo Maurício para o desconhecido.
-----Espero que me devolva inteiro,  porque se for como o filme se beber não case eu quebro sua cara.
-----Não seria má ideia eu misturar algumas drogas em sua bebida já que vive ameaçando de me dar um murro na cara.
-----Vou parar com isso, mas ainda não esqueci que você namora minha menina.
-----Cecília é adulta o suficiente e não vim para subtrair e sim para somar,  em breve seremos nos a casar.
-----Não quero saber.
-----Meu amigo você está fodido quando tiver uma menina.
-----Uma mini Malu será?
Meu filho só tem dois anos e tô que tô com esse negocio de mais filhos na cabeça.
-----Foca no sim.
-----Isso ela já tem.

(Concluído) O Outro lado da moedaOnde histórias criam vida. Descubra agora