POLIgato

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Pedro
"Desce e rebola e empina me olhando e te pego de jeito...."
O fim de semana chega e tenho a ideia de ir com Malu para Minas.
Já não é a primeira vez que a vejo chorando quando chega e tenho medo de que isso se torne algum tipo de início de depressão.
Há sentimentos no ser humano que simplesmente não podemos adivinhar ou suprir.
Quando menciono que íamos para Minas a tarde Malu se anima pulando no meu colo.
-----Que isso doida?
-----Estarei ligando para meu patrão e vou ver com ele se posso trabalhar outro dia para que eu possa viajar e visitar a minha avó que não tenho que está em São Paulo que nunca fui.
-----Nossa, o Rio tá te fazendo mal hein?
----O Rio me faz um bem excelente.
E rebola em meu pau que já está implorando atenção.
O contato de sua boceta quente com o impedimento de uma pequena calcinha fez meu pau pulsar e Malu gruda na minha boca de forma excitante e acabo rasgando sua calcinha metendo tão fundo que Malu arregala os olhos e fico parado por um momento olhando em seus olhos.
-----Meu paraíso. _diz Malu e começa a rebolar me fazendo esquecer meu direito de resposta.
Sento na nossa cama desarrumada e Malu acelera o rebolado se sentindo no auge do empoderamento feminino.
Capturo seu seio direito em meus lábios succionando com força para fazer jus ao meu desejo se acumulando.
-----O outro está com ciúme. _diz Malu entre gemidos e largo o seio direito devorando agora o esquerdo.
Sua buceta começa a apertar meu pau e passo meu polegar por seu clitóris inchado e sensível.
-----Vai gostosa goza comigo.
Malu realmente ligou para o patrão que autorizou sua viagem e desejou melhoras a sua avó.
Eu repudio a mentira, mas em vista das circunstâncias foi muito satisfatório adiantar a viagem em algumas horas.
Malu pluga seu celular ao som do carro e já de cara começa tocar 1kilo.
"Começa a tocar funk eu peço calma.
Começa a tocar funk eu peço transa...
Lei da atração do universo (...) falou pra mim que gosta de sexo bruto, mas se eu quebrar essa mina onde eu compro outra?”

Malu cantava quebrando todos os estereotipo de que mulher no carona está sempre com cara de cu e essa acabou se tornando nossa música quando ouvimos pela primeira vez.
A música ainda tocava alta, mas a atenção de Maria Luísa agora estava voltada para os verdes da rodovia que tanto contrastava com o cinza da cidade grande quando não está envolto pela praia que ainda não tive o prazer de ir com ela.
Chegamos em Pouso Alegre na hora do almoço e meu organismo está me cobrando o tempo de sono que burlei ao vir direto para Minas.
Bato na porta de minha mãe que atende de cara empurrada, mas que ao ver que era eu na porta, sorri imediatamente se jogando em meu abraço.
-----Ai filho que saudade!
Fico bobo feliz com a recepção.
Minha mãe desgruda de mim indo abraçar Malu e não escuto o que falam uma para outra e vou em busca de meu pai.
-----Ruan não está em casa filho, ele foi passear com um de seus alunos.
Minha mãe surge a minhas costas com Malu e arqueio a sombrancelha e cruzo os braços.
-----É que o ex aluno dele, tem um tipo de deficiência degenerativa e mesmo sem falar chorou ao ver um vídeo em que Ruan o incluía na aula de educação física. Então a mãe nos procurou com medo de ser os últimos dias do filho.
Acho incrível o jeito amoroso que minha mãe fala de meu pai.
-----E o restante do pessoal?
-----Cecília foi fazer ultrassom e levou Juninho junto.
-----Ela está doente?
-----Ela pediu para não te contar,  preferiu manter em off para não decepcionar o irmão.
----Oi?
Pergunto cada vez mais preocupado. Ela não deitou com Jhon, então o que ela teria aprontado realmente?
-----Cecília está grávida.
-----Gravida mãe?  Mas de quem?
-----Não sabemos. Ela não diz, ela não ia nos contar também,  mas conheço o corpo de uma mulher e sei quando algo está acontecendo.
----Ela achou que a expulsariam?
-----Sim, diz minha mãe triste.
Damos um abraço triplo e sinto uma tontura muito grande.
-----Ele não dormiu dona Mari e nem se alimentou.
Cagueta Malu.
-----Cagueta morre cedo viu Maria Luísa?
Ela gargalha sem entender direito o que digo, mas minha mãe fica rígida no mesmo momento.
-----Vou fazer ao menos um sanduíche rápido para vocês e irá dormir Pedro. Você não é uma maquina.
Minha mãe se levanta e estou a sós com Malu que se senta ao meu lado.
-----Você cuida de todos e esquece de você mesmo Amor.
-----A idade está chegando.
-----A idade está longe amor,  é apenas seu corpo cobrando um preço para descansar.
Dez minutos se passa e mamãe volta junto com uma mensagem de Ana falando de uma festa a fantasia na cidade.
-----Você é rápida hein mãe,  até a Ana já sabe que estou na cidade.
----A Mel é rápida,  se não digo que estão na cidade posso me considerar uma mulher morta.
----Ana Sophia e a minha prima marrentinha que mencionei quando nos conhecemos.
-----Eu nem perguntei nada Pedro.
-----Mas eu sei que pensou,  agora vamos comer que sinto meu estômago se grudando na costela e as lombrigas grossas comendo as finas.
-----Eu podia dormir sem essa Pedro.
----Até você ir dormir Malu  já esqueceu, agora come que tem uma festa a fantasia nos aguardando a noite.
O sanduíche de mamãe é simplesmente o melhor do mundo.
Tomo o suco de laranja e porra, parece que faz anos que não estou em casa.
-----Que horas o pessoal chega mãe?
Minha mãe estava sentada de frente para mim me observando comer.
-----Seu pai não deve demorar, agora seus irmãos nunca se sabe, se eles se decidiram ir ao shopping só voltarão quando estiverem cheios aos extremo.
-----Eles não cresceram não é?
-----Comida é vida. Tenho dó de quem é fitness,  você é fitness Malu?
Malu parece voltar de pensamentos longínquos mas escutou minha mãe.
-----Oh sim! De miojos, macarronada,  picanha,  costela com gordurinha, refrigerantes.
Todos rimos com a resposta de Malu e mamãe pareceu super satisfeita.
Retiramos as malas do porta malas e Malu ficou encantada ao ver como meu quarto era repleto de post do Bope, exército e não de mulher pelada.
Mulheres eu via pelada ao vivo e não em pôsteres, mas ela não precisa saber disso se não me perguntou.
Malu faz massagem em meus cabelos que precisam de um corte, mas em segundos já estou dormindo.

(Concluído) O Outro lado da moedaOnde histórias criam vida. Descubra agora