Dez

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*Hello! Eu estava desaparecida, mas, por motivo de férias. Voltei com saudade é vontade de terminar My Chaos. Beijos.



A quadra estava cheia de alunos. As animadoras pulavam, gritavam e sorriam fazendo acrobacias a cada intervalo.
Nossa equipa estava a alguns pontos a frente contra os Snakes. Eu tentava acompanhar o jogo, mas não entendia muita coisa, então fixava o olhar no capitão.
Muitas pessoas gritavam seu nome, ate eu cheguei a gritar uma vez quando ele fez uma cesta do meio da quadra. Foi incrível.

Owen já havia me visto uma vez, no início do jogo, mas sua concentração era tão grande, que ele não encarava as pessoas muitas vezes.

— nós vamos vencer!— Erin comemorou.

— claro que vamos! VAI TIGRES!— Hayley estava eufórica. Broke havia marcado pontos e todas as vezes, a apontava da quadra. Era algo lindo e fofo.

— já vai terminar?— perguntei. Eu queria ir antes e dar um jeito de ver Owen.

— já, faltam alguns minutos.

A equipa da outra escola era boa, mas não tão boa quanto os Tigers.

— vou ao banheiro. Se nós desencontramos me liguem.— falei e me levantei andando por entre as pessoas.

Me escondi das pessoas e entrei no balneário masculino sentindo o coração bater pela adrenalina.
Algum tempo depois, após muito barulho da provável comemoração os jogadores começaram a entrar.
Me escondi atrás da porta e dos armários e então eles entraram conversando e rindo.

— meu deus!— sussurrei para mim mesma sentindo o medo e a vergonha em pensar em ser apanhada.

Não era permitido a entrada de garotas no balneário masculino como não era no feminino e agora eu estava escondida, encarando um time de garotos suados e nus, exalando testosterona.

Em algum momento, Owen entrou em meu campo de visão e depois de um tempo o encarando, seminu, ele olhou em minha direção.
Seu semblante foi confuso primeiramente e depois raivoso.
Enquanto eu rezava para eles saírem ele ficava vermelho.

— você não vem cara?— Broke perguntou colocando a camisa.

— sim, vou só fazer uma ligação.

— ok.

Meu amigo se virou e saiu. Quando me vi sozinha com ele pude respirar.

— que porra está fazendo?

Owen fechou a porta que me escondia. Encarei seu corpo ainda sem a camisa.
Toquei seu peito ignorando sua fúria repentina.

— responde, Katherine!

— vim te dar os parabéns.— sorri sem mostrar os dentes.

Sua expressão se suavizou um pouco.

— você tem noção que aqui tinha um time inteiro e que a maioria estava nu.

Mordi o lábio tentando não sorrir.

— é, eu vi.

Ele se afastou respirando rápido.

— você só podia estar louca!

— qual é, eu só queria te ver!

James me encarou por um tempo e depois suspirou. Se aproximou de mim e enlacei seu pescoço em meus braços.

— você estava muito focado.

— qualquer jogo é levado a sério.

— quer ser jogador?— sorri com o pensamento de saber mais  sobre ele e suas espectativas.

— não sei.— deu de ombros e colou seu corpo em mim me fazendo encostar na parede.

— você daria um ótimo jogador.

— eu sei.— falou encarando minha boca.— e você quando me encara da forma, com esse ar de safada me dá muitas ideias.

— que ideias?— mordi o lábio.

— vontade de te jogar contra esse armários e te foder aqui mesmo.

Arregalei os olhos sentindo o coração pular. Eu não sabia o que essa ideia representava agora.

— não é preciso ficar assustada, eu não vou fazer isso.— se afastou colocando a camisa.— ainda.

De certo modo fiquei aliviada.



Mamãe iria trabalhar na mansão enquanto eu iria ficar completamente perdida na casa. Eu não sabia porque estava indo e já estava me arrependendo. Afinal, porque ele me convidou?

Encarei o vestido simples, branco e com um ar angelical e me lembrei do moreno que viria me buscar.

O carro buzinou na rua e soltei o ar lentamente.
Encarei as sandálias e peguei a pequena bolsa saindo de meu quarto. Abri a porta encontrando o carro. Entrei e saudai o motorista cego e mudo, porém dessa vez ele me saudou mostrando que era outro, um senhor mais velho.

— esse vestido te deixa parecendo ainda mais com um anjo.

Ele falou.

— eu vou tomar isso como um elogio.

— como quiser.

O caminho inteiro foi em silêncio e eu me sentia sufocada no carro todo preto.
Quase pulei quando desci encarando a casa iluminada pela lua e algumas luzes que a deixava ainda mais linda.

Andei juntamente com Owen até começar ver o aumento de pessoas que costumavam circular na casa.
A sala estava cheia de garçons que serviam os convidados. Procurei minha mãe ou dona Helena, mas não vi nenhuma das duas. Eu nem mesmo sabia para quê era a festa!

— Owen.— chamei.

Owen colocou a mão no final das minhas costas e começou a andar. Parecia procurar por sua mãe também.

— pai.— chamou. O senhor alto e de semblante sério se virou nos encarando.— viu a mãe?

— boa noite, mocinha.— falou e eu sorri.— sou Marcel James.

— Katherine McCallister.

—  lindo nome.

— pai.

— Owen James, perdeu a educação que eu te dei?— ele se virou com o semblante mais sério. Owen suspirou e pediu desculpas baixinho.— eu não sei, Helena estava andando por aqui e por ali com Summer como se fossem piões. Essas mulheres!— se virou e sorriu fraco para mim.

— vamos procurar.

— foi um prazer, senhor James.— falei olhando para trás já que Owen praticamente me empurrava.— qual é o problema?— falei seria.

— nada na verdade. Eu só queria encontrar dona Helena James, mas parece que ela sumiu.

— viu o tamanho dessa casa? Tenha calma.— o parei tocando em seus ombros. Ele estava bonito de roupa social.

— eu odeio essas coisas. Vamos sair daqui.

— e ir aonde, James?!— puxei meu braço de volta.— você me convidou e nem me disse que festa é essa?

— negócios. Na verdade nem eu sei.

— meninos!

Nos viramos encontrando dona Helena e mamãe.

— estão lindos!— a senhora James sorriu.

— obrigada.— respondemos em coro.

— você foi buscá-la meu amor?— Helena mexeu no cabelo do filho e ele revirou os olhos recebendo um olhar repreendedor.

— não. Angus foi.— mentiu e elas assentiram.

— se divirtam. Nós não vamos poder vos dar muita atenção, mas tem uma galera da sua idade.— sorriu jovial.

— vamos nos enturmar.— falei.

Beijei mamãe e saí andando sem Owen.



— dá para parar de me puxar?— resmunguei e ele abriu a porta me puxando para dentro.

— você é irritante!— grunhiu.— não para de falar e sorrir por um minuto. Ainda mais para eles.

— são amigos! Eu preciso de amigos novos numa cidade nova, uma vida nova.— falei e passei a mão no pulso encarando o quarto. — seu quarto?

— sim.— ele tirou a gravata borboleta que a deixava fofo e depois o paletó.— cansei dessa festa e de ver você distribuir sorrisos e simpatia.

— queria que eu ficasse como? Como um velho resmungão?!

Ele se aproximou.

— só fique comigo.

— você me irrita, Owen James! Fica mudando de humor constantemente como se não soubesse o que quer ou fazer. Dá para falar logo o que quer, merda!?

Ele sorriu. Owen abriu um sorriso lindo e depois gargalhou enquanto eu fiquei estática vendo aquela cena.
Eu acho que foi aprimorada vez que o vi sorrir.

— você me excita falando assim.— falou.— um anjo não fala palavrão, Katherine.— sua voz soou rouca em meu ouvido e eu estremeci.

Owen passou os dedos pelas mangas rendadas do vestido e sorriu me virando e abaixando o fecho.

Seus lábios tocaram minha pele e a beijaram. Seus dedos fincaram em meu quadril e cintura.
Inclinei a cabeça quando ele afastou meu cabelo num puxão contido e mordeu meu ombro chupando meu pescoço de seguida.

— e sua mãe?

— ninguém entra em meu quarto quando estou em casa.

Ele me pegou rapidamente no colo e andou até a cama me deitando. Tirou a camisa me observando e se deitou sobre mim abaixando o vestido por completo. Estava apenas de roupa íntima.

— James eu não— me interrompeu.

— shhh, só fica calada. Não vou fazer nada de mais.

Ele abriu meu sutiãn e se livrou dele rapidamente. Beijou meus seios e sorriu quando encontrou suas marcas. Chupou e depois desceu por minha barriga a beijando.
Quando tocou minha intimidade coberta pela calcinha, eu travei. Tentei o empurrar mas ele não se mexeu.

— Owen!

— eu já disse que não vou te machucar.

— mas eu nunca… eu tenho vergonha!

— para com isso, você é linda, porra!

Meu coração acelerou com a chegada do elogio. Era a primeira vez que ele dizia.
Tentei protestar com suas afirmações que se contradiziam mas algo me fez apenas soltar um gritinho.

Sua língua e dedo me invadindo. Owen colocou a cabeça entre minhas pernas e lambeu acariciando com um dedo. Fiquei assustada a princípio mas depois me acostumei.

— não sei porque ter vergonha, já vi piores.— ele falou quando já me vestia. Meu corpo ainda tremia de tudo o que havia acontecido e do orgasmo que havia tido.

Por mais que tenha gostado da sensação, ele foi um pouco frio comigo, não me deixando muito a vontade.

— quer que eu te leve para casa?

— vou com minha mãe.— falei e saí do quarto.

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