Trinta e cinco

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• Sem revisão.
No final do livro eu postarei um esclarecimento para alghumas coisas que alguém pode não ter entendido no livro.

Abri a porta já sentindo o cheiro de casa.
Ainda não havia nem deixado a bagagem em casa, havia ido direto para a mansão.

— MÃE CHEGUEI!!!

Andei até o meu quarto e joguei a mochila. Abri a porta de seu quarto e não a encontrei, mas sua bolsa estava lá. Corri até a cozinha sentido a saudade de minha mãezinha apertar e logo a encontrei.

— como não vi a senhora?!

Perguntei sorridente a encarando de costas. Porém quando Summer McCallister se virou eu soube que algo estava errado. Seus olhos estavam molhados e sua postura, séria.

— mãe? Mãezinha?

— eu me pergunto onde foi que errei, Katherine. Eu me pergunto e ainda pergunto. Perguntei quando você começou a mentir, quando fugia de casa. Eu não sei porque não confia em mim.

Engoli em seco quando a lágrima foi derramada.

— eu sempre estou aqui, filha. Sempre vou ouvir e te ajudar. Esse é meu papel! Mas você mente Katherine!

— mãe…

— você mente para mim. Porquê procura ajuda na rua? Porquê não para sua mãe?! Ãh!? — ela se desencostou da mármore.— que hoje em dia as coisas acontecem tudo mais cedo eu compreendo. Eu compreendo filha, eu entendo e sei que você é ajuizada. Mas eu também vou entender se me contar que namora. Eu também vou entender se seu namorado for filho dos meus patrões. Vou entender que você o ama. Vou entender que você já não é virgem e vou te ajudar. Eu sou suam mãe! Eu tenho que saber dessas coisas e não ser expulsa dos acontecimentos de sua vida.

— mãe, desculpa.

As lágrimas caíram quando vi a mágoa em seu olhar.

— eu sempre falei com você, sempre te expliquei tudo. E agora você me expulsa de sua vida assim, mentindo para mim. Você passou por tudo aquilo que contou para minha patroa e eu não soube?!

— eu não sabia como.

Sua cara de desgosto foi mais uma facada.

— eu te dou espaço para falar de tudo, Katherine. Pare de mentir de uma vez e me explique o que aconteceu mesmo.

Engoli em seco.
Eu não queria dizer em voz alta. Não queria porque se eu dissesse, daria espaço para pensar no que viria depois. As suspeitas. As hipóteses.
Eu sabia que algo estava errado. Algo não era normal, por isso não contava.
Eu não procurei, ouvir da minha mãe, o que eu ouvi de Cole ou Hayley. Eu não queria ouvir.

— eu procurei Broke.

Franzi o cenho.

— ele me explicou sua relação e como Owen é. — ela falou— ele fazia aquelas marcas, não era?— assenti.— porque não pediu para parar?

— eu pedi.— falei baixo e ela franziu o cenho.

— ele não ouviu? Aí meu deus Katherine, vocês com toda essa liberdade de pesquisa, você nunca se preocupou com isso?! Nunca pesquisou sobre essas coisas de sadomasoquismo e relacionamentos abusivos? Como permitiu isso, meu amor?

Neguei com a cabeça e me afastei.
Não era relacionamento abusivo. Era amor.

— parem com isso!

— filha! Você terminou com ele porque não aguenta! Então pare de negar. Se afaste dele se te faz mal. Você não precisa de ninguém para diminuir sua autoestima e fazer piores.

— mãe eu o amo.

— Katherine, chega! Se afaste dele ou eu o denuncio. Ele já tem dezoito anos, não é? Ótimo!

— eu já terminei.— falei.

— melhor assim.— ela tocou meus cabelos e os beijou.— foi ele quem os cortou? O que ele te dizia filha?

— não. Isso fui eu.— menti.— mãe, já chega. Isso já passou, já terminamos, fim.

Me soltei dela e andei até meu quarto.
Eu estava esgotada psicologicamente.

MY CHAOS Onde histórias criam vida. Descubra agora