52 - DECISÃO

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Analua.

Droga, por que ser tão fraca assim? Não consigo me conter nunca. O prendi na parede pela gola da camisa.
Ele arregalou os olhos, creio que achou que iria bater nele.
- Por que me perturba tanto? Qual o teu problema? Ou melhor qual o meu problema contigo? Não dá pra entender o motivo de você ainda continuar entranhado em mim. Mas eu não posso ir contra meus princípios. Não sou amante e não traio ninguém.
- Você tá com o teu...
- Não, já não estou com ninguém. Estou só e livre como sempre fui.
- Então.
- Então que você está com alguém.
- Já te falei a minha situação.
- Foda-se sua situação. Ainda assim está com ela.
Ele deu uma reviravolta em mim me prensando na parede.
- Ana, eu te quero muito mais do que pode imaginar...
Beijou meu pescoço, roçou a barba por fazer em meu rosto e eu me perdi em seu cheiro. Os beijos quentes, o hálito gostoso que sucedia os beijos entre o pescoço e a orelha. Aquilo estava me matando.
- Droga, que se dane... Aquela hora que mandou eu vir contigo, ninguém nunca tinha mandado em mim daquela jeito. Aquilo me molhou e não sei como me segurei.
- Hum... Interessante. Então gostou de ser mandada?
- Não abusa que dependendo de como manda, também sei mandar um soco na tua cara.
- Quem sabe então o mandar seja assim: Passa agora pra dentro que vou te comer gostoso.
- Puta merda. 
Ele me pegou pelo braço e me virou. Juro q se ele me tocasse eu gozava e não estava nem aí pra isso.
Foi quando senti um tapa na bunda.
- Vai gostosa mexe essa bunda pra dentro ou vou te comer aqui na porta mesmo pra todo mundo ver.
Não sei como abri aquela porta. Sei que fiz em tempo recorde, e foi tempo só de pisar dentro que escutei a porta bater e outro tapa pegar o outro lado da minha bunda.
- Anda que vou te engolir toda. Tira a roupa agora.
Só deixei a bolsa cair e senti a mão dele descer o zíper do meu vestido.
Não fiz cerimonia. O tecido desceu lambendo minha pele me deixando somente de calcinha, já que era de alças e estava sem sutien.
- Que delícia. Já estava me esperando.
Eu estava sem muita reação com aquele Rafael. Queria resistir e dizer que fosse embora. Mas a vontade de tê-lo era maior.
Senti aqueles braços se enrredarem em mim e apertar meus seios fazendo um gemido doído sair da minha garganta.
- Como senti falta de você. - ele falar em meu ouvido enquanto suas mãos passeiam em meu corpo.
Tentei me virar mas ele não deixou.
- De jeito nenhum. Quero matar a saudade de você. Com calma. Tenho a noite toda para isso. Mas antes quero te foder com vontade, com força.
Eu ofegava cada vez mais. E o pior minha sanidade foi ralo a baixo junto com minha calcinha que ele rasgou com brutalidade. Dei um gritinho de susto pois não esperava algo assim.
Ele ia caminhando comigo de costas pra ele e entrando na minha sala. O espaço era amplo mas parecia pequeno e abafado, tamanho era o calor que estava sentindo.
- Não se vire.
Senti ele se afastar alguns centimetros e logo voltar e sentir seu corpo totalmente nu me abraçar. Estava derretendo entre beijos e apertões que ele me dava.
- Gostosa. Tá vendo aquele banco do teu bar? - Acenei com a cabeça em positivo - se apoia nele.
Fui vagarosamente encaminhada até o bar fazendo exatamente o que ele me pediu.
- Abra as pernas.
As abri e senti sua mão correr minhas costas, o caminho queimava como se houvesse fogo. Foi quando senti a mão se alojar no meio das minhas pernas.
- Molhada e quente. Que delícia.
Eu gemia a cada movimento que ele fazia com os dedos. Ao mesmo tempo que puxava o bico do meu seio.
Involuntariamente comecei a me movimentar contra sua mão e gemia cada vez mais.
- Calma. Nem comecei. Eu ainda tenho que te provar.
Ele foi descendo e beijando a extensão das minhas costas. Lambeu e mordeu minha bunda me fazendo arfar e me empinar.
- Um dia vou me acabar nessa tua bunda. Mas vai ser num momento especial e vai ser bem gostoso.
- Que hora é essa?
- Vai ver, quando a hora chegar vai saber com antecedência pra se preparar. Agora vou ao meu prato preferido.
Foi quando senti sua língua brincando com clitóris. Quanto mais ele sugava mais eu me mexia e mais gemia.
Me senti tremer mas ele cortou meu clímax. E fiquei sem entender.
Já ia reclamar quando o senti entrar sem dó.
A surpresa foi tanta que fiquei sem ar e após ele retornar ao pulmão depois da segunda estocada que ele deu é que gemi.
- Hoje te quero com vontade, sem carinho.
- Estou gostando dessa brutalidade.
Um estralo soou e um calor lambeu uma polpa da minha bunda.
Não raciocinava mais. Só me entreguei. Enquanto ele vinha com força eu empurrava meu corpo contra o dele com a mesma brutalidade.
Meu orgasmo veio tão bruto quanto nos dois.

Rafael.

A mulher que sempre manda gosta de ser coordenada.
Gostei de como tudo aconteceu. E gostei mais ainda do banho com carícias e do amor que fizemos em sua cama.
A noite longamente perfeita.
- Bom dia.
- Bom dia. - ela me sorriu, mas logo desfez o riso e se levantou.
- O que houve?
- Houve que me tornei o que disse que não seria, a amante. Não quero e não aceito isso. Você tem que ir.
- Ana não diga isto. Você não é amante. E não estou enganando ninguém.
- Como não Rafael. Ela está na tua casa te esperando com uma criança nos braços.
- Mas Ana. Não é assim e você sabe. Não estou com ela. Não a amo.
- Sei o que você diz, pois o que você faz é bem diferente disto.
- Por favor. Eu te amo.
- Ama? Sério mesmo? Então faz assim. Vou tomar banho. Quando eu voltar quero que tenha ido embora.
- Mas Ana...
- Não terminei. Eu só vou te ver novamente no meu desfile. E tem até lá para se resolver e dar um jeito nisto.
- Ana...
- Tchau Rafael. Bata a porta quando sair.
Ela saiu e me deixou sozinho. Precisava resolver minha vida. Sabia disto. Mas tinha me decidido assim que a beijei na noite passada, e tive certeza quando a tive em meus braços dormindo está noite.
Sai de lá decidido a voltar no fim do dia com tudo resolvido.
Cheguei em casa já esperando um sermão de estava preocupada e bla bla bla.
Não me surpreendeu que tenha ocorrido exatamente isto.
- Olha só. Preciso...
- Papai.
Oi?? Quando olhei para o lado, vi os primeiros passos do Kaio e um papai que não esperava. Me esqueci do restante do mundo quando vi aquele ser tão pequeno se agarrar as minhas pernas. Estou perdido.

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