27 - E Agora?

1.4K 225 3
                                    

Rafael.

Cara sabe quando te sobe uma raiva tremenda e você quer bater em alguem de qualquer jeito? Então senti isso assim que vi aquele babaca parado na porta da casa da Ana.
Quando cheguei não aguentei a língua e soltei os cachorros no cara. Mas o que me surpreendeu foi Ana. Sabia que era fingimento dela. Mas foi o melhor de todos, e aquele beijinho singelo não foi pouco pra mim.
Quando ele se foi Ana se segurou em mim e respirava com certa dificuldade.
- Você está bem?
- Vou ficar, não se preocupe. - deu mais uma respirada funda - desculpa por ter te feito passar por isso.
-Passar pelo que?
- Isso que acabei de fazer. Te agarrar para fazer ele ir embora.
- Olha. Não reclamei, não reclamo e pode fazer quantas vezes quiser.
- Rafael... Não me tenta.
- Fechei a porta atrás de mim. A apertei pela cintura a girando fazendo ela se encostar na parede.
- Isso é atiçar o suficiente?
- Rafa...
Dava beijos em seu pescoço, seu ombro e suguei sua boca como se estivesse faminto. Me afastei por falta de fôlego, e voltei para seu pescoço.
- lembra. O . Que. Me. Perguntou hoje?- falei entre beijos
-ha...- foi a única coisa que ela soube dizer.
- Então, não respondi pois fiquei nervoso.
Ela me olhou. E eu parei de beija-la.
- Sim. Eu gosto de você, quero te ter só para mim. Só não sabia que estava tão óbvio que tua mãe em poucos segundos conseguiu ver.
- Rafael. Eu não...
-Ana. Não estou pedindo para me amar, nem nada do tipo. Só estou pedindo pra ficar comigo. Me fazer companhia, no trabalho, nos passeios. - fiz meu melhor olhar de safado.- na mesa, na cadeira, em cima da pia, no sofá, na cama, ou onde mais quiser.
Ela me agarrou com vontade, me fazendo tomar tudo dela. Seu ar e sua alma.
Ela não me disse nada só se entregou aquele momento. Que sairia machucado tinha uma leve certeza, mas não podia deixar passar sem tentar.

Analua

Estava com medo? Muito. Ouvi ele dizer para mim que ficar com ele por que gostava de mim, me deixou apreensiva, mas ao mesmo tempo feliz pois ele não me pressionava em dizer o mesmo ou sentir o mesmo.
Tive vontade de para-lo, mas não tive coragem. A coragem foi para outro lado, o de ficar, como ele estava me pedindo.
Ele me beijava como se sua vida fosse acabar. Então me soltou. Senti falta de sua boca na minha. Da pele tão próxima. Estranhei minha reação.
- Não estou te pedindo compromisso, entenda isso. Mas preciso muito de você comigo. Preciso sentir você. Estar com você.
Não aguentei e me atirei nele.
O sai puxando para a primeira porta que vi, e era meu atelier.
Havia um canto com alguns tecido jogados no chão pois gostava de misturar as texturas e cores e para eu visualizar tudo assim era melhor.
O atirei em cima dos tecido e aí ele percebeu onde estava. Olhou tudo com cautela.
- Então aqui é onde você solta a imaginação?
- Sim, aqui é o único lugar onde entrego 100% de mim.
Foi rápido, ele me puxou para junto dele me deitando e subindo em mim.
- Então vai ser aqui que me dará 100% de você.
Me beijou com força, bruto. Não para machucar mas para ser viceral, para criar borboletas no estômago, alimentar a pulsação e fazer perder o fôlego.
Quanto mais ele me agarrava, mais o queria.
Ele beijava meu pescoço e desceu para minha clavícula. Sentia arrepios por todos os pelos do corpo. Gemi baixo e ele sentiu minha aprovação então mordeu onde havia beijado. Soltei um gemido mais forte e ele lambeu da área mordida até minha orelha.
Estava indo ao delírio somente com aquele toque.
Minha calcinha já estava pronta pra ir para o lixo de tão encharcada que estava. Cada toque que ele me dava era forte, preciso e alucinante.

DIFERENTEOnde histórias criam vida. Descubra agora