Estilhaçar

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[Narrando Thiago]

Minha inimiga havia acabado, as buscas por seu corpo tinham se iniciado, ela caiu no rio no fim do precipício, estava esfaquiada, ela não pode ter sobrevivido, mas só vou acreditar quando a enterrarmos, contudo, minha família ainda não esta segura, eu acho que meio que entrei em choque, a única coisa que me lembro antes de apagar era a mão de Morhamed amparando minha queda ...

A forte luz branca e o cheiro de éter confirmavam, eu estava em um hospital, odeio isso. Abri os olhos e minha mãe estava sentada na poltrona ao meu lado .

_Mãe_chamei ela que abriu os olhos e veio correndo cama, onde estavam meus filhos? Benjamin e Thomas _cadê os meninos? Tá tudo bem com eles ?_Comecei a lembrar dos acontecimentos de ontem _Mãe Gabriela esta...

_Sim, meu filhos _Ela falou fazendo um carinho na minha testa. _ Eles ainda não escontraram o corpo, mas uma parte dele, todos concordam que ela não sobreviveu.

O fim de Gabriela foi triste, porém foi ela que procurou por isso, pelo que o detetive particular falou, Gabriela gastou quase dois milhões em cirurgias para mudar totalmente_ algo que eu notei foi que ela ainda não falou dos meninos.

_E meus filhos mãe tá tudo bem com eles? Principalmente com o Ben,  ele não lida bem com emoções fortes._ ela me olhou estranha _e meus irmãos cadê eles ?

_Eles estão ajudando sua irmã, ela tá com uns problemas não quis preocupar você, os meninos bom ... vou ter de ser sincera Benjamim teve uma crise de pânico_ eu comecei a me levantar na hora _pode parar ai mesmo Thiago.

_Mãe meu filho esta precisando de mim e eu não vou ficar aqui deitado, preciso ir até onde ele esta_Falei tirando a agulha do soro devagar, assim que eu me levantei, a tontura veio e eu tive de apoiar a minha mão na cama_quanto tempo eu fiquei desmaiado?

_Mais ou menos um dia _ela me ajudou a me aprumar._filho é melhor você esperar o medico te dar alta para sair ._os meus precisavam de mim, eu ia sair dali.

_Mas mãe meus filhos ..._ela me interrompeu .

_Eu não ligo você quer proteger seus filhos e eu o meu, mais nada, o mundo não desabou depois de dois dias sem você e não vai desabar com mais alguns dias, você vai ficar esperando aqui, seus filhos precisam de você inteiro e não fraco dessa forma _Ela falou daquele jeito que só mãe sabe, eu me sentei e minha mãe me olhou _vou chamar o médico _ela saiu eu procurei pelo quarto me apoiando nas coisas e mais não achava meu celular de jeito nenhum, logo os três entraram no quarto Mamãe, o medico e Morhamed, minha mãe foi a primeira a falar.

_O que você esta fazendo em pé garoto ?_ ela disse muito irritada .

Morhamed começou a rir do jeito que minha minha mãe me tratava, como uma criança e então tentei me justificar.

_Eu já estou vem e preciso do meu celular _foi então que eu percebi a faixa na minha mão era da facada que Gabriela me deu para se jogar daquele penhasco.

_O senhor tem é de ficar em repouso_ dessa vez foi o medico que falou, isso se chama complô_ tem sete jovens ali fora, uma verdadeira escadinha de filhos esperando para saber do papi deles.

_Pede para eles entrarem por favor _Ele concordou .

_Só preciso fazer uns exames básicos temperatura, batimentos essas coisas, o senhor tem trabalhado muito, é bom parar a senhor esta com anemia ferreoprivia e com um processo de exaustão mental se proseguir por esse caminho você pode sofrer de burnout . _ O médico disse e eu não podia acreditar.

_Doutor eu tenho sete filhos, uma casa, administro uma empresa, cuido de projetos sociais, no momento estou organizando dois casamentos dos meus filhos mais velhos e entre isso meus filhos foram sequestrados e uma louca ficou atacando minha família, você acha que minha rotina é corrida ?_ eu disse carregado de sarcasmo o homem estava de boca aberta. Morhamed me olhou, se aproximou de mim e me beijou de leve, encantava meus sentidos.

_Ai que vergonha minha mãe tá aqui amor _eu falei corando, ele me acariciou riu e disse .

_Alguma coisa te deixa vermelho senhor Thiago? Que surpresa? Os garotos querem entrar, eles podem doutor ?_o homem olhou na prancheta escreveu alguma coisa.

_Pode sim, se continuar assim você pode ganhar alta hoje mesmo senhor Burut Souza._ele deixou a prancheta na mesa e disse por último_ vou mandar as crianças entrarem_ ele se foi e mamãe logo atrás dando a desculpa de ir ver minha irmã algo naquela história estava errado .

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[Narrando autor]:

Enquanto Thiago, ia pro hospital, do outro lado da cidade Pietra sentia mais uma vez a dor da agressão, agressão essa que muitas mulheres já sofreram e sofrem, Bráulio tinha entrado na sua casa durante a madrugada .

_Eu preciso que você assine esses documentos Pietra _Ele falou jogando uns papeis na mesa.

_Bráulio o que você tá fazendo aqui ? Como entrou? Eu fechei o portão_ Bráulio riu da mulher a qual ele sempre achou fraca, era só um objeto para fazer o que os eleitores idiotas daquela cidade nojenta esperavam dele, ele desviou dinheiro por anos e agora com o dinheiro na mala daquele carro mais o que ele tinha deixado no nome da sua querida esposinha.

_Eu não vou assinar nada Bráulio, já foi o tempo que eu assinava alguma coisa que você me dava assim _Ele tinha presa precisava ir embora rápido dali, segurou a mulher pelo cabelo.

_Escuta aqui sua gorda, porca inunda, você vai assinar e passar essa porra pro meu nome agora entendeu ? _a mulher começou a rir do homem.

_Passar o que ? Eu já entreguei tudo para as autoridades, você esta sendo investigado, a casa caiu maridinho fraco, nojento e BROCHA _Ela gritou a última parte e recebeu um tapa na cara da homem pai de seus filhos .

_Gorda, desgraçada, eu vou acabar com você_ ele pegou na garganta da mulher e começou a apertar sufocando-a, Flávio chegou até ali e viu a cena de seu pai ,sufocando sua mãe ele nunca tinha presenciado, o pai sendo agressivo, o exemplo dele de homem ele viu a faca ali em cima da mesa, a mãe iria morrer se ele não fizesse nada, a mãe morreria e se tornaria mais uma na estatística, ele pegou a faca e enfiou na altura da costela do homem entrou até o cabo e viu o homem cair no chão.

_P-pai eu não queria, mãe ele t-tá morto? _entra em cena Antonio que chegou e junto com o irmão mais ficou para traz, fechando o portão que estava estranho parecia ter sido forçado.

_Que isso mãe? Pai !_ o garoto mais velho, foi até a mãe e abaixou observou o batimento cardíaco do pai que estava baixo.

_E-ele t-t-tava enforcando a mamãe e-e eu tinha que fazer alguma coisa eu v-vi ,a faca e..._Antonio não disse nada abraçou, o irmão menor foi até o corpo quase morto do pai e pegou a faca com ela, sujou as roupas no sangue do pai .

_Não, eu cheguei primeiro e esfaquiei ele partir de agora, fui eu que fiz isso entendeu _o mais novo só assentiu.

_Mãe liga pra ambulância e pra polícia_ ele pegou um pano de prato e começou a fazer pressão no ferimento do pai .

_Por que você esta fazendo isso ?_ Flávio perguntou ao irmão _ levar a culpa ,porquê ?

_Eu te amo sua anta, eu não vou permitir que esse demónio te destrua, esse verme vai sobreviver e pagar pelo que ele fez.

A ambulância chegou junto com uma viatura, os três prestaram depoimentos e como os de todos ali eram iguais, António teria de ficar mais algum tempo ali e logo sua mãe chamou os Eros e Fernando, para ajudar sua avó logo ficou sabendo e notícia se espalhou pela família e pelos jornais.
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T.P. :O babá perfeito (Romance Gay) ( Revisado)Onde histórias criam vida. Descubra agora