Capítulo XX

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Anne narrando

Logo a nossa frente havia uma árvore enorme. Suas raízes eram grossas e firmes, seu tronco duro e suas folhas viçosas.

Em seu lado esquerdo tinha uma face. Parecia estar adormecida. Nós aproximamos, a árvore abriu os olhos e fez como se fosse se espreguiçar. Ela disse:

- Alto! Quem vem lá? - mas ao nos olhar direito completou - São vocês, achei que demorariam bem mais para chegar aqui.

- Como sabe quem somos? - perguntei.

- Eu sei de tudo! - ela disse.

- Então, suponho também que saiba o que estamos fazendo aqui. - Klaus perguntou.

- Mas é claro que sim. Mas já adianto que tirá-la de mim não será nada fácil. - a árvore disse cruzando os troncos (braços).

- Pode ser de dois jeitos. Do fácil ou do difícil, qual você prefere? - Klaus disse desafiando-a.

- Humano insolente, vou desconsiderar esse seu projeto de ameaça. Você esta no meu território, logo, só existe o meu jeito de fazer as coisas. - a árvore disse e olhou Klaus com um tom de desprezo.

- Certo, certo! Então? O que tenho que fazer para conseguir a flor? - eu perguntei.

- Senhorita Anne Blaick, sempre muito impaciente. Vamos lá então, para eu conceder a flor a vocês, vocês precisam me dar uma prova de coragem. - a árvore respondeu.

- Como assim?! - Arádia perguntou.

- Vocês precisam mostrar que são corajosos. Para mostrar que realmente precisam da flor. - a árvore disse com um tom desafiador.

- E como faríamos isso? - eu perguntei.

- Estão vendo aquela colina ali? - a árvore disse e apontou para o topo de uma colina enorme e muito íngreme.

- Sim! - eu disse.

- Em cima daquela colina tem uma árvore onde mora um grifo. - a árvore continuou e apontou para mim - VOCÊ terá que subir lá, e pegar um ovo de grifo para mim.

- Ela sozinha?! - Arádia disse.

- Claro! O desejo é dela, logo, ela deve ir buscá-lo. - a árvore respondeu com firmeza.

- Mas ela pode se machucar se for sozinha. - Klaus retrucou.

- Deixa Klaus. - eu o interrompi e continuei - o Collin é meu noivo, eu devo ir em busca do antídoto para ajudá-lo. - me virei para a árvore e perguntei - mais alguma coisa?

- Sim! Me traga também uma pena. Penas de grifo são raríssimas e ótimas para escrever. Vão me ajudar muito. - a árvore respondeu.

Eu concordei com a cabeça. Já tinha perdido meu cavalo, não lembrava onde. Mas como tinha que provar coragem nem me importei.

Comecei a correr como se minha vida dependesse disso. Em parte dependia, a vida do amor da minha vida estava em jogo.

Respirei fundo e continuei correndo. Eu havia chegado no começo da colina. Dali ela parecia vinte vezes mais alta. Aquilo me deixou com um pouco de medo. Porém, eu respirei fundo e comecei e escalar.

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A batalha dos Guardiões da Luz (Revisado)Onde histórias criam vida. Descubra agora