A batalha dos Guardiões da Luz (Revisado)

Capítulo XVII

Anne narrando

Não consegui dormir a noite toda. Passei a madrugada olhando para Collin. Pedi a meu pai que o colocasse deitado em minha cama.

Ele estava quente, parecia ter febre. E sua respiração era bem ofegante, como se estivesse correndo ou com medo, parecia estar tendo um pesadelo.

Quando amanheceu me levantei fiz minha higiene matinal e desci para tomara café. A mesa sentados com meu pai e minha avó estavam três homens. Se é que era possível chama-los assim.

- Sente-se querida, vou apresentá-la a eles. - meu pai disse.

Sentei-me peguei uma fruta e o olhei esperando que ele começasse.

- Anne, esses são Klaus, o elfo arqueiro, Kevin, o Minotauro e Arádia, a feiticeira. Eles vão te acompanhar em sua jordana a procura da flor.

- Bom dia a todos, é uma prazer imenso conhecê-los. - eu disse e completei - Meu pai falou muito de vocês!

- Espero que bem. - Klaus brincou e Kevin se virou oura ele com um olhar sério.

- Não tenha dúvidas! Ele fala muito bem de vocês. Tenho ótimas referencias de vocês. - eu disse e sorri.

Paramos um pouco de falar para comermos, eles na verdade, por que eu não tinha fome alguma.

Ao terminarmos meu pai nos direcionou para fora do castelo. Lá haviam quatro cavalos selados, alguns mantimentos que colocariam ao lado dos cavalos e algumas armas para nos defender.

Eles se negaram a pegar algo já que tinham seus poderes e suas habilidades, mas eu estava um tanto quanto insegura.

Fiquei em dúvida a respeito de qual arma pegar, mas por fim escolhi um arco e flecha. Então montamos em nossos cavalos, nos despedimos de todos e fomos.

Cavalgamos por horas, Arádia parecia saber exatamente o caminho, era ela que nos guiava, então resolvi perguntar:

- É muito distante o local que estamos procurando daqui?

- Um pouco, mas acredito que consigamos chegar a tempo. - ela respondeu.

Cavalgamos durante mais algum tempo ate chegarmos em uma montanha enorme. Com uma abertura um pouco estreita que ia de um estremo ao outro.

- Temos que ir por aqui se quisermos chegar cedo! - Arádia disse.

Descemos do cavalo, para conseguir passar com mais "facilidade", aquele caminho era muito estreito.

- Tomem cuidado! - Arádia avisou, e completou - Esse é o vale dos escaravelhos da carnívoros.

Eu gelei. Nunca tinha tido tanto medo de um inseto em toda minha vida. Fui muito cautelosa em todo trajeto.

Cheguei até o final e quando olhei para trás tive uma completa surpresa. O meu cavalo havia sido devorado pelos escaravelhos.

Em minha frente havia apenas o esqueleto em pé do meu cavalo. Larguei-o e me afastei.

Klaus e Arádia estavam logo atrás de mim. Mas Kevin não estava lá. Olhamos para dentro da vão da montanha.

Kevin estava lá deitado no chão. Sua carne havia sido completamente devorada pelos escaravelhos e seu cavalo estava deitado ao seu lado se contorcendo de dor.

Ficamos completamente espantados. Mas não tinha outra coisa que podíamos fazer. Então continuamos andando em direção a nosso destino. Meu amado precisava muito da nossa ajuda.

- Poderiam me dizer qual a próxima parada? - eu disse com a voz um pouco relutante - só para eu me preparar psicologicamente.

- A próxima parada é a floresta dos clones das sombras. - Arádia respondeu e completou - somente um ser já conseguiu sair de lá vivo.

- E quem foi? - eu perguntei.

- Eu! - Klaus respondeu com firmeza.

- Você? - eu perguntei com um tom de surpresa.

- Foi horrível, na floresta surgem clones de pessoas que amamos. E esses clones tentam nos levar para uma armadilha. Mas ele não apareceu para mim. - ele respondeu.

- E porque o clone não apareceu para você? - eu perguntei.

- Por que eu não amo ninguém.

Um silencio incomodo se estabeleceu até a entrada da floresta. Eu senti um calafrio percorrer minha espinha. Naquele momento eu senti muito medo. Mas eu precisava ir, meu amado precisava de mim.

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