Capítulo 35 - Consequências

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SARAH DAVIS se ergueu do sofá, os olhos cor de âmbar fixos no monitor exatamente no local onde o ponto brilhante que indicava a localização de Drew se apagou. O celular ainda estava no ouvido, o aparelho dele tinha sido desligado, quebrado ou o que quer que fosse. Drew estava em perigo.

Ela gritou para Ashley e Robbie. Maxwell foi quem apareceu primeiro. Tinha acabado de sair do banheiro, o olhar mostrava preocupação. Os cabelos de Max estavam molhados e ele carregava uma toalha nas mãos. Sarah não tinha tempo para ficar admirando-o.

— Peguei um sinal vindo do celular descartável do assassino. Ele foi descuidado e consegui me conectar tempo suficiente para saber que ele estava indo atrás dele. Eu devia saber que ele não devia ficar sozinho…

Sarah não conseguia parar de falar. Apertava o celular com força na mão, fazendo as juntas dos dedos ficarem completamente brancas. Seu coração batia sem parar em seu peito.

— Dele quem, Sarah? — Maxwell perguntou, o corpo ficando tenso e o olhar se tornando aguçado.

A voz de Sarah saiu como um guincho. — Drew, droga! Ele estava no mesmo estacionamento de Drew! Na universidade.

— Ah, merda! — Max disse por entre os dentes, foi até a jaqueta em cima do balcão da cozinha e digitou um número. — Amanda? Sim, houve movimento. Ele estava no estacionamento da Universidade de Tulsa… Drew também estava lá. O celular do rapaz foi desabilitado. Não podemos rastrear. Sim, senhora. Sim. Estou indo — Max desligou o celular e vestiu a jaqueta. Olhou para Sarah e a garota percebeu que ele estava tentando encontrar palavras.

Sarah balançou a cabeça antes que qualquer palavra deixasse os lábios de Maxwell.

— Nem pense em me deixar fora disso, idiota. É meu amigo que está lá, correndo risco de vida…

— Te conheço o suficiente para saber que dizer isso não valeria de nada. Só iria dizer para que você tentasse não fazer alarde para Natalie e os outros. Não queremos vocês tentando serem heróis — disse Maxwell. O olhar de Sarah se endureceu quando notou o olhar condescendente dele. — Chega de tentar ser heroína, Sarah. Não vou pedir para ficar aqui, mas gostaria que pensasse bem antes de tomar qualquer decisão — e passou por ela. Saindo para o corredor sem olhar para trás. A porta se fechou atrás de Max e Sarah ficou parada na sala de estar sem saber o que fazer.

Ouviu um soluço vindo dos corredores que davam nos quartos e no banheiro. Sarah se virou e viu Ashley Donahue parada com uma das mãos tapando a boca e os olhos brilhando com lágrimas contidas.

— Por favor… Me diz que não é verdade…

— Eles estavam no mesmo local. Um quase em cima do outro. Fui lerda em avisá-lo — Sarah fechou os olhos por um momento. Quando voltou a abri-los Ashley já estava ao seu lado. — A culpa é minha…

— É claro que não, Sarah. Você tentou avisar…

— De qualquer forma… ele corre perigo e eu não sei o que fazer. Max falou para não tentar ser a heroína…

Ashley soltou uma risada desesperada. — E isso já te impediu alguma vez de fazer o que achava ser o certo?

— Não… Mas, um simples erro meu pode ser a morte dele, entende? — Olhou por sobre o ombro, franziu a testa. — Onde está Robbie?

— Ele precisou se encontrar com a mãe no Denny's. Disse que talvez nem voltasse para casa hj. Parece que o pai dele está doente. Algo parecido… Sarah você precisa tentar fazer alguma coisa — disse Ashley, colocando uma das mãos no ombro de Sarah e apertando de leve.

Com seu ânimo renovado Sarah olhou para a amiga com um olhar feroz e decidido. — Chame Zoey e Natalie. O assassino deve ter levado Drew para algum lugar aqui perto. O Grand Finale finalmente começou, Ashley — Sarah olhou para o notebook e os vários monitores presos nas paredes ao lado da televisão. Sarah Davis estalou os dedos das mãos. — Vamos invadir algumas câmeras de segurança — e começou a digitar.

Escuridão - Livro 3 - Trilogia do AssassinoOnde histórias criam vida. Descubra agora