Laços fraternos, laços de sangue, laços de amizade. São todos simples laços, ou apenas nós complicados de desatar? Impossíveis e complicados? Intensos e até mesmo delicados?
De fato, um laço, por melhor se dizer, um nó. É impossível de ser desarmado, rompido, seja ele qual for. Seja ele grande ou pequeno, carregado de mágoas ou felicidade, de rancor ou desapego.
Um laço sempre será intenso e firme nó.
Cresceram juntas, saíram do mesmo ventre, tinham os mesmos olhos, os cabelos lisos e acastanhados, e aquele laço eterno jamais poderia ser podado.
Observando a garota agora no auge de seus quatorze anos de idade, pensava no quanto havia se tornado distante, mesmo estando ali sempre que a menina precisava.
- O que houve? - a garota perguntou em sua natural essência, observando Camila com estranheza, fazia tanto tempo que Camila não vinha busca-la na escola.
- Senti.. Vontade de te levar pra tomar sorvete - Sorriu amarelo, um sorriso tão constrangido que deixava claro seu desconcerto. Sofia era antes tão fácil de se ler, como um livro aberto, e hoje, Camila não conseguia ter a mesma intimidade.
A garota por outro lado, sorriu alegre, sentindo o peito encher-se de alegria, de fato, ela sentia falta de sua irmã mais velha, por mais que a visse com frequência. Hoje pareciam tão distantes.
- E onde vamos, Kaki? - A garota respondeu ainda mantendo o sorriso no rosto.
- Vamos almoçar. Eu, você e a mamãe. - Deixou que a voz saísse um pouco mais relaxada, era impossível não ter ao mínimo uma parte de seu peito contagiado e iluminado pelo brilho dos olhos da adolescente.
Afinal, nós são impossíveis de serem desfeitos, por mais que você tente.
- ... E tomamos sorvete, almoçamos, conversamos. - Continuou contando os detalhes enquanto observava o líquido no copo de vidro, aos poucos consumindo o gelo por completo.
Contava pouco a pouco sobre o que tinha feito a um dia atrás com sua irmã mais nova, e Lauren, como uma bela ouvinte, a escutava, sílaba por sílaba.
Estavam na tão habitual varanda da latina, aquela noite era fresca, o céu era respingado por estrelas, e a lua brilhava intensamente em meio a escuridão.
- Como se sentiu? - Perguntou a cantora com tranquilidade. Sentia-se feliz por ter recebido uma mensagem em seu celular, onde Camila pedia por sua companhia, dois dias depois ter a mandado embora de sua casa com tanta amargura.
- Me senti viva por algumas horas. - Golou a bebida - Nada disso teria acontecido se não fosse por nossas conversas. - Mirou as unhas bem feitas da mão esquerda, que logo foram cobertas pela palma macia da mão de Lauren.
A tensão em seu corpo por conta do toque a fez engolir o bolo na garganta, sufocando o nervosismo no mais escuro canto de seu estômago.
- Eu disse que quero ajudar. - Respondeu a pianista. - Não me importo com o resto.
Camila riu baixo.
- Nem com as fofocas? Logo irão flagrar você vindo pra cá, irão descobrir que o endereço é meu, e então nossas fotos estarão disponíveis para todos os sites de fofocas.
Lauren virou de frente para a artista consagrada.
- Eu não ligo para o que falam.
Camila negou.
- Eu ligo Lauren. Até pouco tempo Camila Cabello era noiva de um empresário milionário. Não posso ter um possível boato de Affair com a mais princesinha do Pop depressivo. - Ironizou em tom de deboche.
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Havana •Camren•
Fanfiction"Ah o destino.. Aquele que te abre portas, Aquele convida-te para um chá, Aquele que conquista sua confiança E de forma cruel apunhala-te pelas costas. Sorri com seu sofrimento. Saboreia das tuas lágrimas. Ah, meu caro Destino. Por que tão cruel...