Intended To Meet

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—Sorria Alec, você está com a mesma cara desde que Clary chegou! — Izzy revirou os olhos ao encontrar o irmão encantando suas flechas. Até aí tudo normal, exceto pela expressão emburrada em seu rosto.

—Até onde sei eu só tenho essa cara. — Reclamou, lançando um olhar rápido em direção a sua irmã, que reinava em cima de um salto 18 centímetros, saltos esses que ele não fazia ideia de como era possível se equilibrar. —A Fairchild não tem nada haver com isso.

—Ah não? — A morena levantou uma sobrancelha de modo sarcástico, mas não decidiu prosseguir com o assunto. Alec era do tipo que tinha os próprios segredos e quando se sente pressionado acaba se fechando ainda mais na própria bolha. — A boatos que tem uma movimentação suspeita de demônios em uma boate. Nós temos a missão de averiguar e exterminá-los.

—Hum. Nós? —Alec estreitou os olhos em sua direção.

—Eh… Clary também vai. —Encolhendo os ombros ela decidiu continuar. —Ah Alec… ela é legal, dê uma chance para ela!

—Não tenho nada contra. —Mentiu.

—Claro, só não gosta da presença dela, da voz e, principalmente, do fato dela ser a destinada do Jace. Você devia parar com isso, sabe que não é algo que dá para escolher.

—Ele contou para ela?! —Nesse momento Alec pareceu alarmado, fitando os olhos escuros como se procurasse a resposta antes de ser dita.

—Não. Jace decidiu esperar ela saber mais sobre o nosso mundo. — Izzy franziu o cenho em sua direção.

—Hum. — Alec resmungou.

—Vamos te esperar. Saímos em meia hora.

—Eu nao disse que iria. —Retrucou quando ela já dava meia volta para sair da sala de armas.

—Mas eu sei que vai.

Alec suspirou frustrado quando a figura esguia sumiu. Sua irmã de certo modo estava certa. Não gostava da Clary. Não gostava dela perto do seu Parabatai… do seu irmão.

Era chateante admitir isso, mas Jace era apenas o seu irmão e sabia que o loiro só o enxergava assim. Não entendia como um Parabatai não podia ser destinado ao outro, afinal não era esse o significado? Combinação?

Destinados é a ligação de duas pessoas, seja qual for o gênero ou raça, marcados por um sinal quando ambos têm ciência do que está acontecendo. São conhecidas por serem feitas uma para outra, mesmo que isso não se mostre parecer verdade no início. Alec não entendia isso mas já havia visto raros casos sobre, onde as duas pessoas compartilham os sentimentos, sensações físicas e até mesmo pensamentos.

Era bonito… algo tão eterno quanto a marca Parabatai.

—Você não acha que bebeu demais não? —Catarina resmungou um tanto indecisa, vendo uma loba morena levar a taça de Martini aos lábios do alto feiticeiro do Brooklyn. Eles estavam rodeando de submundanos, alguns seelies e vampiros, totalmente embriagados.

—Nanã. —Ele negou soltando uma risada um tanto mole. —Eu não fico bêbado minha amiga, meu sangue é feito dessas belezuras.

—Isso com certeza não é sexy!— Com uma careta ela acabou de tomar a sua batida de frutas, vendo os olhos de gato a fitar de maneira incrédula.

—Hei! —Ele se pôs de pé, cambaleando em sua direção e só não caiu porque ela foi mais rápida em segurar seus ombros.

—Não está bêbado é?

—Bobagem! Para a sua informação eu sou sexy até a morte! —O sorriso dele foi enorme. -ou seja, para sempre!

—Xiu… hei…. —Ela tentou segurar novamente ele, mas o mesmo já se afastava em direção a um palco a poucos passos deles, subindo alí e sorrindo com a melhor cara lavada para ela. —Ah não…. Magnus! Sem strip!

—Não preciso tirar a roupa para te conquistar, amor. —O feiticeiro cantarolou deslizando pelo poste e a deixando corada de vergonha ao olhar para os lados, tendo certeza de que não pagava um mico total. Jurava que iria matar o amigo na manhã seguinte por isso.

Ela foi até ele, pronta para tirá-lo dali… mas claro, foi frustrada quando ele estalou os dedos e a música foi trocada. You Should See Me In a Crown começou a tocar no último volume pela Pandemônio.

Magnus começou a se mover lentamente, seus olhos se fechando e suas mãos pendendo para cima, agarrando o poste de metal atrás dele. Ele não se sentia bêbado, na verdade se sentia leve, seu corpo realmente estava leve. A música tomava conta de sua mente, mais potente que qualquer outra bebida que tenha tomado aquela noite.   

Morda minha língua, espere meu tempo

Vestindo um sinal de aviso

Espere até o mundo ser meu

Visões eu vandalizo, frio no tamanho do meu reino

Caiu por esses olhos do oceano

Seu corpo seguiu a batida da música, sensualmente se viu ficando de frente para o poste de pole dance, descendo seu corpo de um lado para o outro, inconscientemente empinando a sua bunda.

Você deveria me ver em uma coroa

Eu vou correr esta cidade 

Me assista fazer eles se curvarem

Um por um por (um)

Um por um por

Voltando-se para frente ele se encostou no metal, abrindo os olhos, fitando os outros submundanos que o analisavam. Gostava de ser o centro da atenções, mas uma especial parecia bem mais atrativa. Um pouco mais afastado estava um caçador de sombras, um shadowhunters. Vestindo negro, e nada discretamente, equipado com algumas armas. Cabelos negros e olhos azuis sempre foram uma combinação que lhe atraiu mais... não os olhos daquele caçador não se mostravam exatamente azuis... verdes avelâ? Talvez.

Você deveria me ver em uma coroa

Seu silêncio é meu som favorito

Me assista fazer eles se curvarem

Um por um por (um)

Um por um por (um)

Desceu seu corpo até o chão, sentindo o frio do metal atravessar suas roupas, mas não perdeu o contato dos olhos do caçador, o hazel se transformando em cores diversas por conta a iluminação da boate. Pelo menos não até ser puxado com uma força impressionante para o chão.

—Cuidado! —Catarina exclamou, o puxando protetoramente quando uma flecha voou pelo salão, atingindo um homem a alguns passos atrás do palco circular onde ele havia estado. O corpo caído no chão segurava uma lâmina serafim, mas evidentemente o feiticeiro teve que se esforçar ainda mais para enxergar uma queimadura circular no pescoço exposto.

—Membro do círculo! —Ele reclamou, nada satisfeito, ainda sentindo o aperto de Catarina em seu antebraço.

—Vamos embora Magnus… você não tem condições de…

—Licença… —O caçador que Magnus havia visto a distância agora passava por eles, esbarrando seus ombros sem muita violência, dessa vez com o arco em mãos e se aproximando cada vez mais no corpo no chão, reivindicando a lâmina serafim em posse do mesmo.

—Quem é você? —Magnus questionou interessado… mas a sua voz saiu tão baixa que suspeitava não ter sido escutando.

No entanto, antes de ele poder repetir a pergunta com mais firmeza ele foi puxado por sua amiga, inconveniente, que já ia em direção a um portal que a mesma havia aberta. Dando tempo apenas de ele olhar uma última vez para o caçador que parecia desviar o olhar para ponto contrário dele onde uma morena de curvas notáveis se adiantava até ele.

Intended (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora