Intended for Feelings

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Quando a campainha do loft soou, Magnus já sabia quem era. Talvez tenha sido isso que fez o seu corpo se mover instantaneamente em direção a porta negra e dar uma última olhada nas roupas que trajava, verificando se tudo estava em ordem. Não que ele tenha se arrumado para o caçador, mas é que Magnus Bane sempre tem que está deslumbrante… para qualquer situação.

A boca de Alec se entreabriu quando a porta foi aberta, disponibilizando uma imagem completa de Magnus. Alexander só conseguiu enxergar ele, era como na primeira vez em que o viu na Pandemônio.

—Alexander. —Magnus sussurrou, mas alto o suficiente para que Alexander conseguisse escutar de onde estava. Um tom que fez algo subir pela coluna de Alec e arrepiar os pelos de sua nuca.

—Magnus. —O caçador imitou, dando um passo a frente sem esperar o convite. Magnus não se importou, apenas foi um pouco para o lado, o suficiente para os corpos se tocarem e o feiticeiro sentir todo o efeito, que o cheiro amadeirado do nephilim lhe causava.

Fechou a porta manualmente, protelando ao máximo antes de se virar e encontrar o shadowhunter o encarando, parado no meio do cômodo, as mãos enfiadas nos bolsos na calça, que para a sua alegria marcava as coxas malhadas.

—Acho que temos que conversar. —Alexander comentou, seus olhos cor de avelãs percorrendo todo o corpo do submundano que o fitava com a mesma intensidade. Queimava…  e Alec aos poucos esquecia o que havia ido fazer ali.

—Conversar?— Magnus sorriu, lambendo vagarosamente os lábios antes de dar o primeiro passo em direção ao mais novo, que nem se moveu, parecia bastante disposto a ser embebido pelos mesmo sentimentos e vontades ardentes que Magnus. —Tudo bem, vamos conversar. — Completou, parando ao lado do caçador por alguns segundos antes de prosseguir para a mesa de bebidas. —Mas enquanto isso, aceita um drink?

—Sim. —Concordou sem hesitar, seus olhos queimando os ombros largos do alto feiticeiro do Brooklyn enquanto preparava uma mistura, bastante visível pelo cristal da taça. —Mas não sei por onde começar… —Alexander completou, já não falando mais do drink que lhe era preparado e sim de toda a confusão nada confusa em que eles tinham se metido. —… sinceramente eu chego até a duvidar de que haja como começar.

—Oh!— Magnus suspirou, pegando a própria taça e indo até Alec. —Tome, talvez você se sinta mais relaxado. Eu mesmo estou precisando, já que Raziel achou uma boa ideia ligar você a mim.

—Isso é um problema para você? —Alec questionou, um tanto duvidoso enquanto provava o líquido forte, se engasgando parcialmente antes de retomar o controle. Seu coração bombeando mais rápido por um momento enquanto um desconto passava por seu corpo. E se ele tivesse ligado a alguém? E se Magnus o via apenas como um diversão?... Ele pode ter todo um mundo aos pés, Alec seria apenas mais um então?

—Não, problema nenhum. Para mim não. —Magnus levantou uma sobrancelha, analisando o shadowhunter de cima a baixo. Alexander estava nervoso, Magnus não precisava da marca para ver isso, os ombros do nephilim estavam tensos, a postura de soldado. Era estranho pensar que pode sentir os sentimentos de outra pessoa que não fosse os seus mesmo… mas não era de todo modo estranho sentir Alec… era como se fosse natural, não era difícil se acostumar. Mas era uma via de mão dupla. —Mas talvez seja para você.

—Como assim? —Alexander perguntou antes de outro gole, sua expressão tomada por confusão, esse era o seu sentimento, mas do outro lado havia a incerteza. —Fale.

—Você ama outra pessoa, não ama?— Magnus desabafou, para em seguida virar todo o líquido da taça em sua boca, o Gim naturalmente causando uma ardência saudosa em sua garganta, fazendo com que a sua voz soasse mais rouca. —Ele é a pessoa que você mais ama. Digo… seu Parabatai.

De repente a conversa que teve com Jace veio a sua cabeça.

—Como assim?— Alec recuou um passo, encarando o parabatai de olhos arregalados. Jace apenas suspirou pesadamente antes de cruzar os braços como se aquilo fosse ficar mais sério, e talvez ficasse.

—Alec, eu fingi não me importar com isso por um tempo. —Começou. —Tem todo esse lance de parabatai, os sentimentos compartilhado e nossas almas unidas. —Os olhos heterocromáticos do Wayland se fixaram nos olhos de Alexander. —Sei que você confundiu os sentimentos, por isso não me importei tanto, mas depois do loft do Magnus… esse sentimento que você acredita que tinha por mim pode está atrapalhando seu futuro. Pode está atrapalhando a sua aproximação com seu destinado.

—M-Mas… —Alexander engoliu em seco, decidindo que era melhor sentar.—Olha, Jace. —O maior respirou fundo, se curvando para a frente e apoiando os cotovelos sobre os joelhos. Dentro de si estava confuso, e isso se mostrou bastante claro nos olhos esverdeados. — Eu não amo você… quer dizer… amo você como um irmão, mas… isso não quer dizer que eu ame o Magnus. Nos… nos não temos nada serio. Ele, acho, não quer nada sério!

—Mano, você precisa parar de ser meio lerdinho hein?— Alec fez careta com o tom zombeteiro. — O feiticeiro com toda certeza se importa com você, caso contrário ele não olharia como olha para você e, sinceramente? Vocês sempre pareceram ter algo, ou querer algo.

—Eu não amo o Jace, não do modo que você pensa. —Alexander franziu o cenho tomando mais um gole da bebida em suas mãos, fazendo careta.

—E de que modo eu penso? —Magnus resmungou, fazendo uma risada rouca escapar do Lightwood e nervosamente o acompanhando. —Ok ok, talvez eu tenha pensado nisso.

—Isso parece tanto com ciúmes. —O caçador deixou a taça de lado, em uma mesinha de centro, voltando-se para o asiático que revirava os olhos do modo mais teatral possível. Desconfortável, ainda mais sob o olhar incisivo em si.

—Você sabe que sinto o que você sente, não é?

—Um tanto inconveniente devo pontuar.—O feiticeiro encolheu brevemente os ombros, deixando a própria taça ao lado do abajur. Magnus estava cada vez mais envolvido na conversa, seus olhos uma vez ou outra se revezando em secar o corpo coberto por roupas negras e a boca naturalmente avermelhada.

Pelo anjo… esse nephilim é quente como o inferno!

Alexander analisava a pose relaxada de Magnus. O feiticeiro estava de pernas cruzadas, os braços descansando nas laterais da poltrona azul cobalto, Ele vestia uma camisa vinho com os botões de ouro, calças jeans negras apertando as coxas malhadas e um cinto de couro as prendendo, os pés calçados com coturnos negros de aros também dourados.

—Gosta do que vê?—Magnus provocou, seus olhos, encobertos por glamour, transmitindo uma malícia tentadora.

—Se eu gosto do que vejo?—Alexander sussurrou, repetindo a pergunta, mais para si mesmo que para o submundano. Um arrepio desceu por sua virilha ao lançar um olhar cheio de segundas intenções para o homem. Como alguém pode ser tão sexy quanto esse homem?—Sabe quantas vezes eu já me toquei pensando naquela noite?— As palavras fez o feiticeiro arregalar os olhos, surpreso, no entanto o seu sorriso aumentou quando o shadowhunter se aproximou com passos lentos, como um verdadeiro predador.— Sabe quantas vezes eu me toquei, imaginando o seu corpo roçando no meu, você dentro de mim?

—Não… eu não sei. —Magnus sussurrou em resposta, seu baixo ventre ficando mais dolorido a cada cena que vinha em sua mente… a cada cena de seu caçador se masturbando, tocando-se como se fosse ele ali. O caçador parecia um predador enquanto caminhava, não se importando com o volume que também já estava bastante marcado nas próprias calças. —Ah Alexander.

—Magnus. —O shadowhunter não hesitou em alisar uma das coxas do asiático e as separar, para em seguida subir em cima de Magnus, apoiando os seus joelhos ao lado das pernas de seu destinado, na poltrona, suas mãos indo até os cabelos arrepiados e se agarrando ali, sua boca indo de encontro a orelha decorada por um brinco de cobra. —Que tal pararmos de enrolação? Eu sei que você quer fazer isso de novo… eu quero fazer isso de novo.

—Seu ego está aumentando cada vez mais, garoto bonito.—Magnus comentou, sem verdadeiramente se importar enquanto agarrava a bunda do caçador com as duas mãos, apertando a carne rígida, arrancando um suspiro extasiado do mesmo, seu nariz roçando a runa de bloqueio antes de deslizar a língua pela a extensão do desenho… uma provocação sem limites que fez Alec suspirar. Ele realmente estava sentindo falta disso.

É, com toda certeza eles iriam fazer isso novamente.

Intended (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora