Intended For Time

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A Pandemônio se encontrava lotada. A música alta invadia os ouvidos do feiticeiro, mas não tiravam a sua concentração em procurar os caçadores, mais incisivamente Alexander. Suas veias ardiam em ansiedade pelo caçador. Magnus não entendia o porquê, mas queria ver o shadowhunter novamente.

—Que complicado! —Resmungou, levando o cristal da taça aos lábios, provando o Martini, sentindo o líquido adoçar a sua língua ao mesmo tempo que adormecia ligeiramente a própria.

—Magnus! —O feiticeiro desviou o olhar da pista de dança quando um grupo que se aproximava apressado de si, fazendo-o descer da costa do sofá de couro, que estava sentado, e receber os shadowhunter.

—Ah. Olá! —Cumprimentou como se fosse algo bastante normal e corriqueiro. Ótimo, o loiro, a ruiva, a morena… mas cadê o meu Alexander? —Está faltando um…

—Não está não. —A voz de Alexander soou por cima da música, surgindo do meio da multidão, segurando a alça do arco contra o próprio peito. O caçador estava deslumbrante aos olhos do feiticeiro. Vestido com uma blusa social azul escura, lisa, uma calça jeans também azul, mas por sua vez parecia negro de tão escura e botas militares.

—Garoto Bonito! —Magnus cumprimentou, apertando um pouco a taça em mãos, buscando mentalmente ajuda para que suas pernas não fraquejasse com o sorriso do shadowhunter. Que homem bonito dá porra! Será que ele não sabe que deve andar por aí com uma placa de sinalização avisando que ele é um perigo!? —Eu até lhe chamaria para uma dança, mas creio que seus amigos tenham algo que me pertence.

Dança? Eu aceitaria essa dança! Alexander pensou quase que imediatamente, logo fazendo careta ao se dar conta do que ele veio fazer ali na boate.

Negócios são negócios!

—Desculpem interromper isso… —Jace disse depois de pigarrear, intercalando o olhar entre seu parabatai e o feiticeiro. —... Seja lá o que for. —Magnus levou a taça a boca, sentindo-se constrangido, mais isso lhe causou uma certa confusão. Magnus Bane constrangido por causa de um comentário? Até parece! O submundano olhou rapidamente para o Lightwood maior, percebendo que o mesmo tinha as bochechas rubras sob o olhar malicioso de Isabelle. Que adorável!

—Clarissa Fairchild. —Magnus comentou, reparando na ruiva que se mantinha em pé ao lado do loiro.

—Magnus Bane. Então foi você que roubou as minhas memórias. —Ela disse com certo desgosto, mas isso não abalou o feiticeiro, que sabia que a doce garota que ele ajudou não falava isso verdadeiramente.

—A pedido da sua mãe, só para lembrar. —Ele completou, sorrindo minimamente, terminando o Martini antes de depositar a taça em uma das mesas e esticar a mão para tocar o cordão de rubi que estava esticada no ar, mas... para a sua infelicidade, foi afastada pelo Wayland loiro. —Preciso comprovar a autenticidade, shadowhunter. —Oxigenado desconfiado de Edom!

O loiro bufou, frustrado, esticando a corrente em sua direção.

Alexander viu o feiticeiro reivindicar o colar apressadamente, fazendo com que algo dentro de si se contorcer com um sentimento estranho. Nostalgia? Mágoa? Saudades? Ressentimento? Ele não entendia, muito menos sabia o porquê.

—Amor verus numquam moritur. —Magnus recitou, por um momento perdido em pensamentos, mas logo balançou a cabeça em negação. Irônico. —O verdadeiro amor nunca morre. Besteira, ela nunca foi o meu verdadeiro amor… pelo menos ela serviu para me mostrar isso.— Ele suspirou, discretamente guardando o colar. —Imagina se ela fosse a minha destinada? Eu ia viver a eternidade congelado. A Camille é uma mulher fria.

—Você já tem o seu colar. Agora eu quero as minhas memórias de volta!

—Eh… Eu adoraria devolver as suas memórias, mas é que eu não tenho mais elas. —O alto feiticeiro do Brooklyn suspirou, sincero.

Intended (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora