Intended

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Magnus destampou a coqueteleira e rapidamente pegou alguns cubos de gelo que havia no depósito de metal em cima do carrinho, e que viviam em um feitiço para não derreterem tão rapidamente. Ele derramou uma medida de gim e acrescentou uma folha de hortelã, assim como algumas fatias de limão.

Havia certo requinte em preparar manualmente que ele nunca abandonaria caso não estivesse com pressa. Uma das melhores coisas disso é que ele desviava um pouco os pensamentos de seu destinado cujo, apenas pelos sentimentos de frustração em sua runa, ele sabia que não havia encontrado o parabatai.

Eu estou com saudades. Magnus se permitiu confessar por pensamentos enquanto despejava a mistura na taça e devolveu a coqueteleira para o lugar onde pertencia antes de se afastar em direção ao sofá e se sentou em um dos cantos antes de se ajeitar melhor e esticar as pernas até a outra extremidade.

Ele tinha todas as razões para condenar Jhonatan por ser um idiota, um dos principais motivos é por ele ter uma parte da alma de seu Alexander e mesmo assim é impudente... se pelo menos Jace tivesse um pouco mais de consciência teria cuidado ao se enfiar em planos arriscados.

—Caçadores. —Resmungou com desagrado antes de suspirar e tomar um gole da bebida e fechou os olhos ao apreciar a sensação ardente do gim em sua garganta. Não era difícil para ele admitir que queria Alec ali com ele... se Magnus estivesse sendo sincero com ele mesmo ele sempre queria Alexander com ele se lhe fosse permitido.

Um homem tinha direito de se sentir um pouco egoísta, não é?

"Sempre." Isso era algo a se pensar e antes que pudesse parar Magnus se viu divagando sobre a possibilidade de ter seu carrancudo caçador ao seu lado pela eternidade. Se tornar vampiro não era a única maneira de se tornar imortal, a própria marca que os anjos concederam permitia isso.

Para sempre não era tão impossível assim.

Magnus anotou os ingredientes em sua típica letra floral, tendo a certeza de copiar a quantidade correta também. Era a primeira vez que ele fazia a poção vampírica, que permitia amenizar a sede por sangue.

No entanto, antes que ele pudesse fechar o livro sua atenção foi atraída por sons de saltos altos e ele ergueu o olhar, vendo uma bela mulher caminhando em sua direção e equilibrando cinco livros de capas de couro claro nos braços.

—Tessa Gray. —Magnus comprimentou se levantando e fazendo um floreio em saudação antes de se encostar na mesa. - Faz tempo que não nos encontramos querida.

—E de quem é a culpa? —Ela ergueu uma sobrancelha enquanto sorria e deixava os livros na mesa em que o mais velho estava encostado.

—Tenho certeza que não é minha. —Ele riu e se adiantou para a abraçá-la e foi prontamente retribuído. —Mas não lhe culpo... parece que os livros desse lugar nunca acabam.

—Devo concordar. —A acastanhada suspirou um pouco dramaticamente e se afastou, olhando brevemente para o livro de veludo vermelho em cima da mesa de madeira. —Conseguiu o que queria?

—Espero que sim. —Respondeu, pegando o livro, vendo o desenho estampado em ouro na capa, eram espirais ao redor de um desenho de poção de sombra, embaixo havia letras cuidadosas e medianas escrito "Aos filhos da noite." —E você, o que tem que fazer com tudo isso? —Questionou, recolhendo a própria agenda.

—Algumas pesquisas sobre as masmorras daqui. —Ela deu de ombros. —Malaquias não me permite ir até lá, então minhas fontes são apenas essas.

—Tessa... —Chamou em tom de aviso, fazendo-a revirar os olhos.

—Eu sei Magnus, mas prometo que é apenas isso.

Intended (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora