Magnus estalou os dedos, erguendo ambas as mãos quando uma energia enevoada os rodeou. Magnus tinha seus olhos esverdeados expostos, totalmente concentrado no que fazia.
Alexander encarava a magia fascinado. As alas se erguiam em um ritmo constante conforme os movimentos dos braços de Magnus se seguiam ritmados. Eram como uma parede transparente, um tanto dourada e que permanecia em constante movimento.
—Então. Alexander. —Magnus falou, andando de lado até onde a ala não cobria e repetiu o processo, mas não antes de lançar um olhar de interesse para o caçador que o seguia de perto. —Porque parecia tão irritado mais cedo?
—Nada demais. —O maior deu de ombros, apertando o punho da lâmina seraphim em sua mão.
—Eu não diria isso. —O feiticeiro revirou os olhos, mudando de posição, estalando os dedos mais uma vez.
—Hum. —Resmungou indeciso, mas por fim os ombros de Alec se tornaram mais leves e acabou por admitir, não faria mal afinal. — É o meu parabatai, o Jace. —Ele viu o mago soltar algo semelhante a um bufo. —Tudo bem?
—Ah… sim. —Não, com esse tom de voz eu até prevejo o que você vai falar.— Prossiga.
—Bem, ele tem uma destinada, e parece que isso está tomando todo o tempo dele. —Desabafou.— Ele está se afastando de mim, e não sei se confio o suficiente na filha do Valentim.
Clary Fairchild.
—Clary Fairchild. —Magnus expôs seu pensamento, ainda concentrado no que fazia. —Ela não é tão ruim quanto parece, a criança não tem culpa pelos erros de seu pai… ou mãe.
—A conhece? —O Lightwood questionou, surpreso.
—Pode-se dizer que sim. —Magnus cerrou as mãos, e com um último movimento encerrou o seu trabalho. —Prontinho. Impecável. —Magnus se voltou em direção ao shadowhunter, arrancando um olhar admirado do caçador que fitava seus olhos com certo deslumbre. —Não deixe o seu ciúme que sente de seu parabatai afastarem vocês, ninguém escolhe seus destinados. Veja bem, Jocelyn teve como destinado um cara completamente fora da casinha.
—Eu não… eu não estou com ciúmes!
—Ah está sim! —Magnus retrucou sorrindo. —Vamos, venha, não quero ficar falando sobre isso. Afinal, tenho uma pergunta a lhe fazer.
—Faça. —Alec mandou quase que no mesmo momento.
—Estava apreciando a vista?— Magnus perguntou, não contendo o sorriso de malícia.
Alec sabia do que ele estava falando. Sua mente rapidamente foi transferida para a noite na Pandemônio, mais exatamente no rebolado do alto feiticeiro, que parecia ter uma cintura de mola.
—E-Eh… eu não… não… não sei do que você está falando! —Negou, sentindo suas bochechas queimarem ao lembrar-se também do pensamento que teve no momento.
—Ah Alexander. Você não sabe mentir. —Magnus se aproximou como um gato e, para a sua surpresa, o shadowhunter não se afastou, continuou parado encarando-o desafiador mas ao mesmo tempo contraditoriamente corado. Ah Alexander, isso é demais para o meu pobre coração.
—Ok… eu estava sim lhe encarando. — O Lightwood admitiu, não entendo o porquê. —Mas em minha defesa… o show estava bastante atrativo.
—Me agrada saber disso. —Magnus não escondeu. Por um momento ele se perdeu na postura relaxada do caçador. Era atípico ele se atrair por um shadowhunter, mas como dizia seu velho amigo Ragnor Fell, sempre á uma primeira vez para tudo. —Tome. —Em um estalar de dedos um cartão de visitas dourado surgiu em sua mão e o esticou em direção ao maior, que prontamente pegou, analisando o retângulo. —Um passe vip para a festa de hoje na Pandemônio… caso queira ter um show a mais.
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Intended (Malec)
FanfictionEm um mundo onde as pessoas são destinadas e ligadas umas às outras. Magnus se encontra em total desespero quando em uma festa que devia ser normal e fazê-lo esquecer o próprio nome, acaba esbarrando em um caçador de sombras lindo, mas nada sociável...