Intended For A Rune

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Alexander encarava, incrédulo, o espelho. Seu torso estava nu, exibindo as runas negras mais antigas e que eram renovadas com frequência… mas a sua incredulidade era por causa de uma nova runa ali, milímetros acima da marca de agilidade. Uma runa que se assemelhava a um grande “A”, e seria totalmente um se não fosse uma linha pontuda que escapava de sua base.

Uma marca de destinados.

—Mas… que…

—MAS QUE PORRA É ESSA!? — Magnus berrou, seus olhos arregalados enquanto fitava o espelho, que refletia seu corpo coberto apenas por uma boxe cor de vinho, sua mão revezando entre pressionar o lado esquerdo de suas costelas e mostrar a runa, que não deveria está ali. A respiração do feiticeiro estava descompassada assim como o seu coração. Que porra é essa? O que é isso?... porque essa droga está em mim?!

Aquilo… Aquilo é uma marca de destinados?

Magnus recuou cambaleando até a sua cama, caçando o seu celular, até encontrá-lo embaixo do travesseiro. Sua primeira reação após isso é acionar a discagem rápida. Fodasse se Catarina estava ocupada, fodasse se ela estava de plantão. Ele estava perdido!

— “Magnus Bane, eu estou no meio de um plantão! Não quero saber se você errou em uma poção ou…”

—Catarina! — Ele exclamou, passando uma mão nervosamente pelos fios espetados de sua cabeça. —E-Eu… Eu tenho um destinado!

—Pelo anjo… —Jace suspirou, sentando na cama enquanto via Alec andar de um lado para o outro, nervoso. — Fica calmo Alec! Não acho que criar um buraco para o outro lado do mundo vá resolver algo!

—Como eu não percebi droga!? — Alexander bufou, jogando as mãos para o alto como se fosse resolver algo, parando brevemente na frente do espelho. —O… Magnus… Será que ele sabe?

—Até onde sei, com toda certeza. — O loiro suspirou, pondo-se de pé e tocando o ombro do maior. — Se acalme, você tem que conversar com ele, irmão.

—Porque só agora?— O moreno questionou, olhando para o Wayland como se ele tivesse todas as respostas. Duvidava que tinha, mas não custava nada tentar. — Você e a Clary receberam a marca praticamente pouco tempo depois de se conhecerem!

—Bem… não foi bem assim. —O shadowhunter desviou o olhar, inacreditavelmente ruborizando por um tempo. —Talvez nós tenhamos tido algo mais antes disso.

—Vocês… transaram? —O Lightwood levantou uma sobrancelha, mas a sua face se transformou para uma cor vermelha. —I-Isso não explica muita coisa… eh… eu… ele … Nós… Q-Quer dizer, transamos. M-Mas …

—Mas a marca não apareceu, né? — Jace não parecia surpreso. — Alec, vou perguntar uma coisa… responda com sinceridade. O que você sente pelo Magnus?

—Como assim?— Algo em sua mente pareceu ter um estalo.

—Ontem… na hora que invocamos o demônio. Não foi a imagem de Magnus que apareceu.

—O que você quer dizer com isso?

—Quero dizer que não é ao Magnus que você ama. Alec, você me ama?

—Ah meu amigo. —Catarina suspirou, se sentando ao lado do amigo, no sofa. —Qual o problema de ser ele? Não são todos os feiticeiros que tem a oportunidade de viver uma ligação como essa.

—Ele ama a porra do próprio Parabatai! —Xingou, virando o corpo de uísque na boca.

—Hei… Não seja precipitado! —A morena reclamou, revirando os olhos. —Você não tem certeza disso apenas porque você viu uma das lembranças dele. Ainda por cima a lembrança estava se apagando! Não seja um feiticeiro inexperiente, você sabe o que isso significa!

Intended (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora