Intended at Revelations

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Dois corações, uma válvula

Bombeando o sangue, fomos o dilúvio

(Birds /Imagine Dragons)

Magnus não sabia como reagir, na verdade ele não fazia a menor ideia do que fazer para parar aquele sentimento de culpa que havia em seu peito… ele deveria parar, porque ele sentia a preocupação de Alexander irradiar pela marca, a deixando febril. O alto feiticeiro do Brooklyn não havia saído daquele sofá desde que Alexander desligou o celular, seus olhos pareciam ter memorizado cada milímetro do gesso do teto… mas já fazia alguns minutos que ele não prestava realmente a atenção naquilo, a sua mente estava viajando pelos os acontecimentos que Alexander o contou.

Isabelle ainda estava no instituto, detida, sem armas ou até mesmo a sua estela… e iria a julgamento dali a dois dias. Segundo Alexander a única coisa que poderia livrá-la de ser punida, já que é óbvio o envolvimento dela na fuga de Merlion, e de ter as suas runas apagadas era o cálice Mortal… que sumiu, juntamente com Jhonathan e a filha de Jocelyn.

Magnus nunca presenciou uma cerimônia onde os irmãos do silêncio tiravam as runas dos caçadores de sombras… mas ele já escutou os gritos de um nephilim enquanto elas eram retiradas… uma por uma. Magnus desejou nunca ter escutado a voz de seu amigo, que normalmente era alegre, se tornar um rosnar de lamento e dor, pura dor. Fazia mais de um século, mas a lembrança ainda era capaz de gelar os seus ossos… e pensar que Edmund sofreu toda a sessão de tortura apenas para ficar ao lado de sua companheira mundana, que Magnus mais tarde descobriu ser a sua destinada… e graças ao anjo que quando o shadowhunter teve as runas removidas o elo ainda não havia se tornado físico, a mulher não sofreu o mesmo que o marido.

O anjo às vezes parecia jogar um jogo complexo com as pessoas da terra… porquê daquele casal nasceu William e de William veio a linhagem Herondale e nasceu Jace, que ainda não parecia saber de onde vinha… Magnus contou as vezes que resistiu em dizer que o oxigenado irritante era muito parecido com Edmund… só que mais chato e mais petulante.

Com esse pensamento ele se senta, seu cotovelo apoiado nas pernas enquanto a sua mão apoiava sua face. Quem iria julgar a doce Isabelle é Imogen Herondale… e a mulher não gosta dele… não era nada pessoal, ela apenas não gosta realmente de qualquer submundano, mas principalmente dele. Talvez fosse o fato de ele ter sangue “angelical” correndo em suas veias.

Erguendo-se do sofá ele finda a sua decisão. Ajudaria com o que fosse necessário… Nem que como último recurso ele tivesse que assinar a sua total culpa pelo desaparecimento do cálice mortal… ou pelo menos, culpa o suficiente para que Alexander não entrasse em linha de suspeita por tabela, afinal, Alec não sabia de nada.
Ses ombros pensaram por um momento antes de estalar os dedos e toda a bagunça de poções quebradas em seu tapete sumir… ele precisaria de um banho, banho sempre limpava a mente, e ele mais do que ninguém naquele momento precisava de um banho.

As árvores passavam como um borrão por si… estava escuro, mas isso não era um obstáculo muito grande para o caçador de sombras, ele era treinado a tal tipo de situação desde que aprendeu a segurar uma lâmina Seraphim.

A marca parabatai ainda ardia… mas era suportável até certo ponto, mas a cada passo que Alexander avançava na floresta seele. Não era insuportável… o que realmente lhe incomodava era a sua runa de destinados em sua costela, ela parecia formigar, um sentimento de culpa apertava o seu coração, mas não era seu… na verdade ele estava irritado, irritado com o próprio parabatai… havia preocupação com Izzy e principalmente com Magnus, de onde vinha a culpa… o seu destinado não parecia muito confortável com algo.

Até que ele chega no lugar onde havia visto pelos olhos de Jace… era o meio da floresta… mas as árvores eram iguais umas às outras, parcialmente, mas o que lhe indicou que estava no lugar certo era o seele encontrado em uma nodosa e antiga árvore, os braços cruzados e um sorriso cínico estampado em sua face.

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