Não complica falando essa merda
Só vai me afastar, é isso
Você não tem vergonha? Você está louco
Lá vamos nós de novo
Friends, Marshmello
A ressaca foi algo inevitável para Magnus. Seu cérebro parecia ter sido posto dentro de um liquidificador e batido sem nenhuma pena. Ele com toda certeza exagerou um pouco demais na noite passada.
Claro. O som do toque do seu celular parecia bem mais ensurdecedor do que o normal.
—Quem é que ousa perturbar o sono do alto feiticeiro do Brooklyn a essa hora da madrugada!? —Ele praticamente gritou ao atender o aparelho, se arrependendo logo em seguida já que a sua própria voz fez seu cérebro chorar de dor.
—Senhor Bane. —Uma voz um tanto apática chamou a sua atenção no outro lado da linha.—Aqui quem fala é o diretor do instituto de Nova York.
—Hum. —Magnus se dignou a sentar, ignorando a tontura que o abateu. Instituto de Nova York logo de manhã? Que espécie de tortura infernal era aquela? —O que quer?
—Quero que fortaleça as alas do instituto. —O diretor disse sem demora, arranca um belo revirar de olhos por parte do feiticeiro que já se sentia acordado o suficiente para desligar o celular.
—Custa caro, shadowhunter… —O feiticeiro segurou alguns xingamentos que queriam vir com o título. Shadowhunters sempre tão prepotentes, achando que são o rei do mundo. —... Estou falando de altas quantidades de dinheiro, algumas sacolas de rubis… ah melhor, substitua o dinheiro por duas das obras de Da Vinci que sei que vocês têm.
—Creio que podemos negociar. —Ele amava a reação dos nephilins quando dizia o preço, eles não tinham que reclamar estava fazendo até um preço em conta!
—Sim, podemos. —Magnus se ergueu da cama de lençóis dourados, logo dirigindo-se para o banheiro. —Me aguarde então. Verei se a minha agenda está livre para vocês, sabe ela está lotada de serviços mais importantes.
Ele finalizou a chamada logo após isso, desligando o celular e, em um estalar de dedos, o aparelho já estava caído novamente em cima da cama enquanto entrava no banheiro espaçoso.
Magnus não estava com paciência o bastante para sustentar uma conversa decente com os nephilins. Portanto o mais sensato foi se enfiar embaixo da água desconfortavelmente gelada do chuveiro, lhe acordando completamente. Fazendo uma promessa silenciosa de que não iria mais beber tanto, claro, não era pretensioso o suficiente em achar que iria cumprir.
Ele se lembrava de boa parte da noite. Havia chegado na Pandemônio com Catarina, aproveitado a folga repentina que a feiticeira teve do hospital. Lembrava de conversar banalidades e de subir em cima de uns dos palcos de pole dance, ele dançou menos de uma metade de uma música antes de ter a sua atenção capturada por um caçador que o observava de longe.
E que caçador mais observador. Lembrava de ter a total atenção do homem em si, os olhos hora queimando contra seu corpo, ora sustentando o seu olhar… pelo menos até um grito e uma flecha atingir um nephilim atrás de si. Membro do ciclo.
Faz tempo que não via um, mas agora estavam se reunindo como baratas desde que a notícia de que Valentim está vivo se espalhou pelo mundo das sombras. Não é surpresa nenhuma de que Robert estivesse preocupado com a segurança do tão amado instituto.
Caçador misterioso… instituto. Os dois itens parecem iluminar a mente do feiticeiro que sorriu desligando o chuveiro e saiu do banheiro sem se importar em se enrolar em uma toalha enquanto ia até a cama, recuperando o aparelho celular.
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Intended (Malec)
أدب الهواةEm um mundo onde as pessoas são destinadas e ligadas umas às outras. Magnus se encontra em total desespero quando em uma festa que devia ser normal e fazê-lo esquecer o próprio nome, acaba esbarrando em um caçador de sombras lindo, mas nada sociável...