Intended to Worry

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—Ah Lucian.—Magnus suspirou, vendo o lobo cabisbaixo.—Você não precisa se culpar por isso. Maryse fez as próprias escolhas… e infelizmente não a fizeram uma boa mulher.

—Mas….—O som de algo se quebrando atrás da cortina se fez presente, chamando, automaticamente, a atenção de todos os presentes. Luke ficou mais sério de repente, contornando o balcão de madeira, fazendo sinal para alguns lobos para se manterem em pé.—Magnus…

—Quer ajuda? —Luke apenas negou, tomando a dianteira dos lobos e fazendo sinal para ele ficar quieto antes de outra coisa se quebrar.

Magnus travou o maxilar em apreensão. Ele ainda estava sentado, mas seu corpo estava voltado em direção ao pequeno grupo de lobos que seguia para a cozinha e seus dedos tamborilam nervosos, prontos para lançar qualquer magia que fosse precisar.

Magnus não sabia o que estava acontecendo, não exatamente, então quando Luke se transformou em um grande lobo cinzento e os outros imitaram seu gesto, decidiu se pôr de pé. Ele não estava com a sua carga total de energia, por a poucos minutos atrás ter curado o lobo novato, mas ele não seria o alto feiticeiro do Brooklyn se ele não pudesse reagir imediatamente quando Lucian ganiu de dor dentro da cozinha e um “zumbi” aparecer em seu campo de visão, armado de algum tipo de bastão improvisado e muito mal entalhado.

—Mas que droga é você?—Perguntou, recuando um pouco para que pudesse ter uma visão melhor do “monstro de halloween” —Pelo anjo… você precisa urgentemente fazer as unhas sabe?—Tentou, dando mais um passo para trás enquanto a coisa grunhiu. Parecia um renegado… sim, mas a cautela de como “aquilo” se movia em sua direção parecia sã demais para um.

Renegados normalmente eram loucos, humanos expostos a marca do anjo… e pelo anjo, aquela coisa estava se aproximando cada vez mais dele e cheirava a podridão!

Magnus não recuou outra vez, até porque ele não poderia, caso contrário ele ficaria encurralado. Então a sua magia entrou em ação, lançando-se ofensiva e empurrando o renegado, não renegado, para trás, o suficiente para que ele pudesse avançar, desta vez seus punhos cerrados e cobertos por uma energia alaranjada, golpeando em cheio o rosto degradado do invasor, onde foi escutado um som desconfortável de algo de partindo.

—Ok… —Resmungou, vendo o rosto da coisa voltar para o lugar como se não tivesse praticamente torcido o pescoço ao contrário. Ele recuou na esperança de sair do alcance das mãos ossudas  do zumbi, mas ele não teve sucesso, sua camisa camisa foi agarrada e ele foi jogado contra o balcão ao lado, sentindo a sua costa bater com força contra a madeira… e oh caralho, aquilo doía!

A coisa parecia bem disposta em continuar lhe segurando e repetir o processo, mas ele conseguiu erguer seus quadris e chutar com toda a força que tinha a cabeça da criatura, acertando o seu rosto mais uma vez, dessa vez a fazendo cambalear o suficiente para o soltar e Magnus cair entre os bancos.

Sua magia se tornou azul, momentâneamente o protegendo e o dando a oportunidade de chutar o joelho da coisa, a fazendo cair e Magnus se pôs de pé o mais rápido possível, usando de magia para prender a coisa no chão e segundos depois a coisa ter a cabeça arrancada por uma enorme loba acastanhada.

O alto feiticeiro do Brooklyn passou alguns segundos olhando o corpo da coisa no chão, finalmente imóvel, parecendo bem mais morta que quando o atacou.

Valentim… só podia ser ele, quem mais teria coragem de criar algo tão descontrolado quanto… isso? Sendo que essa coisa não parecia descontrolada, parecia saber muito bem como atacar com habilidade.

Ai minha costa.... Isso doi!

Alec se mantida apoiado contra uma das paredes do instituto, seu coração a mil enquanto a sua respiração saia ofegante, parecia que ele havia acabado de correr e os músculos de seus braços estavam trêmulos, formigando como se tivesse sido exposto a estática.

Intended (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora