Maria Helena ficou parada no meio da rua, aflita e com a mão no peito, vendo a moto afastar-se levando o seu filho ao encontro de um bandido.
A cabeça da mãe estava a mil, sem saber se obedecia o filho e não ligava pra polícia...sem saber se confiava na promessa do irmão de Olegário de que não deixaria que ninguém machucasse o filho dela...sem saber se arrancava todos os cabelos enquanto esperava por notícias.
Um carro parado na esquina de sua casa chamou a atenção de Maria Helena.
Assustada, ela olhou, imaginando quem seria e ficou irritada ao perceber que era Emanuele que ainda não fora embora. Será que ela agora desistiria de dirigir uma escola e faria plantão na porta da casa de Jonas?
Maria Helena não pensou duas vezes antes de marchar em direção ao carro da outra, decidida.
_Ainda está parada aí, minha senhora? Que parte do que eu disse sobre o meu filho não gostar de mulher você não entendeu ainda?
A mãe de Jonas não pode deixar de notar o rosto desfeito de Emanuele que parecia ter chorado, o que destruíra totalmente a sua maquiagem e denunciava algumas rugas que ela havia escondido.
Ema não pode deixar de notar, também, que a outra soluçava e tinha o rosto em agonia.
_Dona Maria Helena, o que está acontecendo? Por que o Beto e o Jonas saíram daqui daquele jeito? Aconteceu alguma coisa?_Emanuele perguntou aflita.
_Sua cínica...ainda me pergunta com esta cara dissimulada achando que eu não sei quem é que está aqui, dando cobertura para o comparsa? Então é isso que você está esperando, não é mesmo? Qual é o plano? Ver se eles estão indo sozinhos ou se a polícia está indo com eles, é isso?_esganiçou a mãe com a voz embargada de aflição e receio pela segurança de seu filho amado.
Emanuele a olhou confusa, não entendendo o que ela queria dizer.
_Dona Maria Helena, eu juro que não sei o que a senhora está falando, mas se me disser...quem sabe eu posso ajudar?_apelou.
Assustaram-se com uma sombra chegando atrás delas. Eram Matias e Elza, avós de Jonas.
_Vocês dois, pelo amor de Deus...me digam o que está acontecendo com o meu Jonas pra sair daqui apavorado daquele jeito na garupa do Beto e agora a mãe dele está aqui com esta expressão desesperada...
_Aquele seu comparsa, o Olegário._falou Elza com a voz firme, pois já estava ciente de que Emanuele teria sim um papel importante naquela história.
_O que o Olegário fez? Não me digam que eles estão indo atrás do Olegário..._gaguejou Emanuele temerosa.
_Ele entrou aqui, no quarto do Jonas e levou o Fino..._disse Matias.
_O cachorro do Jonas?
_Jonas não considera aquele bichinho apenas como um cachorro, dona. Ele ama aquele animal como a um filho e eu temo que ele seja capaz de dar a própria vida para defender o Fino._completou Elza.
_Se você realmente ama o meu filho, este é um bom momento pra provar isso!_Maria Helena implorou._Por favor...eu lhe peço perdão pelo que acabei de fazer com você lá dentro...o Jonas não teve nada a ver com aquilo...Eu te imploro...se acha que pode fazer algo para salvar o meu filho...eu peço que faça! Converse com o seu comparsa e faça-o mudar de ideia e libertar o cachorro sem que o Jonas precise enfrentá-lo! Pelo amor de Deus!_implorou Maria Helena chorando aflita.
_Mas eu não sei onde ele prendeu a droga desse cachorro, gente! Me ajudem aí..._Emanuele estava em pânico já ligando o carro.
_E você acha que o Jonas deixou que eu soubesse onde fica o local do encontro? Claro que não, pois ele sabia que eu seria capaz de ir lá eu mesma!
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O AMOR SEMPRE DÁ CERTO-Armando Scoth Lee-romance espírita gay
RomanceJonas acreditou que Carlos tinha partido, mas quando o amor é tão forte, nem a morte pode nos afastar! Agora, guiado pelo espírito de Carlos, o professor de português terá uma nova chance de se apaixonar e de ser feliz. Porém, uma ameaça ronda Jonas...