Lindsey e eu ficamos bastante próximos depois daquele ocorrido. Contei a ela mais algumas coisas sobre minhas conversas com Frank, ainda deixando de lado a parte em que nós nos beijávamos e trocávamos algumas carícias. Tudo que se relacionava a ele, parecia ser a coisa mais interessante do mundo para ela, e isso era bom. Teríamos mais alguém para nos ajudar a tirá-lo daquela prisão disfarçada.
Depois de todos aqueles exames e análises, Frank foi levado para outra sala, uma que seria monitorada 24 horas por dia e apenas pessoas autorizadas poderiam entrar lá. Como eu já havia feito minha parte da pesquisa, e enviado tudo para Raymond, não tinha mais acesso a isso e estava livre para voltar as minhas outras pesquisas. O problema era que, eu não queria me afastar daquele ser pequeno nem um por segundo, e depois de dois dias sem vê-lo, eu estava destruído por dentro e por fora. As olheiras estavam se apossando do meu rosto e não demoraria muito para eu passar mal por conta da alimentação desregrada.
A parte boa era que Lindsey ainda estava no projeto, logo, poderia ver Frank na hora que quisesse. Não poderiam se comunicar, mas ela saberia como acalma-lo nem que fosse apenas por alguns instantes. Depois de algumas visitas, soube de como ele também estava mal com tudo aquilo. Sua apresentação foi adiada graças a rápida perda de peso que lhe ocorria e aos exames alterados. Se o querido brinquedinho da NASA parecia humano, teria de parecer saudável também.
Em uma de minhas conversas relaxantes com Lind, algo dito por ela chamou minha atenção e me fez pensar sobre pelo resto do dia. Era uma ideia idiota, mas era a única coisa a fazer.
—Gerard, e se... e se nós pedíssemos ajuda?
—Está brincando, não é?
—Não, eu só... não gosto de vê-lo assim.
—Eu odeio isso mais que você, mas você sabe que somos os únicos humanos que não o veem como um monstro, ou uma aberração, não sabe? Ninguém vai nos ajudar.
—Gerard, a única coisa que desencaixa Frank do padrão humano, fisicamente falando, é a altura. Mas isso também não é um problema, podemos inventar que ele teve alguns problemas de má formação ou apenas é baixo demais, um anão, sei lá.
—Ele não se parece com um anão, não force a barra. As únicas pessoas que poderiam nos ajudar são as que trabalham la e sabem dele, mas elas nunca farão isso. Frank representa fama, sucesso e dinheiro para eles.
—E o que você sugere, gênio? Que fiquemos aqui de braços cruzados enquanto ele sofre?!
—Não, Lind. Só não podemos ser apressados e deixar tudo ir por água a abaixo.
—Apressados? Gerard, fazem quase três meses que ele está preso nessa droga de mundo! O que não podemos é deixar que isso se estenda ainda mais.
—Você tem toda razão, mas vamos mudar a posição das coisas, Ballato. O que você sugere? Que burlemos a segurança do prédio durante um fim de semana a noite e o levemos para longe daqui? É isso?
—Na verdade, esse é um ótimo plano.
—E depois, Lindsey? Quanto tempo ele vai ter de liberdade depois disso? Uma hora? Você está esquecendo que somos apenas dois cientistas contra toda a inteligência, poder e segurança de uma potência chamada Estados Unidos. Vamos virar a esquina e alguém vai nos prender, piorando as coisas para ele.
—Gerard...
—Você acha que eu gosto de saber do sofrimento dele? Não, Lindsey. Eu daria minha vida para salvar a de Frank, mas isso não valeria de nada contra todo esse sistema. Eu odeio saber que ele está mal, odeio não poder conforta-lo e dizer que tudo ficará bem, eu odeio essa merda toda! Mas, eu não posso fazer nada.
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Famous Last Words ||Frerard||
Fanfiction"Nothing you can say can stop me going home" A Nasa, uma agência do Governo Federal dos Estados Unidos responsável por pesquisa e desenvolvimento de tecnologias e programas de exploração espacial, mantém um alienígena em cativeiro. Em meio a todos o...