Nota da autora: capitulo com alguns pensamentos suicidas e algumas "teorias" um tanto "pesadas". Por mais que eu concorde com algumas delas, não façam o mesmo e lembrem-se que esse é o pensamento do personagem, e não uma verdade absoluta para ser seguida. É uma forma de ver o mundo, mas não quer dizer que seja certa. Espero que entendam.
Pergunte a qualquer apaixonado a dor de deixar seu amante ir embora, e nem assim você conseguirá entender tudo o que tem se passado na minha cabeça.
Meu tempo ao lado de Frank já parecia curto demais antes mesmo de saber o que aconteceria futuramente, e depois que descobri, o desespero por sua perda me invadiu por completo.
Estaríamos felizes e contentes num dia, caso ele me perdoasse, e no outro eu não o teria mais comigo. Obrigado por ser tão filha da puta com nossos sentimentos, morte.
Isso nunca te magoou? Pensar que você nunca saberá quando será o último abraço, o último beijo ou o último "eu te amo"?
Você nunca se questionou sobre qual o sentido de tudo isso? Nunca ficou para baixo depois que notar que, as pessoas que você mais ama não estarão aqui para sempre, e que talvez, você também não esteja?
Alguns dizem que não tem medo de morrer, nem da morte em si. Outros dizem que é apenas uma fase importante da vida no geral, afinal, são as taxas de mortalidade que possibilitam novos nascimentos. Alguns religiosos acreditam que ela é apenas uma passagem para algo melhor, ou pior, se você não tiver sido um bom garoto. E eu? Bom, eu não ligo, só a odeio e ao mesmo tempo, a desejei para mim tantas vezes.
Ou não ligava, até perceber que Frank partiria para sempre. Mesmo sabendo de toda a complicação que nos envolvia, no fundo, eu tinha alguma esperança de voltar a vê-lo num futuro bem distante.
Mas depois que Frank morresse nesse mundo, tudo estaria acabado aqui e eu, provavelmente, não duraria muitos meses sem sua presença.
Eu aprendi a amar cada detalhe naquele garoto pequeno de sorriso grande. Me apeguei a cada mania inocente e me divertia com suas perguntas bobas. Ele havia tomado conta da minha cabeça e do meu coração mesmo tendo pouco tempo comigo.
E tão rápido quanto ele chegou, ele iria embora. Tão efêmero como uma brisa leve em dias ruins e quentes, Frank me deixaria. E eu ficaria em pedaços, destruído e sem mais perspectiva alguma de vida.
No começo, eu o via como uma criatura indefesa que necessitava da minha ajuda, e foi ai que eu errei. Primeiro, Frank nunca foi fraco, ele sempre aguentou tudo que o fizeram passar, viajou quilômetros para chegar aqui e raramente deixou de sorrir. Segundo, foi por essa preocupação que tanto o magoei, tanto o fiz chorar.
E agora eu me vejo dependente dele. Quem é fraco? O alienígena que foi expulso de sua própria casa, caiu "de paraquedas" em uma organização idiota e ainda aguentou Gerard Way esmagando seus sentimentos por vezes, ou, o astrônomo ingrato e sem coração que não quer deixá-lo ir porque não se sente capaz de sequer respirar sem que Frank esteja ao seu lado?
Era em tudo isso que se passava pela minha cabeça enquanto chutava algumas pedras na frente da cabana de Allan. Eu não consegui encarar Frank depois de sair daquele escritório, e me doeu vê-lo sorrir para Lindsey no meio de uma conversa qualquer.
Ele iria morrer. Morrer. Deixar de existir. Me deixar. E mesmo assim, ele parecia não se importar. Talvez, por não ser humano, ele não entendesse a gravidade da morte, mas eu entendia e me sentia um monstro por querer que ele se importasse.
Qual é? É óbvio que doeria menos para ele se enfrentasse tudo como uma banalidade, como as pessoas querem que seja, mas porra, me magoava.
Frank iria morrer para dar espaço a Iero, o alienígena que morava numa estrela distante e proibida para humanos.
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Famous Last Words ||Frerard||
Fanfic"Nothing you can say can stop me going home" A Nasa, uma agência do Governo Federal dos Estados Unidos responsável por pesquisa e desenvolvimento de tecnologias e programas de exploração espacial, mantém um alienígena em cativeiro. Em meio a todos o...