••Epílogo••

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Do you miss me? Cause i miss you.

Gerard não sabia onde estava quando acordou e ficou por alguns segundos tendo sua visão ofuscada por luzes brancas. Poderia ainda estar naquela mesa fria e cruel de Brendon, mas ninguém teria sobrevivido a tanta dor. Podia então estar no céu, mas não acreditava em lugares assim, e mesmo que existissem, com certeza não era para lá que ele iria. Esperava por algo mais quente e sombrio, mas tudo que sua visão embaçada conseguia perceber, depois que se acostumou com o brilho, era o vazio. Não um vazio comum e deprimente. Era algo quase libertador para sua alma cansada, quase.

Foi a primeira vez em toda sua vida (ou devemos dizer morte?) que se sentiu em casa. O nada conseguia ser mais acolhedor que todos os travesseiros confortáveis e os lençóis quentes. Conseguia ser mais agradável que o cheiro de café fresco nas manhãs corridas, ou mais convidativo que qualquer outra coisa que conseguisse imaginar.

Nada iria o decepcionar.
Nada iria o entristecer.
Nada iria o julgar.

Nada iria o deixar confuso.
Nada iria o fazer feliz.
Nada iria o amar.

Nada iria o preocupar.
Nada iria o abandonar.

Era o equilíbrio perfeito para alguém cansado de viver. A neutralidade lhe parecia realmente muito boa naquele instante. Até as vozes, antes altas e depressivas, tinham se calado diante da imensidão e grandiosidade do nada. Era como se não houvessem mais meios para que se propagassem. A última vez em que elas haviam se calado por tanto tempo foi quando estava na companhia de Frank.

E todas as lembranças de voltaram. O nada foi preenchido pelos sorrisos de Frank. Pelos sentimentos de Gerard. Por toda a sensação de liberdade que existia agora. Ele não estava ali, mas as coisas boas sim, e elas eram suficientes para todo seu amor pelo garoto.

Não sabe-se quanto tempo o astrônomo ficou imerso em seus pensamentos e lembranças, mas ele estava bem. Estava leve, sem culpa ou medo. O que sabemos, é que foi tempo suficiente para perceber alguns pontos brilhantes como estrelas e uma brisa leve que ia e vinha, tirando algumas mechas de cabelo do lugar. Era perfeito.

Nenhum fantasma tiraria sua paz, nenhuma voz gritava em sua cabeça, nada, nada e nada.

—Gosto daqui. É melhor que a Terra. -Não disse aquilo para ninguém em específico, nem para si mesmo. Mas isso não impedia que o ouvissem.

—Eu também gosto.

Fazia tanto tempo que não ouvia outra voz além da sua própria, que demorou para associar a quem pertencia aquela nova voz.

Pensou que sua mente estava lhe pregando algumas peças, ou que talvez as vozes de antes tenham "roubado" a voz de Frank apenas para torturar-lhe mais. Era cruel.

—Mas admito, sinto um pouco de falta da Terra. Não dela exatamente, de Lindsey, do Sammy e talvez de algumas comidas.

Não era Frank, não podia ser ele. Gerard não seria tão sortudo assim para que isso acontecesse. Era apenas sua mente tentando lhe enlouquecer e roubar as últimas gotas de sanidade que o sobraram.

—E sentia saudades de você também, mas agora nós estamos aqui. Você sentiu a minha falta?

—Sinto tantas saudades que até parece que estou ouvindo mesmo sua voz.

—É porquê você está. Olhe pra mim, Gee.

—Não posso, você não é real.

—Você também não. Não mais. Por isso estamos aqui. Agora olhe pra mim.

Era Frank. Era ele e toda sua beleza, toda sua doçura e toda sua felicidade resumido-se a um sorriso grande e braços abertos para receber Gerard. Era o mesmo garoto de sempre, sem a parte do medo. Aquele Frank tinha coragem para tudo estampada em seus olhos verdes.

Tinha coragem para largar sua vida em Rubrum e viver com Gerard ali. Tinha coragem de viver para sempre ao lado daquele humano. Tinha amor suficiente para ser forte.

E depois de perceber isso, Way parou de lutar contra si mesmo. O abraçou como se não houvesse amanhã, mesmo sabendo que haveria. A partir daquele dia, os dois teriam a eternidade inteira para si e para seu amor, perdidos em lugar qualquer na galáxia.

—Eu te amo, Frank.

—Eu também te amo, Gerard. Te amarei até o infinito acabar. É uma promessa.









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—É isso, acabou.

—Obrigada a todas as pessoas que leram essa história e me apoiaram tanto. Sem vocês eu nem teria continuado...

—Desculpem todos os atrasos e erros...

—Vou sentir MUITAS saudades de escrever aqui, mas foi muito bom ter participado disso.

—Xoxo.

Famous Last Words ||Frerard||Onde histórias criam vida. Descubra agora