confident; justin bieber

Cap. 35 - " I Love You Evelyn... "

[ N/A: Tem uma música ali ao lado, aconselho a lerem com ela. Mas só se quiserem, podem nem gostar da música. Mas escrevi o capítulo a ouvi-la. Espero que gostem do capítulo. ]

( Justin P.O.V. On )

Na minha cabeça ainda ouvia a voz da Evelyn quando chamava o meu nome. Pequenas lembranças que não passariam de apenas lembranças. Seriam apenas recordações do passado, de momentos bem passados com ela.

Os meus olhos deitavam lágrimas, sem fim. Eu perdi-a, e para sempre. Perdi a mulher que eu mais amei, para um parvo que por acaso é mil vezes melhor que eu. Seria irônico se ela não me deixasse. Todos me deixam. Eu vou acabar sozinho, sem ninguém, sem ela.

Podia sentir os olhos da Kathleen sobre mim. Queria partir tudo, mas não o podia fazer perante a minha irmã. Ela acabaria por ficar preocupada comigo, e desistiria de ir ao casamento da Evelyn por minha culpa. Mas sentia uma enorme fúria dentro de mim, e sentia-me mais chateado pelo facto de não ter sido ela a contar-me, tive de saber pela minha irmã.

- Justin, desculpa ter-te contado, mas tu tinhas de saber. Precisavas de saber para seguir em frente. - Seguir em frente? Será que algum dia eu conseguiria fazer isso sem a Evelyn? Eu acho que não. Nestes últimos tempos fiquei completamente dependente daquela rapariga. Sem ela quase nem consigo respirar direito.

- Não a quero perder. - Admiti. Kathleen, a cada minuto que se passava arrependia-se de me ter contado. 

- Justin, tu agora tens de seguir em frente. O vosso destino não estava planeado para ficarem juntos, por isso agora tu segues a tua vida e ela a dela. É o melhor para todos.

- Não! O melhor para a sociedade é assim, mas o melhor para mim é ela. Sem ela não sou nada. Eu preciso dela para viver, preciso dela para ser alguém. Eu preciso dela. - As lágrimas aumentaram terrivelmente. Sentia a minha cara a ficar toda molhada, e a já sentia uma pequena dor na minha cabeça de tanto pensar e de chorar. A minha irmã levanta-se, e rodeia o meu corpo com os seus braços, mas não era os abraços dela que eu queria. Eu queria os abraços da Evelyn. - Vai-te embora!

- Justin, tu não podes ficar sozinho...

- Vai-te embora! Não quero saber de mais ninguém, sou só eu nesta vida! - Expulso-a da minha casa, fechando a porta com toda a força. Não me importava se a porta velha fosse cair, ou mesmo que deitasse tudo abaixo, eu só queria ela.

Deixo o meu corpo fraco cair no chão, e tento esquecer o que está a acontecer neste momento. Como é que ela foi capaz de casar com ele? Porque ele? Eu sei que não passo de um rapaz que não faz nada da vida, nem tem nada. Mas mesmo assim, eu podia mudar e podíamos até viver felizes para sempre. Mas ela escolheu ele. Ele, e não eu...

( ... )

O meu olhar caía mais uma vez na parede branca, um pouco suja até, da minha pequena casa de banho. Achava-a pequena, mas era acolhedora. Talvez não devesse decorar os detalhes da minha curta e infeliz vida. Como por exemplo, o facto de a casa ser pequena, e quase a cair aos pedaços, e para não falar na vizinhança que não passam de velhos rabugentos cheios de rugas e cabelos brancos. Mas para quê lembrar-me disto tudo? Talvez porque é a única coisa a que posso chamar de meu nesta vida. Porque nos poucos anos que vivi, foram poucas as coisas que consegui pelo meu próprio esforço e trabalho.

Eu era um fraco. Desde do primeiro dia que vi aqueles olhos azuis que sabia que só me iam trazer problemas. Mas eu importei-me com isso? Não, claro que não. E agora quem está a sofrer? Isso mesmo, eu. Nesta pequena e suja casa de banho. Onde já sofri imenso, e parece que é mesmo para continuar a sofrer.