Jaeden
28 de agosto
— Oi! Eu sou o Jaeden — sorri para o garoto na minha frente. — Ah, cara, para ser sincero, eu estou bem nervoso. Eu não sei como as coisas vão ser esse ano, então por favor me diz que você é legal porque eu não estou afim de aguentar mais uma pessoa chata nesse inferno.
Eu falei bem rápido e ele começou a rir.
— Bom, eu sou o único menino extremamente gay que as freiras gostam, então acho que eu consigo agradar quase todo mundo. Quer ajuda com a mala?
— Sim, por favor — nós colocamos a mala em minha cama e começamos a tirar minhas coisas e colocar no armário que estava reservado para mim. — Então, quanto tempo está aqui?
— Vai fazer um ano na semana que vem — fiz uma cara surpresa e ele riu. — Relaxa, é só porque eu não me importo de ficar agradando as "héterozisses" das freiras. Eu sou eu. Foda se quanto tempo eu fique aqui, até que não é tão ruim assim.
— Como são as coisas aqui?
— Nós não temos horário para acordar, o café é servido às sete horas da manhã e se você não estiver na escola às oito horas da manhã, você leva falta, bem simples. Temos dois intervalos e a aula acaba às três horas da tarde. O resto do dia podemos aproveitar da forma que quisermos.
— A escola tá de boa... Mas como funciona esse negocio de se "héterozar"? — nós rimos.
— Bom, a maioria das freiras são bem lerdas e nem percebem que metade da escola se pega. Mas todo domingo temos que nos reunir para ser "abençoado" um por um. Todos os dias temos que rezar para que esse "mal" saia de nós. E as freiras estão sempre tentando nos juntar com as meninas do outro prédio. Duas vezes por semana nós podemos entrar no dormitório das meninas para conversar/transar com elas, mas se não for horário em que as freiras permitem, você só pode ver as meninas na escola.
Noah falava muito, mas era diferente da voz irritante da freira que conheci a alguns minutos atrás, eu até que gostava de conversar com ele.
Falei sobre como acabei parando aqui e ele me contou a história dele também. Ele me disse um pouco mais sobre como tudo aqui funcionava e quando eu percebi que já tínhamos acabado de arrumar tudo e continuavamos conversando fui olhar o relógio. Quatro e cinquenta da tarde, porra.
Falei para Noah que tinha que encontrar com Jack, depois de tanta conversa, ele já sabia tudo sobre o outro garoto. Ele entendeu e eu disse que falava com ele depois. Saí correndo em direção ao quarto 23 e quando eu estava prestes a bater na porta vejo Jack saindo do quarto enquanto beijava loucamente um menino alto.
— JACK! — eu gritei fazendo com que eles se separassem e o maior coçou a cabeça envergonhado.
— Ah... Oi, Jae... Não sabia que você já tinha chegado.
Eu sabia que Jack não ia perder um só cara que desse bola para ele, mas ele está aqui a menos de cinco horas e já esta com alguém?! Safado.
O pior é que o menino era muito bonito... E que bunda! Será que todos os meninos desse lugar são lindos assim? Porque até agora eu não vi nenhum garoto que não se encaixasse com a palavra "perfeição".
— Acho melhor eu ir embora... Foi bom te conhecer, Jack — ele sorriu maliciosamente para Jack que retribuiu com o mesmo sorriso.
— Foi bom te conhecer também, Chosen.
O garoto saiu me deixando no corredor com Jack que me puxou para dentro do quarto e me abraçou.
— Você demorou, seu animal, onde você estava?
— Eu estava arrumando minhas coisas e conversando com o meu colega de quarto, acabei perdendo o horário.
— Conversando é? — Jack perguntou maliciosamente.
— Caralho, Jack, você só pensa merda o dia todo? Sim, estávamos conversando. Ele parece ser bem legal. Ao contrário de você, eu não saio pegando qualquer garoto sem ao menos conhecer ele.
— Ugh, pelo menos o seu colega de quarto é legal. O meu é o capeta em forma de pessoa.
— Ele não deve ser tão ruim, Jack.
— Ah, mas ele é sim. Tipo, eu cheguei no quarto e ele estava jogado no chão tocando guitarra, tinha pizza do lado dele e sua mão engordurada passava nas cordas de uma forma nojenta. Eu até posso ser bagunçado, mas você sabe que gosto de tudo LIMPO.
Ele parou por um tempo para ver se eu respondia e já que eu sentei em sua cama e esperei ele continuar, ele voltou a falar se sentando ao meu lado:
— Olha para esse quarto, Jae, é lindo! Tem duas camas e duas mesas espaçosas, janelas que deixam entrar a quantidade certa de luz e um banheiro organizadinho. É perfeito para mim. O garoto que vai dividir o quarto comigo não faz parte do pacote "seja feliz em um internato gay" — eu comecei a rir com tudo que Jack falava, aquilo não fazia sentido nenhum. — Até aí, tudo bem. Então eu tentei puxar assunto com ele, ele olhou para minha cara e voltou a tocar guitarra. Que mané. AAAH eu quero trocar de quarto!
Eu não conseguia parar de rir e Jack me encarava de braços cruzados. Ele parecia estar tão confuso sobre o que estava falando, quase como se não acreditasse nas próprias palavras.
— Isso não tem graça, tá bom? Eu odeio aquele garoto — Jack bufou.
Eu sabia que Jack não o odiava.
— Você nem conhece ele, Jack. Vai ver ele é um cara legal, você só precisa o conhecer melhor.
— Eu duvido muito!
🌻
Oi gente jzhsjahahsjs
Então o que vocês estão achando da história?? Eu sinceramente tô bem insegura, mas ler os comentários de vocês me faz rir e me sentir um pouco melhor jzhsjssja
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Gays fantásticos e onde habitam
Fiksi PenggemarJaeden e Jack são mandados para um internato para cura gay, mas acabam conhecendo pessoas novas que não facilitam as coisas para eles saírem dali.