Capítulo 31

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Esse capítulo pode ser sensível para algumas pessoas

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27 de Setembro

Jack

Passei a tarde toda sentado nos fundos da escola com meu cigarro na mão. Finn gostava de mim e eu fui estúpido o suficiente para dar a entender que não queria nada com ele. Como era possível? Eu era piranha até mesmo com os meninos que eu não queria nada. Mas... com Finn era tão diferente. Toda vez que ele se aproximava era como se minha cabeça esquece completamente o que eu ia fazer, minha barriga dava voltas e mais voltas me fazendo perder a concentração. Então, talvez, isso significasse que eu também gostasse de Finn?

O pôr do sol acontecia entre as copas das árvores. Meu cigarro havia acabado há alguns minutos e a brisa do começo da noite começava. Resolvi que teria que fazer isso agora.

Me levantei para voltar para o meu quarto. A cada passo torto meu coração se acelerava um pouco mais. Ignorei todos que me perguntavam se estava tudo bem, as coisas só estariam bem quando eu falasse com Finn e nada poderia me impedir.

Parei na frente do quarto 24. Respirei fundo na tentativa falha de me acalmar. Quase como se fosse perder minha coragem a qualquer segundo, abri a porta abruptamente e a fechei com força logo em seguida, fazendo com que Finn me observasse de sua cama.

— Jack, você está...

— Apaixonado por você.

Joguei as palavras como se as cuspisse. Finn se sentou na cama com uma feição de interrogação.

— Desculpe, o-o que?

— Eu... eu gosto de você, Finn, desde a primeira vez que te vi nesse mesmo quarto. E sei que você corresponde. Eu preciso que você corresponda.

Finn levantou da cama e se aproximou um pouco mais, parecia preocupado, confuso, mas não bravo, ou triste.

— Eu não entendo...

— Eu escutei você e Wyatt conversando no banheiro — falei tão rapidamente que me assustei.

— Ah... — como se ele tivesse acabado de entender tudo, não consegui segurar por mais tempo e comecei a me abrir.

— Finn... quando eu escutei aquelas palavras eu não soube como agir imediatamente, mas agora eu sei. Eu quero te sentir, Finnie. Porque eu acho que realmente gosto de você. Gosto da sua risada que sempre me faz rir, gosto dos seus cachos macios, dos seus abraços acolhedores, da sua voz rouca... gosto de tantas coisas em você, e principalmente quando estou com você. Você me faz sentir bem e seguro... algo que nunca senti na minha própria casa, nem mesmo quando estava por perto dos meus amigos. Sei que isso pode parecer rápido demais... mas já tive muitos relacionamentos, e posso afirmar que em todos os beijos que já dei, nenhum se compara com a sensação de somente conversar com você.

Minha respiração estava ainda mais ofegante. Seus olhos brilhavam e ele já estava muito mais próximo do que antes. Ele sorriu. E aquele sorriso me acalmou, me fez ter certeza de que tudo aquilo não foi em vão.

— Eu correspondo, Jack... — ele confessou em um sussurro, se aproximando mais. — Você me faz querer fazer coisas novas e absurdas. Você me deixa louco, mas quando olho para a imensidão dos seus olhos, sei que é do seu lado que quero estar. Sei que... é sua boca que quero beijar e seu corpo que quero ter para tocar, me aventurar e me afundar em você, Jack.

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