Noah
14 de setembro
Eu cantarolava alguma música baixinho quando Jack entrou no meu quarto com pressa.— Ei, tu viu o Jaeden?
— Vi não, bro. Ele saiu com a Lilia umas horas atrás.
— Mas que menina chata, bicho, ela não deixa o Jaejae nem um segundinho. — Jack resmungou, se aproximando da cama para ver o que eu estava fazendo. — O que é isso?
— Ah, eu estava fazendo umas coroas de flores... — apontei para as margaridas na minha cama e percebi seus olhos brilharem. — Você quer me ajudar?
— E você ainda pergunta, nego? Claro que eu quero!
Ele se sentou na ponta da minha cama e voltamos a arrumar as flores no arco.
— Eu gostei da sua — comentei e ele sorriu.
— E eu gostei da sua! Vamos trocar. Eu faço uma pra você e você faz uma pra mim.
— Puts, Jack, isso é tão gay.
— Puts, Noah, nós somos tão gays.
Demos risada e tive que concordar com ele, afinal quem é mais gay que eu e Jack? Isso mesmo, ninguém.
Continuamos a fazer as coroas enquanto falavamos sobre alguns garotos gatos da escola.
— Poxa, nem parece que você já está na escola há duas semanas, Jackie!
— Realmente. Parece que já faz um ano. Por um lado, eu não aguento mais a porra das aulas de estudo da bíblia, mas por outro lado, eu não quero sair daqui nunca, Noah.
Eu ri. — Uma hora você acaba enjoando, eu te prometo.
— Mas você parece gostar daqui.
— Eu sei que não vou sair tão cedo, então tenho que gostar, né.
Jack confirmou com a cabeça. Realmente parecia que eu conhecia Jack a muito tempo. Era bom ter ele por aqui, ele era o tipo de pessoa que conseguia animar o dia de todo mundo.
— Mas então, como estão as coisas com a Millie?
Porra, Jack, eu acabei de te elogiar, mano, não faz pergunta complicada, né, bro.
— A gente tá... bem, eu acho — respirei fundo.
— Você não precisa falar se não quiser, mas saiba que eu tô aqui para te ouvir, Nozin.
Por incrível que pareça, aquelas palavras me fizeram querer continuar a falar. Afinal, eu confiava em Jack e aquela situação realmente me magoava.
— Ah, Jack, ela conversou comigo, me explicou que não sente o mesmo por mim, nós pedimos desculpas um para o outro, sabe? Tivemos um momento bem íntimo e fofo. Nós concordamos que as coisas seriam melhores se fossemos só amigos. Mas nada é como antes, ela não fala comigo como antes, não me olha como antes e isso me dói, sabe... Eu tenho sentimentos por ela e entendo ela não sentir o mesmo, mas queria pelo menos ter minha amizade com ela de volta — desabafei e Jack segurou meu rosto, me fazendo olhar para ele.
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Gays fantásticos e onde habitam
FanficJaeden e Jack são mandados para um internato para cura gay, mas acabam conhecendo pessoas novas que não facilitam as coisas para eles saírem dali.